São Paulo registra 23,1ºC na madrugada mais quente do ano; veja previsão

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São Paulo registrou nesta quinta-feira, 7, a madrugada mais quente de 2023. De acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura da capital, os termômetros marcaram uma temperatura média de 23,1ºC. A maior temperatura absoluta, registrada em um único local, foi de 25,3ºC, em Santo Amaro, zona sul da cidade.

O calor desta quinta superou a madrugada de 17 de novembro: 22,5ºC. Naquela semana, o Estado de São Paulo e outras regiões do Brasil foram atingidos por uma onda de calor que elevou as temperaturas em quase todo o País.

De acordo com CGE, a média mínima esperada para dezembro é de 18,7ºC, enquanto a média máxima, 28,2ºC. Até o momento, sete dias após o começo do mês, o órgão meteorológico da Prefeitura registrou números acima do previsto: 20,3ºC de média mínima e 31,8ºC de média máxima.

Para Michael Pantera, meteorologista do CGE, a tendência é de que o calor deve se agravar ainda mais com a chegada do verão - cujo início está marcado para o dia 22, às 00h27 -, e se estender para os próximos meses. O especialista explica que as altas temperaturas, que já são comuns nesta época do ano, estão sendo mais frequentes também em decorrência de um El Niño de alta intensidade, fenômeno que se caracteriza pelo aquecimento das águas da superfície do Pacífico Equatorial.

"Neste ano em especial, os climatologistas apontam um cenário de aquecimento anômalo em quase todas as bacias oceânicas do planeta. Estas condições devem contribuir para temperaturas mais elevadas do que o normal, o que favorece a ocorrência de pancadas de chuva no final das tardes", explica Pantera.

"Essa combinação deve se traduzir em mais dias quentes, inclusive com a formação de ondas de calor, que são dias sucessivos com termômetros acima da média esperada, além de condições para chuvas fortes e até temporais com elevados acumulados em alguns dias", complementa o meteorologista.

De toda a série histórica de dezembro feita pelo CGE, que marca a temperatura de São Paulo desde 2004, a menor mínima média registrada na cidade em dezembro foi de 12,4°C (9 de dezembro de 2018), enquanto a maior máxima média foi de 35,2ºC (31 de dezembro de 2007).

Até agora, choveu menos de 1% do volume esperado para o mês

Ainda segundo o CGE, são esperados 186,3mm de média de índice pluviométrico para São Paulo neste último mês do ano. O volume das precipitações, até o momento, é de 1,5mm, o que representa 0,8% da média prevista.

Sexta-feira deve ser menos abafada

A sexta-feira, 8, deverá ser menos abafada em comparação aos últimos dias. A previsão é de que os termômetros marquem 28ºC de máxima, e 19ºC de mínima. A trégua no calor se deve à propagação de uma frente fria pelo litoral paulista, que pode provocar chuvas mais generalizadas e com a possibilidade de serem de forte intensidade, com raios e ventos que superam os 40 km/h.

No sábado, 9, a frente fria se afasta do litoral paulista, mas os ventos úmidos do oceano causam nebulosidade e chuva fraca, o que deve manter as temperaturas amenas. A previsão é de 17ºC de mínima, e 22º de máxima.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 2, o projeto de lei (PL) que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente e destina R$ 15 bilhões a Estados e municípios para fomento das culturas locais. Segundo o Palácio do Planalto, a lei permite que esse montante previsto na Aldir Blanc seja repassado em um período maior do que o atual.

Originalmente, seriam de R$ 3 bilhões ao ano por cinco exercícios (2023 a 2027). Após o repasse desse montante, a Aldir Blanc passa a ser financiada por recursos definidos em cada lei orçamentária. "Com isso, a política se torna permanente", disse o governo.

O texto aprovado pelo Congresso, agora sancionado por Lula, incorporou ainda o texto da Medida Provisória 1.280/2024, que prorroga até 31 de dezembro de 2029 o prazo para uso de benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Antes, o prazo terminaria ao fim de 2025.

O Recine permite desoneração de tributos federais sobre compras ligadas à implantação ou à modernização de salas de cinema, principalmente em cidades menores ou do interior, segundo o Planalto.

O cantor e compositor Danilo Caymmi publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 3, falando sobre o posicionamento político de Nana Caymmi e que ele chamou de "aproveitamento" nas circunstâncias da morte da cantora.

Nana morreu na última quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Ela estava internada havia nove meses na Clínica São José, no Rio de Janeiro. A morte foi lamentada por colegas, amigos e familiares.

No vídeo, Danilo conta que a irmã não tinha acesso a e-mail e redes sociais, e afirma que seus posicionamentos políticos eram superficiais. "A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela", afirma. A cantora foi apoiadora de Jair Bolsonaro.

"Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos há, no mínino, 10 anos. Então, isso é muito grave", lamenta.

"A opinião política dela era completamente superficial, não tinha essa profundidade. Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu de certa maneira que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial. Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas", opina Danilo. "É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado."

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro se manifestou e lamentou a morte de Nana. "Recebo com grande pesar a notícia do falecimento de Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da nossa música. Filha de Dorival, Nana carregava em sua arte a força de uma linhagem que sempre engrandeceu a cultura brasileira", escreveu. O presidente Lula não se manifestou.

A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.