Elena Ferrante descreve sua jornada como leitora e escritora

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Não é novidade o fascínio que a escritora italiana Elena Ferrante desperta em uma legião de leitores pelo mundo com sua ficção que apresenta um senso rigoroso de tempo e espaço, sem lugar para nostalgia ou sentimentalismo. Autora de obras como a Tetralogia Napolitana, publicada aqui pela Intrínseca, ela já vendeu milhares de exemplares no planeta.

Tampouco é recente a notícia de que Elena Ferrante não passa de um pseudônimo de alguém misterioso que prefere o anonimato. Diversas especulações já foram levantadas para revelar sua verdadeira identidade, mas nada foi definido. Mas, ao preferir que a obra supere a persona, ela dá o devido valor à sua escrita, o que torna cada lançamento um fato extraordinário.

É o que acontece agora com a chegada de As Margens e o Ditado, livro que certamente vai testar a fidelidade de seus leitores ao apostar na não ficção - trata-se da reunião de quatro ensaios em que Elena fala sobre a própria jornada como leitora e escritora e oferece um raro olhar sobre as origens de seus caminhos literários. O livro, que tem novamente a chancela da Intrínseca, chega nesta semana às livrarias.

São três palestras e um ensaio. As primeiras têm uma origem pré-pandemia, quando Ferrante foi convidada a escrever três textos que seriam lidos ao público em Bolonha, Itália. A proposta era desafiadora, pois ela poderia tratar de qualquer assunto que pudesse interessar a uma ampla audiência e as matérias deveriam ser escritas para serem transmitidas oralmente. A covid, porém, modificou drasticamente a rotina do planeta, obrigando as pessoas a ficar em casa. Com isso, o evento foi logicamente cancelado.

Ferrante, no entanto, já havia escrito os textos, que foram proferidos tardiamente, no fim de 2021, e com a atriz Manuela Mandracchia interpretando o pseudônimo da autora - lembre-se que não se sabe nada sobre ela, nem mesmo se realmente é uma mulher. É por isso que o ensaio, composto para o encerramento da Conferência sobre Dante, também foi lido por outra pessoa, a estudiosa e crítica Tiziana de Rogatis. Ambas apresentações podem ser apreciadas em vídeos na internet.

Influências

As palestras e o ensaio são uma pequena joia. De uma forma clara, Ferrante revela suas principais influências, as lutas da juventude e a formação intelectual. Ponto de partida para atingir o ápice desse livro: sua reflexão sobre como a tradição literária excluiu sistematicamente a voz das mulheres ao longo dos séculos.

"Eu lia muito, e tudo o que me agradava quase nunca era escrito por mulheres. Das páginas, parecia sair uma voz masculina, e aquela voz me ocupava, eu tentava imitá-la de todas as maneiras", conta, na palestra A Caneta e a Pena (leia mais no trecho abaixo). A partir daí, Ferrante se recorda da poderosa influência que recebeu de outras autoras (como Virginia Woolf, Emily Dickinson e Gertrude Stein) para propor uma fusão do talento feminino.

Como bem observou Molly Young, no jornal The New York Times, Ferrante concebe o escritor, com um aceno para Virginia Woolf, como uma "pluralidade hipersensível toda concentrada na mão que tem a caneta", e menos uma entidade corporificada do que uma enxurrada de "pura sensibilidade que se alimenta do alfabeto".

Essa noção começou a ser esboçada quando ela era ainda adolescente e colecionava cadernos com seus escritos. "Eu pensava: tudo o que estimula casualmente o nascimento de uma narrativa está lá fora, esbarra em nós e vice-versa, nos confunde, se confunde", observa, na palestra Água-Marinha. "A escrita tinha, essencialmente, olhos: o tremor da folha amarela, as partes reluzentes da cafeteira, o anular da minha mãe com a água-marinha que emanava uma luz celeste."

Após a descoberta de sua potencialidade como escritora, veio a terrível constatação de suas falhas: "Em poucos anos, passei a ter a impressão de não saber mais escrever. Nenhuma página estava à altura dos livros que me agradavam". Diante de uma batalha inglória, Ferrante testa seus limites (como na questão da narração em primeira pessoa), até chegar a uma lição definitiva: renda-se à sua ambição de reproduzir, na gramática e na sintaxe, o "turbilhão de detritos" que constitui a realidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Em comemoração ao aniversário de 70 anos do ator Bruce Willis, um vídeo onde ele e sua ex-mulher, a atriz Demi Moore, aparecem dançando foi divulgado nas redes sociais. A publicação foi feita nesta quarta-feira, 19, pela filha mais velha do casal, Rumer Willis.

Em rara aparição, o ator dança ao lado da ex-esposa. Na legenda, a filha de ambos escreveu: "Para o rei... Te amo, papai. Feliz aniversário". Willis está longe dos holofotes desde que foi diagnosticado com demência frontotemporal, em 2022.

Confira aqui

A doença provoca sintomas como mudanças comportamentais e de personalidade, entre elas, desinibição, perda de empatia, falta de julgamento, impulsividade e comportamentos compulsivos.

O momento ao lado de Demi Moore foi recebido com animação pelos fãs do artista. Os dois foram casados entre 1987 e 2000, mas mantiveram uma relação amigável ao longo dos anos. Ao todo, tiveram três filhas juntos - Rumer, Scout e Tallulah.

"Nós sempre seremos família, só que de maneiras diferentes", afirmou Moore em entrevista à revista norte-americana Variety. "Para mim, isso nunca foi uma questão. Eu o visito porque é isso que você faz com quem você ama", disse.

"Eu espero que isso encoraje as pessoas a ver que existem maneiras diferentes de fazer as coisas. Existe uma vida após o divórcio. Existe como adotar a coparentalidade com amor". Além das três filhas com Moore, Willis também é pai de duas outras garotas -Mabel e Evelyn. As duas são frutos da relação do ator com a modelo Emma Heming.

A convivência na Xepa do BBB 25 voltou a gerar incômodo entre os participantes. Na manhã desta quarta-feira, 19, Vilma se queixou que Vitória Strada teria deixado vasilhas sujas na pia da cozinha. Enquanto João Gabriel terminava o café da manhã e se preparava para lavar a louça, a sister aconselhou o brother a limpar apenas o que ele utilizou.

"Essas vasilhas aí a menina, a Vitória, desocupou tudinho, mas deixou tudo para lavar. Tirou os presuntos todinhos, deixou tudo aí em cima. Deixa aí, eu não vou lavar, não", afirmou Vilma.

A postura foi apoiada por João Gabriel, que concordou: "Ela não lava nada, também não vou lavar, não". A sergipana reforçou o posicionamento: "Lava o que usou, ver se ela se manca".

João Pedro, que já estava lavando sua louça, também entrou na conversa e seguiu a mesma linha: "Lava só o que nós usamos".

O comportamento dos brothers também envolveu Diego Hypolito. Vilma comentou que o ginasta tem sido responsável por lavar grande parte da louça da casa. "Falei com ele hoje que eu lavo o que eu sujo, porque não dá para ficar lavando louça. Todo mundo fica deixando, ontem deixaram uma pilha de copos para ele lavar, cara. Um copo dentro do outro, muito copo, acho que não tem necessidade disso", desabafou.

O jornalista César Tralli emocionou a web ao gravar um recado em vídeo para o fã mirim João Felipe, de 11 anos. Maranhense, o garoto é autista e viralizou nas rede sociais ao recriar o cenário do Jornal Hoje, apresentado por Tralli, em seu quarto. Além de imitar Tralli na bancada, João ainda reproduziu elementos do telejornal, como a previsão do tempo e um correspondente internacional.

Tralli surpreendeu o menino e a família ao enviar a mensagem de agradecimento diretamente para eles. "E aí João Felipe, como você está? Tudo bem? Estou aqui no estúdio do Jornal Hoje, agradecendo todo o seu carinho. Eu vi seu vídeo, você me imitando aqui no JH. Muito legal, parabéns, viu! Um abraço grande para você e toda a sua família! Fica em paz, Deus te abençoe sempre! Com muita saúde e muito amor no coração. Você sabe, estamos sempre juntos aqui", diz Tralli no vídeo.

A reação de João Felipe ao receber o "presente" foi gravada pela família. Segundo a mãe, o menino foi não verbal até os cinco anos de idade, mas se tornou uma criança bastante comunicativa com ajuda de terapias. "Hoje a comunicação é seu hiperfoco", relatou Alianhy Souza em um comentário na publicação da TV Mirante, afiliada da Globo no Maranhão.

Assista ao vídeo aqui