O mais difícil quebra-cabeça do mundo vem para desafiar a nova geração

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Quando se pensa em interatividade na literatura, a memória pode recorrer aos livros-jogo da série Aventuras Fantásticas, de Ian Livingston e Steve Jackson, ou ao estilo "se quiser que o personagem tome tal atitude, vá para a página X; do contrário, vá para a página Y". A Mandíbula de Caim, lançado pela Intrínseca, traz um novo significado nesse sentido.

Na capa, é descrito como "o quebra-cabeça literário mais terrivelmente difícil do mundo" - não se sabe exatamente quais são os outros concorrentes, mas é possível que não esteja longe disso. Escrita no longínquo ano de 1934 por Edward Powys Mathers (1892-1939), o Torquemada (nome ligado à inquisição espanhola), a história parte de uma premissa curiosa: são 100 páginas publicadas em ordem aleatória. A graça está em tentar ordená-las entre milhões de combinações possíveis. Reza a lenda que a quantidade de pessoas que conseguiram cravar o resultado exato cabe nos dedos de uma mão.

Antes de qualquer coisa, o leitor já repara que se trata de um livro único, pois todas as páginas são destacáveis - há uma linha pontilhada para facilitar o trabalho. A ideia de rasgar uma obra literária pode parecer absurda, mas quem se aprofunda na trama acaba tendo de recorrer a isso. Há quem apenas as empilhe na ordem que preferir, e também quem as pendure nas paredes, como se sentisse um investigador de crimes num filme de Hollywood - o que faz todo sentido, já que é preciso descobrir o nome completo de seis personagens que são assassinados, assim como o de seus respectivos assassinos.

Quem não está preparado pode estranhar a leitura das primeiras páginas. Há uma antiga piada sobre o rapaz que lia um livro enfadonho, com muitos personagens e pouca ação: tratava-se de uma lista telefônica. A impressão inicial pode ser parecida, com nomes e mais nomes surgindo sem grandes explicações, detalhes sobre características físicas e de personalidade sendo dados e referências geográficas ou literárias surgindo. Como a história foi escrita no Reino Unido da década de 1930, também não é de se esperar uma escrita muito fluida.

A Mandíbula de Caim é um livro praticamente impossível de se ler uma única vez - e isso pode ser algo muito legal, mas também um tanto quanto desestimulante. Para quem busca um livro para se debruçar por dias a fio, apoiado por caneta marca-texto, lápis (há uma seção para anotações em cada página, muito útil) e disposição para fazer a cabeça raciocinar, é um prato cheio. Mas mesmo sendo um livro curto - cada uma das 100 páginas traz apenas um breve parágrafo -, não parece ideal para quem consegue ler apenas durante períodos curtos ou espaçados, ou que o faça de pé num transporte público, por exemplo. Como uma espécie de escape room literária, é preciso comprometimento e dedicação para aproveitar a experiência ao máximo.

Gay

No TikTok, o livro já atingiu a casa das dezenas de milhões de menções - o que pode não parecer tanta coisa em época de redes sociais com bilhões de usuários, mas vale destacar que conteúdos literários costumam trazer menos engajamento que outros tipos de materiais. A maioria dos vídeos é feita na língua inglesa e mostra as estratégias usadas na tentativa de resolver o mistério, passando por algumas frustrações e impressões interessantes. Por exemplo, na página 41, há uma citação ao termo "I was going gay" ("eu estava virando gay", na versão traduzida por Myra Marple). Um vídeo questionando se o uso da palavra "gay" em 1934 é o mesmo que se tem hoje, ou mais próximo ao que se usava antigamente na Inglaterra, num sentido de pessoa alegre, atingiu mais de meio milhão de reproduções, com muitas pessoas compartilhando a mesma dúvida.

A edição brasileira foi lançada pela editora Intrínseca no fim de 2022, tradução do relançamento do original de 1934 surgido graças a um crowdfunding em 2019.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na manhã desta quarta-feira, 19, o Quarto Fantástico foi permanentemente fechado na casa do BBB 25, e os brothers foram orientados a retirar seus pertences imediatamente. Vilma, Eva, Renata, Maike, João Gabriel e João Pedro correram para escolher suas camas no Quarto Nordeste, para onde migraram.

Ontem, com a eliminação de Gracyanne Barbosa, todos os integrantes do Quarto Nordeste foram eliminados, e o quarto ficou vazio. Vilma logo escolheu para si a cama onde Diogo Almeida, seu filho, dormia no início do programa.

Um Dummy entrou na casa para fechar o quarto e Vinícius brincou se tratar do apresentador Tadeu Schmidt. Os brothers tiveram que correr para tirar seus pertences do quarto e foi feita a despedida final.

A dinâmica da divisão dos quartos tem sido bem importante para os rumos do jogo nos últimos anos. Na edição de 2025, a divisão entre quartos influenciou a formação de grupos e combinação de votos, o que se intensificou ainda mais com a ida de Renata para a Vitrine Seu Fifi. Em sua volta, a bailarina fortaleceu os laços com seus colegas do antigo Quarto Fantástico e reforçou a rivalidade contra os brothers do Quarto Anos 50.

Na manhã desta quarta-feira, 19, Delma conversou com os colegas na área externa da casa do BBB 25 sobre ter sido escolhida por Gracyanne Barbosa para participar da dinâmica "Pegar ou Guardar".

A participante reforçou que não pretende desperdiçar a oportunidade: "Eu não vou jogar fora o que ela [Gracyanne] me deu. Estou aqui pela minha família, pelos meus netos, para dar uma boa educação, eu não vou mesmo. Se fosse ao contrário, todo mundo ia pegar".

Ao longo da conversa, Delma recebeu apoio dos brothers. João Pedro e Vitória Strada incentivaram a sister a não se sentir pressionada. "Não fique acanhada não", afirmou João. Daniele Hypolito também demonstrou apoio: "Se seu sonho é dar uma vida melhor para eles [seus netos], então entra lá e já pensa neles". A ginasta ainda tranquilizou Delma sobre o impacto da decisão: "E se for coisa de sortear, se pegar algum de nós aqui, fica tranquila".

A dinâmica "Pegar ou Guardar" foi explicada por Tadeu Schmidt durante o programa ao vivo. O escolhido pelo eliminado tem a chance de ganhar R$ 90 mil, mas, caso aceite o prêmio, precisa colocar toda a casa no Tá Com Nada, exceto ele e mais dois participantes, que permanecem no Vip.

Confira aqui

Gracyanne Barbosa participou do Café com o Eliminado no Mais Você desta quarta-feira, 19. A musa fitness, última eliminada do BBB 25, falou sobre sua eliminação e seus traumas antigos: "Não queria que minha mãe imaginasse as coisas que eu passei."

Ela assistiu novamente o discurso do apresentador Tadeu Schmidt e falou sobre as alegações de não ter tido embates com as pessoas. "É muito difícil criar embates com as pessoas, porque você acaba tendo um carinho [...] Mesmo que você veja algumas coisas que não concorda, você lembra da luta, do que a pessoa te contou", disse.

Durante a conversa com Ana Maria Braga, ela desabafou sobre seus momentos de dificuldade: "Tiveram várias situações lá no BBB que me fizeram reviver coisas do passado que eu não queria revisitar."

A musa revelou também que teve sentimentos mistos com as lembranças: "Outra coisa que eu sempre senti era que eu tinha vergonha, que eu não tinha o que comer, isso me deixa muito envergonhada, de ter feito esse tipo de coisa. Eu achava que poderia ter sido vista como vítima. Achava que era uma ferida que estava cicatrizada."

"Mesmo estando ali com adversários, me senti muito acolhida naquele momento. Não é uma coisa que está 100% curada, mas eu comecei a entender que eu não preciso ter vergonha. Ainda não tenho tanta facilidade em falar sobre isso", completou.

A musa falou do ex-marido Belo e viu um depoimento em que alegava que ele mentia. Gracyanne explicou: "O Belo foi um marido maravilhoso [...] Essa questão da mentira é um problema que não é como marido. Mas de mentiras bobas, para se botar em um lugar de ser uma pessoa perfeita."

"[Ele] tem dificuldade de separar o Belo artista da pessoa, que tem falhas", concluiu.

Com relação ao Seu Fifi e as fofocas reveladas durante o programa, Gracyanne admite seu erro: "Acho que ele [Diego Hypólito] ficaria menos chateado [de ouvir de mim], do que pela Renata."

Ela falou também da restrição alimentar que sofreu durante o programa, e confirmou que come 40 ovos por dia para manter o corpo. "Geralmente [são] cinco refeições com oito ovos", contou, além de outras duas refeições com proteínas como frango e peixe.

Depois, em uma dinâmica no programa, a ex-sister falou de outros participantes, como Aline e Renata. Para Gracyanne, Aline pode chegar à final se ouvir Vinícius.

Já sobre Renata, afirmou: "Eu espero, assistindo, que ela tenha coisa guardada para fortalecer o jogo dela e da Eva."

"Acho que o Guilherme deixou um pouco a desejar. Ele tem que não ter medo", finalizou.