Queda de helicóptero em SP é registrada como homicídio culposo; saiba o que significa

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A queda do helicóptero modelo Robinson R44, que matou quatro pessoas, foi registrada pela Polícia Civil como homicídio culposo. A aeronave se deslocava de São Paulo para Ilhabela, no litoral norte do Estado, quando caiu no dia 31 de dezembro em uma região de mata próxima da cidade de Paraibuna, no interior. Depois de 12 dias de buscas, os destroços do helicóptero e as vítimas foram localizados. De acordo com o Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave "colidiu com a vegetação" durante o voo.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou nesta quarta-feira, 17, que o caso foi "registrado como homicídio culposo" na Delegacia de Paraibuna. No mesmo comunicado, a pasta também disse que a autoridade policial "aguarda os resultados dos laudos, ainda em elaboração, para esclarecer os fatos".

Estavam a bordo do helicóptero as passageiras Luciana Rodzewics, de 46 anos, e a filha, Letícia Rodzewics, de 20; o passageiro Raphael Torres, que era amigo de Luciana; e o piloto Cassiano Tete Teodoro. Luciana e Letícia tinham sido convidadas por Raphael para passar as festas de ano novo em Ilhabela, cidade do litoral norte de São Paulo, e fretaram a aeronave para o deslocamento.

Momentos antes da queda, Letícia informou o namorado, por mensagens de celular, que as condições climáticas para o voo não eram boas, e que o trajeto para Ilhabela estava comprometido pelo mau tempo. Ela chegou a avisar ao companheiro também que o grupo estava voltando para São Paulo.

O homicídio culposo, conforme o Código Penal, se configura como o crime de matar outra pessoa, mas sem a intenção de fazê-lo. A pena é de 1 a 3 anos. Neste caso, não deverá ser aplicada porque o piloto Cassiano Teodoro também morreu no acidente, conforme explicou o advogado Berlinque Cantelmo, especialista em ciências criminais.

"O fato, especificamente registrado sob a natureza de homicídio culposo, será apurado sob essa perspectiva em razão do resultado morte. Isso quer dizer que as investigações vão tentar elucidar se a queda do helicóptero e, infelizmente, as mortes, se deram em um contexto de imperícia, imprudência ou negligência que são os requisitos específicos no modal culposo", afirmou Cantelmo. "Para ser culposo, precisa estar enquadrado em um desses três contextos".

De acordo com o advogado, se houve uma conduta culposa por parte do piloto, ele não vai ser submetido a um processo penal por também ter morrido no acidente. Mas, segundo ele, as investigações também servem para atribuir responsabilidade do ponto de vista cível, material e indenizatório às vítimas e aos familiares das vítimas, e também para confirmar se alguma falha mecânica na aeronave pode ter ocasionado o acidente.

"Se por ventura isso tiver acontecido, o responsável direta ou indiretamente (pelo acidente) pode ser submetido a uma investigação mais ampla, como agente participante deste homicídio. Isso, porém, não quer dizer que ele seja autor efetivo de maneira culposa do resultado morte", completou.

Procurada pela reportagem, a advogada que representava Teodoro, Erica Zandoná, disse que o registro do caso como homicídio culposo deve ser considerado nulo em função do falecimento do seu antigo cliente. "Com ele, extingue-se a punibilidade do agente (do homicídio)", afirmou. Erica disse que, com a morte do piloto, ela deixou de representá-lo e informou que não representa também a família de Cassiano Teodoro.

Causas

As causas do acidente ainda estão sendo apuradas pelo Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que pertence à Força Aérea Brasileira (FAB). Em nota, o Cenipa afirmou que a conclusão das investigações "terá o menor prazo possível", considerando as complexidades da ocorrência. "Quando concluída a investigação, o Relatório Final será publicado no site do Cenipa", completou.

No histórico do caso, o centro afirma que o helicóptero colidiu com a vegetação durante o voo. "A aeronave decolou do aeródromo Campo de Marte (SBMT), São Paulo, SP, com destino ao heliponto Maroum (SJDO), Ilhabela, SP, com um tripulante e três passageiros a bordo, a fim de realizar voo privado. Durante o voo, a aeronave colidiu com a vegetação em área de mata do município de Paraibuna, SP".

Teodoro não tinha autorização para a realização de voos comerciais de passageiros, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O piloto teve sua licença e suas habilitações sumariamente cassadas pela agência em 15 de setembro de 2021 por condutas infracionais graves à segurança da aviação civil.

Ainda de acordo com a Anac, ele foi cassado por evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino, entre outros motivos.

Passados dois anos da punição, prazo máximo para a penalidade administrativa, Cassiano Teodoro retornou ao sistema de aviação ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH). O documento, porém, não o autorizava a realizar voos comerciais de passageiros.

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Selton Mello postou cenas dos bastidores de Ainda Estou Aqui em suas redes sociais na segunda, 24. Nas imagens aparecem os atores do filme, como Fernanda Torres e Valentina Herszage.

Nas cenas, é possível ver o elenco dentro do carro, nos ensaios e também descansando, descontraído. Os comentários da publicação ressaltaram a intimidade entre os atores. "Coisa boa de ver: leveza, alegria, profissionalismo, amor, cuidado", disse um usuário. "O 'making off' aos olhos do Selton", completou outra. Na legenda, o ator escreveu: "Bastidores inéditos".

Ainda Estou Aqui é uma obra baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história da família do escritor após o desaparecimento de seu pai, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a Ditadura Militar. A trama acompanha a luta de sua mãe, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, que busca pelo paradeiro do marido enquanto cuida dos filhos e constrói uma carreira como advogada e defensora dos direitos das comunidades indígenas no Brasil. Selton Mello interpreta Rubens Paiva na adaptação cinematográfica.

O filme concorre ao Oscar em três categorias, sendo elas Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, e com Fernanda Torres para Melhor Atriz. A cerimônia ocorrerá em 2 de março, no domingo.

Preta Gil compartilhou com seus seguidores a canção inédita Tudo Vai Passar, que integra a trilha sonora original do filme Câncer com Ascendente em Virgem. Composta por Flavia Tygel, a música carrega uma mensagem de resiliência e fé, temas que tocam diretamente a trajetória pessoal de Preta, que está em tratamento contra o câncer de intestino.

O clipe da música foi gravado em julho do ano passado, antes da cantora dar continuidade ao seu tratamento. Dirigido pela atriz Jeniffer Dias, o videoclipe contou com a participação de várias mulheres da equipe do filme.

"Com muita felicidade, compartilho com vocês Tudo Vai Passar. Uma canção que mostra o quanto seguir em frente é um ato de coragem, e acreditar que vai passar é também um exercício diário de fé. Me sinto honrada de ter minha voz nessa trilha, que diz muito sobre o meu momento atual. Tudo vai passar… Com fé, amor, luta", escreveu Preta.

A estreia do filme está marcada para o dia 27 de março nos cinemas e é inspirado na história da produtora do filme, Clélia Bessa, que, em 2008, durante seu tratamento contra o câncer de mama, lançou o blog Estou com Câncer, e Daí?, que mais tarde foi transformado no livro homônimo.

A música Tudo Vai Passar representa, na trama, a jornada de cura da personagem Clara (interpretada por Suzana Pires) após o diagnóstico de câncer de mama. Ao longo do filme, Clara repensa suas relações familiares, aproximando-se da mãe, Leda (Marieta Severo), e da filha, Alice (Nathália Costa). O filme também destaca a importância da rede de apoio, representada pelas amigas Dircinha (Fabiana Karla) e Paula (Carla Cristina Cardoso), que trazem leveza e bom humor ao enredo.

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"Minha avó é mais simples e ela fala: 'May, engorda um pouco, parece que está passando fome'. Então, gente mais simples gosta de gente mais cheinha", continuou.

"Gente rica ou francesa, ou que entende muito de moda, é apaixonada por magreza. Eu não estou nada magra pra eles ou pra brasileiros da elite. Agora, gente mais simples vai me achar magra".

A declaração viralizou nas redes sociais e foi bastante criticada. Para muitos internautas, a fala foi considerada elitista.

"Os desfiles de moda, a elite, gostam de uma pessoa magra. Então, não tem por que a gente atacar o outro: você aprendeu a gostar de gente mais gorda por causa da sua condição financeira. E quem é magro, vice-versa", falou a apresentadora, ressaltando que tal gosto é algo "cultural".