Carnaval SP 2024: Charanga do França leva bloco 'raiz' ao centro

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O carnaval começou cedo para os foliões de São Paulo nesta segunda-feira, 12. A partir das 8h, cerca de 40 mil pessoas já se reuniam na região da Santa Cecília para prestigiar o tradicional bloco Espetacular Charanga do França.

O evento, idealizado pelo músico Thiago França, consagrou-se em 2015 por seu formato "raiz", com uma banda de músicos no chão, sem trio elétrico. Para o músico, o diferencial do bloco é justamente seu formato.

O bloco Charanga do França, que sai pelas ruas do bairro Santa Cecília, é marcado pela integração entre os músicos e a multidão.

O bloco Charanga do França, que sai pelas ruas do bairro Santa Cecília, é marcado pela integração entre os músicos e a multidão. Foto: Taba Benedicto/Estadão

"É um dos poucos em São Paulo composto por sopro e percussão e que sai no chão, sem nenhum tipo de microfonação", disse. A proximidade entre a banda e a multidão na experiência carnavalesca foi o que agitou o centro de SP neste sábado.

O bloco vai arrastar a multidão pelas ruas Barão de Tatuí, Jaguaribe e seguirá até o Largo da Santa Cecília. Isabella Moreira, de 24 anos, faz parte do público fiel do Charanga.

A jornalista frequenta o bloco de Thiago França há três anos. "Cada ano foi ficando mais cheio e conhecido. Eu prefiro esses blocos mais tradicionais do que a loucura desses megablocos, porque, além de me sentir mais segura e integrada a essa energia do carnaval, consigo sempre ficar perto da banda", comenta.

Priscila Mosca, de 43 anos, veio de Berlim conhecer o bloco. A pedagoga toca na banda Urso ki ti schubsen e morou em São Paulo por dez anos.

"Lá (em Berlim), a gente toca em um carnaval, que é bem menor. Alguns amigos meus vão tocar aqui e quis conhecer. Eu acompanho a banda nas redes há tempos e acredito que o Charanga faz parte de um movimento de ressignificação do carnaval de São Paulo, misturando a música com esse ambiente quase familiar", diz Priscila.

De fato, Thiago reitera que o intuito do desfile é promover "uma grande ferramenta de transformação social".

"O Carnaval escancara como São Paulo não é uma cidade projetada para pessoas e o convívio coletivo. Estar na rua é uma forma de humanizar a cidade, pedir por essa transformação", conclui o idealizador do bloco.

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A pianista Betsy Arakawa, mulher do ator Gene Hackman, morreu em decorrência da síndrome pulmonar por hantavírus, segundo aponta o laudo da autópsia divulgado nesta terça-feira, 29, pela Associated Press. O documento revela que os pulmões de Betsy estavam "pesados e congestionados", e que ela apresentava acúmulo de líquido na cavidade torácica.

Aos 65 anos, Arakawa testou negativo para covid-19 e gripe, e não havia sinais de trauma. O exame toxicológico também não apontou presença de álcool ou drogas intoxicantes no organismo, apenas traços de cafeína. A autópsia também indicou leve enrijecimento dos vasos sanguíneos que irrigam o coração e o corpo.

A doença que causou a morte de Betsy é rara e potencialmente fatal, sendo transmitida por fezes de roedores infectados. Ela foi encontrada morta em 11 de fevereiro na casa que dividia com Hackman, no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Dois dias antes da divulgação do laudo de Arakawa, autoridades já haviam liberado os resultados da autópsia de Gene Hackman. O ator, vencedor de dois Oscars, morreu aos 95 anos por complicações cardíacas, agravadas por um quadro avançado de Alzheimer. O relatório também apontou que Hackman provavelmente estava em jejum prolongado, mas testou negativo para hantavírus.

Durante a investigação, registros revelaram que Arakawa havia feito buscas na internet e ligações em busca de informações sobre covid-19, sintomas gripais e técnicas de respiração. A polícia chegou a retornar à casa do casal em março para buscar o laptop de Betsy e outros itens que pudessem ajudar na apuração.

Linn da Quebrada anunciou no Instagram, nesta terça-feira, 29, seu retorno aos palcos após uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. A cantora se apresenta nos dias 10 e 11 de maio, no Sesc 14 Bis, em São Paulo.

"É com grande alegria e com um friozinho na barriga que eu boto a mão no coração, tomo fôlego, sonho e vou cantar! Sim, mulher, sou eu. Lina, a cantora! Acordei e vou cantar", escreveu, empolgada.

Aproveitando a data comemorativa de Dia das Mães, celebrada no domingo de sua apresentação, Linn convocou seu público: "Quero todas minhas filhas lá cantando comigo".

Os ingressos para o show de Linn da Quebrada já estão à venda no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo site da instituição e presencialmente nas bilheterias da rede Sesc SP.

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.