Sequestro de ônibus no Rio: como atua a Unidade de Intervenção Tática, divisão especial do Bope

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Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, a tropa de elite da Polícia Militar, atuaram nesta terça-feira, 12, no sequestro a um ônibus com 16 reféns na principal rodoviária da capital fluminense. Idosos e uma criança foram rendidos pelo criminoso identificado como Paulo Sérgio de Lima, 29 anos, que acabou se entregando e foi preso.

A condução das negociações esteve a cargo da Unidade de Intervenção Tática, divisão do Bope especializada em situações de crise.

Como funciona o trabalho de negociação?

Diógenes Lucca, ex-comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar de São Paulo, explica que, casos como o sequestro desta terça-feira, são, inicialmente, tratados pelo policiamento comum. Não havendo avanço, o batalhão especializado é acionado.

"São tropas de elite cujas características são a especialidade em algumas missões, entre elas, situações com reféns localizados como a desse ônibus", disse.

A primeira medida das equipes táticas ao chegarem a ocorrências do gênero é a contenção da crise. No caso desta terça-feira, impedir que o ônibus se deslocasse, por exemplo. Em seguida, os chamados perímetros de segurança são estabelecidos. No geral, eles são três:

- Perímetro crítico: local onde estão o sequestrador, reféns e agentes do Bope - este é o local de maior perigo durante a ocorrência;

- Perímetro restrito: onde fica localizado o gabinete de crise, local onde as deliberações são definidas na condução do caso;

- Perímetro externo: espaço onde ficam populares e a imprensa - esse é considerado um ambiente de pouco risco quando comparado aos demais.

Estabelecidos os perímetros, a tropa de elite inicia a implementação das quatro principais alternativas táticas. Lucca explica que elas são aplicadas de forma simultânea, independentemente da evolução do caso. As alternativas incluem: negociação, emprego de técnicas não letais (bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo), atirador de elite e equipe de invasão tática.

"O atirador de elite, por exemplo, é sempre posicionado já que ele começa como uma espécie de auxiliar do negociador. A luneta da arma ajuda a ter visibilidade, eventualmente vê o semblante dos reféns, do tomador de reféns. Ele acaba ajudando com informações", afirma o ex-comandante.

Para Lucca, a atuação de equipes de elite no Brasil tem se aperfeiçoado ao longo dos anos. Nesta terça-feira, por exemplo, todos os 16 reféns foram retirados do ônibus com segurança e o criminoso, preso. Os dois únicos feridos estavam fora do ônibus no momento dos disparos.

"Hoje, já está muito mais amadurecido, ocorreram tragédias no passado e obviamente erros que não devem ser cometidos. Houve aprimoramento policial. São tropas com experiência consagrada e sabem conduzir uma situação como essa", disse.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais e pelo hospital onde estava internada.

A garota teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Millena teve diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

Por conta de dores de cabeça e no corpo, a atriz precisou ser hospitalizada.

O boletim médico do hospital desta sexta-feira afirma a menina deu entrada em "estado gravíssimo" no dia 29, transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA). "Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue, mas, após uma piora no quadro, os médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros, informou o SBT. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

A situação de Millena se agravou durante esta semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início da noite, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

O caso causou comoção nas redes sociais, principalmente pela menina ter tido diversas paradas cardíacas. Depois da morte, milhares de pessoas deixaram condolências em mensagens no perfil de Millena.

Trajetória

No SBT, onde atuava desde 2023, Millena participou da novela A Infância de Romeu e Julieta, e estrelou também a série Sintonia, da Netflix. Ela registrou o início de sua carreira na TV: "E o sonho se tornou realidade", escreveu.

Além de atriz, Millena era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis. No Instagram, dizia também integrar a companhia de teatro musical Cia Artística En'Cena.

A atriz mirim Millena Brandão está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de São Paulo após sofrer sete paradas cardíacas.

Os médicos localizaram uma massa no cérebro dela, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor. A mãe está usando as redes sociais da criança para divulgar notícias sobre o caso e pedir orações.

Millena Brandão tem 11 anos de idade e mora em São Paulo. Além de trabalhar como atriz, ela também é influenciadora digital e modelo.

Seu trabalho como modelo começou em 2020 e já participou de algumas campanhas publicitárias.

Nas redes sociais, ela conta com mais de 155 mil seguidores. No Instagram, ela compartilha sua rotina e registros de seu trabalho como modelo.

Em 2023, ela registrou o início de sua carreira no SBT. "E o sonho se tornou realidade", escreveu. Millena fez parte do elenco de figurantes da novela A Infância de Romeu e Julieta, da emissora de Silvio Santos, e trabalhou também como figurante na série Sintonia, da Netflix.

Entenda o caso

Millena foi levada ao Hospital Geral de Grajaú no início da semana depois de reclamar de fortes dores de cabeça. Os médicos então localizaram uma massa no cérebro, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor.

A mãe da menina, Thays Brandão, disse ao Portal Leo Dias que a família aguarda a situação se estabilizar para tentar levá-la à casa de saúde na zona oeste paulistana. O Estadão entrou em contato com Thays e aguarda novas informações sobre o estado de saúde de Millena.

No Instagram, a mãe da atriz mirim divulgou uma vaquinha online para que a família consiga arcar com os custos de sua internação.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A situação de Millena se agravou durante a semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu as paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,6 milhão de pessoas para o show gratuito de Lady Gaga neste sábado, 3. E quem passa em frente ao Copacabana Palace não duvida. Afinal, os "little monsters" tomam conta da calçada em frente ao hotel desde que a artista chegou ao País, na esperança de uma rápida aparição ou de um aceno. Mas de onde vem o apelido usado carinhosamente para se referir aos fãs de Gaga?

A ideia de monstros veio à tona enquanto Gaga trabalhava em seu segundo disco, The Fame Monster, de 2009, que é uma expansão do álbum de estreia, The Fame. Na época, a cantora começou a desenvolver o conceito para descrever seus próprios medos, e aos poucos passou a chamar os fãs de "little monsters" (ou monstrinhos) durante as apresentações da turnê.

A própria estética do álbum explorava a ideia de figuras grotescas e monstruosas para representar os problemas que vinham junto à ascensão à fama. Por isso, o termo caiu no gosto popular, e os fãs aderiram.

Em entrevista concedida à revista W Magazine, Gaga explicou como a ideia surgiu. "Eu nomeei meus fãs de 'little monsters' porque eles eram tão ferozes nos shows, e eles gritavam tão alto. Eles se vestiam com roupas maravilhosas e se divertiam muito celebrando a música."

Com a adesão, o termo ganhou algumas expansões, e a própria artista passou a ser chamada de "mother monster" (ou mamãe monstro) após um fã usar o termo durante um show da turnê Monster Ball em Chicago, em 2010. A cantora gostou tanto que aderiu ao apelido e passou a utilizá-lo para se descrever.

Outro detalhe que vem junto à temática monstruosa é o cumprimento usado pelos "little monsters". Você já viu algum fã de Gaga com as mãos em formato de garra?

O gesto também é usado para identificar o grupo de fãs da cantora. No clipe de Bad Romance, de 2009, parte da coreografia envolve os dançarinos erguendo as mãos com o dedos levemente curvados para dentro, como se estivessem replicando o formato de uma garra. A ideia rapidamente foi aderida. Por isso, o termo "paws up" (ou patas para cima) passou a ser utilizado quando os fãs de Gaga queriam cumprimentar um ao outro ou concordar com algo.

A apresentação gratuita de Lady Gaga em Copacabana, parte do projeto Todo Mundo no Rio, está marcada para começar às 21h45, e terá transmissão na TV Globo, no Globoplay e no Multishow.