Itaipu doará R$ 1,3 bilhão para obras de infraestrutura urbana em Belém

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A hidrelétrica Itaipu doará R$ 1,3 bilhão para obras de infraestrutura urbana em Belém, no Pará, visando a preparação da cidade para a COP 30, que será realizada em novembro de 2025.

O dinheiro é custeado na tarifa de energia dos consumidores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Ele será investido em obras de infraestrutura urbana na capital paraense, envolvendo a qualificação de vias, e aumento da rede de esgotos. Além disso, está prevista a revitalização do Complexo do Ver-o-Peso.

A assinatura do convênio entre a usina binacional e a Prefeitura de Belém acontecerá no Palácio do Planalto, na próxima segunda-feira, 6, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Vera, filha de Rubens Paiva, falou ao Altas Horas do último sábado, 23, sobre o filme Ainda Estou Aqui, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre o desaparecimento do deputado federal que morreu em 1971, e da luta de sua mãe, Eunice Paiva (1929-2018).

"Você se sentiu bem retratada no filme?", perguntou o apresentador Serginho Groisman em determinado momento do programa. "Me senti", respondeu.

"É difícil, porque é a imagem do Marcelo, claro. Sou eu, somos nós, mas na perspectiva dele, de um lado, encarnados por atores e atrizes maravilhosos e uma direção delicadíssima do Walter [Salles]. Mas, sim, sempre falo que tenho vontade de chamar a Fernanda Torres de 'mamãe'. Porque ela realmente encarnou total", continuou Vera Paiva.

Há algumas semanas, na ocasião do lançamento do longa no Brasil, com diversos convidados, artistas e familiares, ela já havia comentado sobre diversas questões. Clique aqui para relembrar sua entrevista ao Estadão.

A 11ª Mostra de Cinema de Gostoso, no Rio Grande do Norte, foi aberta na noite de sábado com o documentário Kubrusly - Mistério Sempre Há de Pintar por Aí, de Caio Cavechini e Evelyn Kuriki. Kubrusly estava presente, com a esposa Bia Goulart. Foi aplaudido em pé pela plateia.

E por que seria tão tocante um documentário dedicado a um jornalista? Por um fato particular, e dramático: Kubrusly sofre de demência frontotemporal, que afeta a cognição e a memória. Não se lembra de quem foi, do que fez ou escreveu.

E, no entanto, o doc nada tem de depressivo. Lembra, em certos aspectos, outro doc, este chileno, que fez muito sucesso - A Memória Infinita, de Maite Alberdi. No caso, Alberdi retrata o drama de um casal muito conhecido no Chile. O marido, Augusto Góngora, jornalista e guardião da memória do país em sua luta contra a ditadura Pinochet, acaba por ter a sua própria memória comprometida pelo mal de Alzheimer. A esposa, a atriz e ex-ministra da Cultura do seu país, Paulina Urrutia, lhe dá todo apoio.

CELEBRAÇÃO

Nos dois filmes, temos um ponto comum - a presença de mulheres fortes e amorosas, que dão suporte aos maridos. Outro ponto: evitam a autopiedade e toda forma de pieguice. Parecem mais celebrações do que aqueles homens foram do que lamentações sobre o que perderam com a doença. O senso de humor está presente em ambos. O humor, em circunstâncias difíceis, é o sal da terra. Ou, talvez, a gota de mel ofertada em meio ao amargor da vida.

O filme trabalha tanto com imagens contemporâneas como com o abundante material de um personagem cuja carreira se deu em boa parte no âmbito da televisão. Das imagens atuais de Kubrusly retemos seu relacionamento divertido e carinhoso com a esposa. Kubrusly se entusiasma com músicas dos amigos, como se as ouvisse pela primeira vez. Ouve trechos de seus textos como crítico musical e se surpreende: "Eu escrevi isso aí?". Gilberto Gil responde: "Foi você e não foi você". Gil é um sábio e, nessa frase está toda a questão. A pessoa atingida por uma doença desse tipo é seu eu antigo mas já não é mais. É quase um paradoxo ambulante, um desafio para seus familiares e amigos.

O filme vale muito também como reflexão sobre o etarismo e como as pessoas podem proceder quando um ente querido perde sua memória - isto é, sua história, que no entanto é lembrada por todos que o circundam. Mistério - é a palavra que, silenciosa, roda o longa, do princípio ao fim. Inclusive nos versos intuídos por Gilberto Gil e que servem de subtítulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista e escritor Juan Arias Martínez morreu na última sexta-feira, 22, em Saquarema, no Rio de Janeiro, onde morava. A informação foi divulgada pelo jornal El País, onde escrevia uma coluna. A causa da morte foram complicações de uma insuficiência renal.

Aos 92 anos de idade, ele nasceu na cidade de Arboleas, na província de Almería, na Espanha, e trabalhava no periódico desde 1977, e chegou a cobrir o cotidiano de Roma, na Itália, e do Vaticano.

Sua última coluna foi publicada no El País no dia 8 de novembro, quando escreveu sobre a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Ele havia se mudado ao Brasil após se casar com a escritora Roseana Murray.