Aeroporto de Porto Alegre suspende operações por tempo indeterminado por causa das chuvas

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O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, suspendeu por tempo indeterminado todas as operações de pousos e decolagens em razão das fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde o começo da semana. O aviso foi informado pela Fraport Brasil, empresa que administra o aeroporto, na noite desta sexta-feira, 3.

"A Fraport Brasil - Porto Alegre informa que, devido ao elevado volume de chuvas que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias, e para garantir a segurança de funcionários e passageiros, as operações de pouso e decolagem estão suspensas no Porto Alegre Airport, por tempo indeterminado. Aos passageiros, pedimos que entrem em contato com a sua companhia aérea para mais informações sobre os seus voos", informou em nota.

No início da noite desta sexta, a Latam informou que todos os voos feitos pela companhia partindo e chegando a Porto Alegre, até sábado, 4, às 12h, foram cancelados por conta das fortes chuvas. O trajeto entre em Caxias do Sul e Passo Fundo segue normalmente, afirmou a Latam, mas existe a possibilidade de mudanças em razão dos temporais.

Em nota, a companhia orienta que os passageiros "evitem se deslocar para o Aeroporto Salgado Filho" e que consultem com antecedência o status dos voos de e para Caxias do Sul e Passo Fundo no site da empresa.

"A companhia reforça que está oferecendo flexibilidade comercial para quem tem voos até o domingo, 5 de maio, de/para as localidades. A autogestão para alterações de data ou voo, sem multa ou diferença tarifária, pode ser realizada diretamente em latam.com na seção 'Minhas Viagens'."

A Gol já havia informado nesta semana que os clientes poderiam remarcar os voos chegando ou partindo dos aeroportos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina até o dia 31 de maio. A medida vale para os aeroportos localizados nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santo Ângelo (no Rio Grande do Sul), e Chapecó, em Santa Catarina.

O comunicado, publicado na última quarta-feira, informa ainda que os passageiros interessados em remarcar o voo deverão deixar o valor da passagem em crédito com a companhia. A Gol garantiu que não haverá cobrança da taxa de cancelamento, e os clientes também ficarão isentos de pagar a taxa de remarcações.

Em um breve comunicado, feito às 20h40 desta sexta, a companhia Azul cancelou os voos e pediu aos passageiros para não irem ao aeroporto e que aguardem a empresa entrar em contato.

"Atenção: devido a situação meteorológica do Rio Grande do Sul estamos cancelando voos. Não vá para o aeroporto. Aguarde atualizações e nosso contato", disse a companhia.

Capital gaúcha viu situação se agravar nesta sexta

O cenário de inundações começou a se agravar nesta sexta-feira, 3, na capital gaúcha. A estimativa é que o Guaíba chegue a 5,5 metros entre esta sexta-feira, 3, e o sábado, 4, o que é quase o dobro da cota de inundação. Há o temor de que possa colapsar o sistema de contenção contra cheias da cidade (que envolve comportas, muro, vias elevadas e bombeamento de água).

A recomendação é ampliar a evacuação assim que o Guaíba chegar a 5 metros, o que poderia ocorrer ainda nesta sexta-feira, 3. Por enquanto, a prefeitura recomendou a saída da população do centro histórico, das ilhas e do 4º Distrito - antiga área industrial que abrange os bairros Floresta, Navegantes, Humaitá, São Geraldo e Farrapos. Bloqueios foram feitos em alguns acessos. Também foram retirados moradores de outros pontos da cidade.

O mapa abaixo, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostra as áreas com maior potencial de serem atingidas pelas águas caso o sistema de controle de enchentes entre em colapso. A projeção considerou as áreas afetadas na então maior enchente da cidade, de 1941 (na cor roxa).

Governo prioriza resgate em áreas isoladas; mortes chegam a 39 no Estado

Com mais de 8 mil resgatados de bote, helicóptero e caminhões, ainda há pessoas isoladas em diferentes localidades do Rio Grande do Sul após a chuva extrema registrada nos últimos dias. Em coletiva de imprensa, a Defesa Civil declarou que a prioridade será chegar àqueles que estão isolados e há mais de 72 horas sem alimentação e água.

Os cerca de 170 bloqueios estão entre as maiores dificuldades de acesso a diversas localidades, especialmente na região central, na Região dos Vales e na Serra Gaúcha. "Ainda há muito estrago, dificuldade para acessar e pessoas a resgatar", disse o governador Eduardo Leite (PSDB). Com o solo encharcado, áreas também estão em risco de deslizamento, mas o Estado avalia que melhores condições climáticas vão permitir acesso maior à população a partir do sábado, 4.

O balanço das 18 horas aponta 39 mortes e 68 desaparecidos, mas o governador alertou que o montante possivelmente aumentará. "Esses números podem subir substancialmente ao longo dos próximos dias, à medida que a gente consiga acessar as localidades e possa ter a identificação de outras vidas perdidas", afirmou.

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Gustavo Mioto e Ana Castela, cantores sertanejos que também formam um casal, receberam uma homenagem no quadro Tamanho Família do Domingão Com Huck deste domingo, 24. Entre músicas, ouviram depoimentos, por vídeo ou presenciais, de parentes no palco da atração.

Um deles foi feito pelo pai de Mioto, que apareceu em um cenário indicando um ônibus: "Oi, filho. Isso aqui é um símbolo daquele dezembro de 2011 que eu fui te encontrar na rodoviária em Votuporanga, onde eu tinha certeza de que você ia desistir e eu estava torcendo pra isso."

"Você entrou no meu carro todo sujo, a gente cheio de ideias. 'E aí, meu filho?'. 'Não, pai. Tenho certeza de que é isso que eu quero pra minha vida'. E naquele dia eu te abracei não só como pai, como seu empresário. A gente está junto até hoje e vamos até onde der", continuou. Gustavo chorou durante a homenagem.

Os convidados falaram sobre seu relacionamento quando questionados por Luciano Huck: "Eu prefiro vocês sentados juntinhos, assim. Achei mais fofo do que um em cada sofá, separados pela distância. Vocês têm tempo de namorar? Vocês se encontram quantas vezes?"

"Praticamente toda semana. Até pelas agendas, é ok, até mais. [Ana trabalha de quinta a domingo], eu faço sexta, sábado, sou mais velho, já não aguento tanto. Às vezes faço show perto", comentou o músico. O casal ainda destacou que Gustavo Mioto mora sozinho, enquanto Ana Castela mora com os pais.

Irene Ravache falou sobre como vê o estado atual de novelas na TV em entrevista publicada pelo jornal O Globo neste domingo, 24. Longe das telas desde o remake de Éramos Seis em 2020 pela Globo, ela revelou que perdeu o costume de assistir às tramas: "Não tenho acompanhado as novelas. Nada contra, mas estou fazendo outras coisas. As séries me agradam mais."

Entre seus pontos de crítica nas produções está a escolha de influenciadores digitais para fazer parte de elencos. Apesar de não ter citado nenhuma nome diretamente, houve casos recentes de repercussão nesse sentido, como o de Jade Picon, que viveu Chiara em Travessia (2022).

"Você não chega no [hospital] Albert Einstein dizendo: 'Tenho o maior jeito para fazer cirurgia' e atende a um paciente. Mas é o que acontece com a minha profissão. Todo mundo acha que pode chegar e fazer. Não é assim. Tanto que não funciona. O problema é de quem concorda e coloca essas pessoas nessa posição", defende Irene Ravache.

Beatriz Goulart falou sobre o estado de saúde de seu marido, Mauricio Kubrusly, conhecido especialmente por suas reportagens no Me Leva Brasil, do Fantástico, nos anos 2000. Aos 79 anos, ele sofre com uma demência frontotemporal. Diagnosticado em 2016, atualmente já não lê ou escreve e fala cada vez menos, além de ter dificuldade em reconhecer outras pessoas.

"Ele já desligou de saber onde está. Antes a gente andava quilômetros. Agora, caminhamos uns 500 metros, porque ele se cansa", contou em entrevista ao jornal O Globo por ocasião do lançamento do documentário Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (clique aqui para ler a crítica).

Beatriz relembra as dificuldades com médicos em certos pontos do tratamento, inclusive pelo fato de inicialmente a doença ter sido confundida com um possível Alzheimer: "Tratavam ele como uma celebridade e não como paciente. Perguntavam da televisão e a gente ficava 'no escuro'".

A arquiteta ainda destacou que a relação de Mauricio Kubrusly com a religião pode ter ajudado a lidar com a situação: "Nesse ponto, foi ótimo ele ser ateu, porque não tem Deus para culpar. Ele é bem racional, sabe que isso acontece com muita gente".

Por fim, desabafou: "A gente não sabe falar sobre demência, não sabe falar sobre a morte, tem vergonha, diz que é para preservar a privacidade das pessoas. Mas eu só penso naquela pichação que fizeram na Rio-92, quando o cacique Raoni e o Sting se encontraram: 'Ou a gente se Raoni, ou a gente se Sting'".