Irene Ravache: 'Não tenho acompanhado novelas, séries me agradam mais'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Irene Ravache falou sobre como vê o estado atual de novelas na TV em entrevista publicada pelo jornal O Globo neste domingo, 24. Longe das telas desde o remake de Éramos Seis em 2020 pela Globo, ela revelou que perdeu o costume de assistir às tramas: "Não tenho acompanhado as novelas. Nada contra, mas estou fazendo outras coisas. As séries me agradam mais."

Entre seus pontos de crítica nas produções está a escolha de influenciadores digitais para fazer parte de elencos. Apesar de não ter citado nenhuma nome diretamente, houve casos recentes de repercussão nesse sentido, como o de Jade Picon, que viveu Chiara em Travessia (2022).

"Você não chega no [hospital] Albert Einstein dizendo: 'Tenho o maior jeito para fazer cirurgia' e atende a um paciente. Mas é o que acontece com a minha profissão. Todo mundo acha que pode chegar e fazer. Não é assim. Tanto que não funciona. O problema é de quem concorda e coloca essas pessoas nessa posição", defende Irene Ravache.

Em outra categoria

Uma explosão seguida de incêndio em um trem da Linha 9-Esmeralda de São Paulo assustou e causou tumulto entre os passageiros, na Estação Santo Amaro, na manhã deste domingo, 24. De acordo com a concessionária ViaMobilidade, o princípio de incêndio em uma das composições ocorreu devido a uma falha elétrica. O incidente aconteceu às 11h41. Embora as chamas tenham sido rapidamente apagadas, a Linha 9-Esmeralda opera com maiores intervalos, segundo a concessionária. Não houve feridos.

A explosão seguida de incêndio e fumaça causou correria entre os passageiros, que tentavam se afastar do local. Em nota, a ViaMobilidade informou que seus técnicos estão no local para o restabelecimento da operação no menor tempo possível. Disse ainda que os agentes de atendimento e segurança da concessionária atuam na orientação e no apoio aos clientes, que são também informados sobre a ocorrência com sinais sonoros na estação.

O Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionado para atender o trecho entre João Dias e Socorro. No momento do acidente, o local estava lotado porque a estação fica ao lado de uma universidade que recebia candidatos para as provas de um concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Segundo acidente

O acidente deste domingo, 24, é o segundo com um trem da Linha 9-Esmealda em pouco mais de um mês. No dia 14 de outubro, um trem pegou fogo quando recebia passageiros com destino à cidade de Osasco, na Grande São Paulo. O incêndio começou na região da Estação Granja Julieta, na zona sul da capital, entre as paradas Morumbi e Santo Amaro. Os passageiros se assustaram, mas ninguém se feriu.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou frustração com o acordo financeiro alcançado na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão. Em comunicado divulgado neste sábado, 23, o dirigente criticou o valor de US$ 300 bilhões anuais estabelecido para apoiar países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas, montante que representa menos de 25% dos US$ 1,3 trilhão pleiteados por essas nações.

"Foi uma negociação complexa em um cenário geopolítico incerto e dividido", afirmou Guterres, alertando que o acordo precisa ser implementado com urgência. "Compromissos devem rapidamente virar dinheiro", cobrou o secretário-geral, enfatizando que o financiamento climático é "prioridade número um".

Em seu pronunciamento, Guterres descreveu 2024 como "um ano brutal", marcado por temperaturas recordes e desastres climáticos. O chefe da ONU ressaltou a situação crítica dos países em desenvolvimento, que se encontram "mergulhados em dívidas, atingidos por desastres e deixados para trás na revolução da energia renovável".

O acordo prevê que nações desenvolvidas destinem US$ 300 bilhões anuais ao longo dos próximos 10 anos para apoiar países em desenvolvimento. Embora Guterres tenha reconhecido a importância do pacto para manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, ele deixou clara sua insatisfação: "Esperava um resultado mais ambicioso - tanto em termos de financiamento como de mitigação".

O secretário-geral estabeleceu duas prioridades imediatas: a apresentação de novos planos nacionais de ação climática antes da COP30, que será realizada em Belém (PA), e a implementação do Pacto para o Futuro, com foco especial no alívio da dívida dos países em desenvolvimento. "Os países do G20, os maiores emissores, precisam liderar", declarou. Guterres também destacou que "o fim da era dos combustíveis fósseis é uma inevitabilidade econômica" e defendeu que os novos planos nacionais devem acelerar essa transição energética de forma justa.

Ao concluir, o secretário-geral agradeceu ao governo azerbaijano e elogiou o trabalho do presidente da COP29, Mukhtar Babayev. Guterres também reconheceu o papel fundamental dos jovens e da sociedade civil nas negociações. "As Nações Unidas estão com vocês. Nossa luta continua. E nunca desistiremos".

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste domingo, 24, que o município de São Paulo restabeleça a comercialização e a cobrança de serviços cemiteriais e funerários nos valores anteriores à concessão dessas atividades. Na decisão tomada a partir de uma ação apresentada pelo PCdoB, o ministro diz ter enxergado práticas mercantis adotadas pelas concessionárias que atentam contra preceitos constitucionais.

"Defiro em parte a cautelar, para determinar, até o exame de mérito, que o município de São Paulo restabeleça a comercialização e cobrança de serviços funerários, cemiteriais e de cremação tendo como teto os valores praticados imediatamente antes das concessões ("privatização"), atualizados pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo até esta data", decidiu.

O caso será analisado pelo plenário virtual do STF, em sessão agendada de 6 a 13 de dezembro. Por ora, o ministro decidiu apenas liminarmente sobre o ponto da cobrança, deixando a análise sobre a privatização deste serviço público para o julgamento de mérito pelo plenário da Corte. "Outrossim, caberá à Administração Municipal as providências que considerar cabíveis para o cumprimento da liminar, mantendo, ou não, os contratos de concessão, e em que termos", apontou Dino.

Ao STF, o partido afirmou que a privatização desses serviços tem levado à "exploração comercial desenfreada" pelas empresas concessionárias "nos piores momentos da vida das pessoas que perdem seus entes queridos". "Preços extorsivos dão a tônica do que tem sido o calvário de quem precisa sepultar um familiar, um amigo, sobretudo para os mais pobres, que na prática não têm acesso aos serviços destinados a pessoas de baixa renda", alegou.

Na decisão, Dino argumentou que a exploração dessa atividade precisa se conformar com os parâmetros constitucionais do regime jurídico do serviço público no que diz respeito a relação aos direitos dos usuários, à política tarifária e à obrigação de manter serviço público adequado.

"A despeito de o serviço funerário, cemiterial e de cremação estar sendo prestado atualmente por meio de concessões à iniciativa privada, ainda mantém seu caráter público e, por isso, vincula-se aos preceitos fundamentais acima delineados", escreveu o ministro, para quem a morte de um brasileiro não pode ser acompanhada de "exploração comercial de índole aparentemente abusiva".

A concessão das funerárias para a iniciativa privada foi motivo de acusações de outros candidatos ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que alega que o serviço foi melhorado.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse entender que a medida deferida pelo ministro do STF é um retrocesso às ações adotadas pela administração para atender os mais pobres. "A decisão do STF elimina, por exemplo, o desconto de 25% do funeral social garantido pela nova modelagem", disse. "Vimos, portanto, com preocupação uma decisão que, na realidade, provoca a perda de benefícios. Vale ressaltar ainda que a ação foi baseada em reportagens já contestadas pela Prefeitura após publicação de valores equivocados ou incomparáveis", acrescenta.

A prefeitura diz lamentar, por fim, "o uso político por partidos (Partido Comunista do Brasil) que tentam provocar um retrocesso numa concessão que tem beneficiado diretamente a população, especialmente as famílias mais vulneráveis".