Atlas do IBGE apresenta erros sobre a formação dos continentes; entenda

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Um novo atlas foi publicado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém o material apresenta erros no conteúdo que dizem respeito à formação dos continentes da Terra. A 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar entrou em circulação em 9 de abril. O instituto reconhece os erros, diz que fez ajustes na versão digital e que disponibilizará erratas para a versão impressa até o início de agosto.

- O atlas é uma publicação tradicional do IBGE, que contém dados sobre o clima, vegetação, uso da terra, divisão política e regional, características demográficas, indicadores sociais, espaço econômico e das redes, além de diversidade ambiental do Brasil e de mais de 180 países.

políticos e temáticos do Brasil e do mundo. As informações incorretas foram identificadas na página 16 do compilado de mapas. Ela explica a formação dos continentes por meio da Teoria da Tectônica de Placas, os movimentos imperceptíveis das placas tectônicas ao longo do tempo que fizeram os continentes se deslocarem lentamente.

Para complementar a explicação, a página contém cinco mapas representando essas movimentações e os respectivos períodos históricos de cada uma delas: Permiano, Triássico, Jurássico, Cretáceo e Quaternário - formação atual.

Entretanto, as imagens apresentam informações incorretas em suas descrições, com datas incoerentes com os períodos geológicos ali representados. Segundo Marcos Roberto Pinheiro, professor de Neotectônica do Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo (USP), os períodos estariam corretamente representados da seguinte maneira:

Permiano - 251,9 milhões até 298,9 milhões de anos;

Triássico - 251,9 milhões até 201,3 milhões de anos;

Jurássico - 201,3 milhões até 145 milhões de anos;

Cretáceo - 145 milhões de anos até 66 milhões de anos

Além disso, as ilustrações que mostram a movimentação das placas tectônicas e a disposição delas pelo globo nos períodos Jurássico e Cretáceo foram trocadas entre si.

"A imagem do Cretáceo está invertida com a do Jurássico. Deve ter sido um erro na diagramação, que poderia ter sido facilmente percebido se tivesse tido uma revisão apropriada do conteúdo do atlas. Essa imagem do mapa é inspirada numa equivalente disponível no site do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS)", explicou o professor.

O docente explica ainda que, além da troca entre dois períodos, os anos descritos nas imagens estão errados.

"Em relação à legenda das figuras, que indica as idades de cada estágio de fragmentação dos continentes, as idades estão corretas, mas o período atribuído a essas idades estão incorretos, exceto o Quaternário. A descrição se refere às imagens e não aos títulos", apontou Marcos.

O especialista detalha que o maior prejuízo com os erros é que os estudantes terão uma percepção errada da história geológica da Terra. "Se não conseguimos entender a história geológica na Terra não conseguimos sequer entender de que forma a vida se estabeleceu na Terra."

Em nota ao Estadão, o IBGE disse que o Atlas Escolar Geográfico é uma publicação impressa e que, pela primeira vez, conta com versão digital disponibilizada online. O órgão informou que foram produzidas 100 mil unidades do Atlas e, até o momento, cerca de 36 mil unidades físicas distribuídas.

O IBGE disse ainda que em todas suas edições, desde 2002, recebe e analisa correções, que são registradas e consideradas em edições seguintes e que a versão digital facilita as correções. A versão online já teve as correções implementadas e a versão e-book será corrigida até o fim deste mês. O atlas impresso terá sua errata disponibilizada no início de agosto, informou o IBGE.

Brasil no centro do mundo

Outra polêmica envolvendo o atlas desde seu lançamento é a representação do Brasil no mapa-múndi, como foi colocado ao centro do mapa político. O documento destaca também os países integrantes do G20 e dos que possuem representação diplomática brasileira.

Em divulgação oficial, o IBGE disse que essa forma de representação do Brasil no mapa "ocorre em consonância com o momento especial em que o Brasil está presidindo o G20 e é uma oportunidade de mostrar uma forma singular do Brasil ser visto em relação a esse grupo de países e ao restante do mundo.

O professor Marcos Roberto Pinheiro aponta que colocar o Brasil no centro do mapa, do ponto de vista cartográfico, não é exatamente um problema, mas que a ação representa assumir um posicionamento nacionalista, de valorização da própria identidade.

"Colocar o Brasil ou qualquer outro país no centro de um mapa é assumir um posicionamento, como de sua própria importância geopolítica. O Brasil não é o primeiro país que se coloca no atlas nacional como o centro do mundo. Nenhum país está no centro do mundo, até porque não existe centro do mundo, ele é só uma abstração", comentou Pinheiro.

Na data de entrega do material didático, o presidente do Instituto, Márcio Pochmann, publicou na rede social X, antigo Twitter, informações a respeito do novo atlas. Ele participou da entrega do livro junto ao presidente Lula (PT) e outras autoridades. Na publicação, destacou que "o IBGE distribui um exemplar impresso para todas as escolas públicas do Brasil, usando seus próprios recursos".

Também disse que, apesar do pouco recurso para distribuição do material, ele deveria ser fornecido, sendo uma unidade, para todos os alunos do ensino público no Brasil e ainda ressalta outros meios de propagação para o atlas.

"Além de um exemplar para cada estudante, o Atlas deveria ter mais exemplares nas bibliotecas, nas instituições públicas e em cada local coletivo deste país. O que inclui espaços públicos em que uma publicação de referência sempre pode ser lida. Dessa forma, entregar simbolicamente para o presidente Lula é buscar universalizar esse documento. Que essa distribuição possa contemplar a todos. E que o Atlas, assim como outros documentos do IBGE, possam ser fonte de informação, mas também de conhecimento da realidade", disse Pochmann na oportunidade.

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Sequência do longa de 2000, O Auto da Compadecida 2 ganhou um novo pôster estampado por Rosinha, personagem de Virginia Cavendish. A imagem, postada nas redes sociais do filme, mostra a personagem, par romântico de Chicó (Selton Mello), retornando a Taperoá.

"Empoderada, Rosinha retornará ao interior da Paraíba dirigindo um caminhão", diz a legenda da foto. Confira aqui.

Cavendish é apenas um dos retornos de O Auto da Compadecida 2. Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Enrique Diaz também voltam como João Grilo, Chicó e Joaquim Brejeiro, respectivamente. Taís Araújo dará vida à Nossa Senhora, substituindo Fernanda Montenegro.

O Auto da Compadecida 2 estreia nos cinemas em 25 de dezembro.

O cantor e compositor Nando Reis comentou em entrevista como o uso de álcool e outras drogas impactou seu processo artístico ao longo dos anos. "O uso de drogas ou a alteração da consciência também quebra algum tipo de rigidez, do ponto de vista da expressão, que pode ser tanto benéfico quanto desastroso", disse o músico ao site Breeza.

Em recuperação há oito anos, o artista de 61 anos está lançando o álbum Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo, o primeiro que produziu totalmente sóbrio. Em 2023, em um depoimento para a revista Piauí, o cantor revelou seus problemas com o uso abusivo de álcool e cocaína.

"Quando eu digo que é o primeiro disco que eu gravei sóbrio, não estou falando sobre criação. Eu tô falando sobre mudança de hábito, de cuidado e de interrupção de uma rota. Porque, no caso, eu sou alcoólatra, sou dependente químico e essa adicção, como qualquer adicção interferiu muito na minha vida", disse o artista que também contou que o uso das drogas nunca foi determinante para a qualidade da sua produção.

"Eu nunca publiquei nada antes de ter um crivo, um crítico, que eu só consigo ter, e isso foi idêntico a vida inteira, lúcido, sóbrio, então, essa mudança, ou melhor, o período da minha adicção e o comprometimento que a minha adicção teve nas minhas relações pessoais, familiares e profissionais afetou muito uma coisa que estava relacionado ao meu trabalho e a perda de senso crítico nas apresentações, e isso eu acho horrível", continuou o ex-Titãs.

"O estado de embriaguez, de alteração, inviabiliza uma etapa do trabalho muito importante, que chama-se mixagem, no qual eu sempre fui relapso. Na mixagem, há decisões artísticas importantíssimas a serem tomadas, que exigem o mesmo rigor e senso crítico. Só a lucidez é capaz de produzir bons resultados", conta o artista. "Esse disco não teve realmente nenhuma influência (das drogas) nem na composição nem na mixagem", pontua.

Na entrevista, o cantor também foi questionado sobre falas antigas em que dizia "que a sua facilidade em criar o seu mundo interno tinha muito a ver com a relação com as drogas". A isso, o artista disse querer refazer sua frase.

"Acho que o mundo onírico ou fantasioso da criação, que é uma transcendência de um pensamento muito objetivo e onde você dissolve a concretude das coisas e dá a elas múltiplos significados, é uma característica minha que associo muito com a minha infância", respondeu.

Na conversa publicada no jornalístico, o compositor também falou sobre como ele reagiu à relação dos filhos do casal, Theodoro, Sophia, Sebastião, Zoe e Ismael, com as drogas. "Nunca conversei muito. Sempre soube que todo mundo fuma maconha, quase faz parte do ritual da vida das pessoas. Eu e Vânia, a gente sempre observou o quanto isso tinha um componente temerário, nunca incentivei. Eu acho que era importante, do ponto de vista da educação", disse. "Quando observei em alguns deles, em determinado momento, um uso excessivo, que me parecia criar um torpor, me incomodava. E eu, como tinha já, mesmo sem reconhecer, noção das minhas questões com a adicção, sempre olhei do ponto de vista de alerta", explicou.

"Nunca fui um apologista, e ao mesmo tempo o que eu tinha e percebia em mim era uma patologia, uma doença, eu sabia que o uso, para mim, fazia mal, e eu não conseguia me controlar, e olhava para eles sempre com preocupação. E, mais tarde, com eles mais adultos, sempre conversei: 'olha, você tem que tomar cuidado, porque eu tenho dependência e isso é horrível, é um sofrimento'. E se você tem, não é bom, você perde o poder de decisão e a sua vida entra num rodamoinho. E, ao mesmo tempo, meus filhos sempre me viram sofreram com isso", contou.

A influenciadora Viih Tube voltou a ser internada três dias depois do nascimento de Ravi, seu segundo filho com Eliezer. Em mensagem enviada ao Estadão, a assessoria confirmou a internação. "Viih Tube está na UTI pois precisou de uma transfusão de sangue. Mas se recupera bem, acompanhada pela mãe", diz a comunicação. O motivo que teria levado à necessidade de reposição de sangue não foi informado, no entanto.

O mesmo comunicado diz que Eliezer está cuidando do filho Ravi, "que está muito bem"., O casal anunciou o nascimento do menino na terça-feira, 12. O bebê nasceu na noite do dia anterior, com 3,76 quilos e 49 centímetros. Os influenciadores e ex-BBBs também são pais de Lua, de 1 ano.

A segunda gravidez de Viih Tube foi anunciada em abril. Em maio, o casal revelou o sexo do bebê e o nome escolhido para o caçula.