Caso Djidja: polícia indicia família da ex-sinhazinha e mais 9 pessoas

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, foram indiciados por tortura, tráfico de drogas e outros 12 crimes. O resultado das investigações do inquérito civil que apurava o uso e distribuição da droga ketamina foi divulgado nesta quinta-feira, 20, pela Polícia Civil do Amazonas.

A apuração foi conduzida pelo delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Além desta investigação, há outro inquérito civil ainda em andamento na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) que trata da causa da morte de Djidja Cardoso, classificada como "a esclarecer".

O resultado do inquérito divulgado nesta quinta-feira afasta a tese de que os investigados seriam "inimputáveis" em razão da dependência química e apresenta 11 indiciados. Os dois principais nomes são Cleusimar e Ademar Cardoso. Ainda segundo a Polícia Civil, se Djidja estivesse viva ela também seria indiciada, pois integrava o esquema criminoso.

"Conseguimos identificar, a partir da análise de todo o conjunto probatório, em especial das mídias dos aparelhos telefônicos dos autores, que o Ademar figuraria como autor do crime de tortura em relação à Audrey (ex-namorada) e a sua ex-companheira, Gabriele, e a Cleusimar passaria a cometer tortura (com resultado morte) em relação à Djidja no momento em que eles percebem que a Djidja estaria numa situação de quase morte, em estágio terminal", explicou o delegado.

A investigação concluiu que a família Cardoso fundou uma seita religiosa chamada 'Pai, Mãe, Vida', praticou o crime de tráfico de drogas e induziu funcionários do salão de beleza da família, Belle Femme, a utilizarem as substâncias ketamina e potenay, um anestético e um tônico veterinários, respectivamente.

Início

Conforme a Polícia Civil do Amazonas, a família já fazia uso de substância entorpecentes como maconha, chá, cogumelos e sintéticos, mas a ketamina passou a fazer parte da rotina após Ademar ter morado um período em Londres com a ex-companheira, onde ele conheceu a droga.

"Lá, ele passa a torturar sua companheira, a obrigando a usar essa e outras substâncias até que, em razão de problemas com fornecedores de lá, ele acaba retornando ao Brasil, fugindo de criminosos de Londres, se separa da ex-companheira e conhece a Audrey, que figura como vítima desse procedimento", disse Cícero Túlio.

Segundo o delegado, a ex-namorada de Ademar, Audrey Silveira, teria apresentado a ele um casal que fazia o uso da ketamina em pó, chamada special key. Já nesse momento, Cleusimar lia a obra Cartas de Cristo, seguida pela seita da família.

"Em determinado momento, esse casal é convidado a participar das reuniões (da seita), das meditações, como eles falavam, e esse casal apresenta o entorpecente para a Cleusimar. Ela, que tem vasto conhecimento em química, haja vista que é formada na área", afirmou o investigador.

A partir desse momento, a família passou a estudar a droga e concluiu que a aplicação injetável, na forma subcutânea, renderia mais usos. O passo seguinte foi o próprio consumo da ketamina e indução do uso pelos funcionários do salão de beleza.

Fornecimento

A investigação aponta que a família passou a ter dificuldades na obtenção da droga, até que o ex-namorado de Djidja Cardoso, o atleta Bruno Roberto, apresentou a todos o coach Hatus Silveira, que já fazia uso de substâncias veterinárias.

"A principal função do Hatus, com base no inquérito, seria o elo entre a família e o José Máximus, o administrador de uma clínica veterinária responsável por ceder esse tipo de medicação para a família. É ele quem insere também a substância potenay", pontuou o delegado.

Em meio a esse cenário, a ex-companheira de Ademar, Audrey Silveira, passou a ficar em uma "situação deplorável", sendo torturada e em cárcere privado, conforme o inquérito, até ser resgatada pelo pai, que a leva até a delegacia e registra uma ocorrência.

Clínica própria

Conforme o delegado Cícero Túlio, a família já planejava abrir uma clínica veterinária e construir uma "comunidade" na zona norte de Manaus, onde o uso da ketamina seria livre para todos os membros do grupo.

"Isso afasta a alegação de inimputabilidade dos autores. Eles tanto eram conscientes e tinham discernimento das práticas criminosas que arquitetam a criação de uma clínica veterinária para que pudessem adquirir esse produto com maior facilidade", disse.

A reportagem procurou a defesa da família Cardoso, que ainda não se pronunciou após a conclusão do inquérito, mas não houve retorno até o momento. Não foi possível localizar a defesa dos outros indiciados. O espaço continua aberto para manifestações. Veja a lista divulgada pela Polícia Civil com todos os nomes:

Ademar Cardoso, irmão de Djidja Cardoso;

Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso;

Verônica da Costa Seixas, gerente do Belle Femme;

Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro e maquiador;

Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza;

Bruno Roberto Lima, ex-namorado de Djidja;

Hatus Silveira, ex-fisiculturista;

José Máximo, dono da clínica veterinária MaxVet e responsável por outros estabelecimentos;

Savio Pereira, funcionário da clínica MaxVet;

Emicley Araújo, funcionário da clínica MaxVet;

Pessoa ainda não identificada pela polícia.

Em outra categoria

Alec Baldwin definiu o acidente que ocorreu no set de Rust como o maior desafio de sua vida. As filmagens do filme foram interrompidas em outubro de 2021, quando uma arma cenográfica manuseada pelo ator disparou acidentalmente, causando a morte da fotógrafa Halyna Hitchins.

Joel Souza, diretor de Rust, também foi ferido. O astro de Hollywood foi indiciado por homicídio culposo, mas o caso foi arquivado em julho após o Ministério Público não apresentar provas essenciais para o processo.

"Isso é a coisa mais difícil que já enfrentei na minha vida. Além das próprias vítimas, o que mais me dói é o impacto disso na minha esposa. Temos lidado com muito sofrimento. Estamos tentando usar o vento a nosso favor, nos afastar dessas coisas. Porque o filme não se sustenta sozinho. Sempre será ofuscado por isso", disse em entrevista à Variety.

Ele ainda revelou que não assistiu à versão final do filme, mas que espera que Rust seja lançado. "Recebi uma versão preliminar no início, antes de tudo ficar mais conturbado e difícil. Então, não assisti ao filme."

Baldwin também acrescentou que espera que os investidores do projeto recuperem seus recursos, e citou Matt Hutchins, viúvo da fotógrafa morta no incidente. "Espero que o filme seja vendido e que ele [Matt Hutchins] receba seu dinheiro. Todos fizemos um acordo com ele e queremos cumpri-lo."

O ator finalizou o discurso alegando que deseja deixar o episódio para trás e focar seu tempo e energia em sua família. "Os últimos dois anos dessa situação simplesmente me degastaram, me drenaram. Tenho a obrigação como qualquer outro homem que é pai, ou casais de pais - dois homens que têm filhos, seja como for - temos a obrigação de dedicar o melhor de nós para nossos filhos. E essa tem sido a parte mais difícil para mim", disse.

Alexandre Borges foi homenageado no Encontro da terça-feira, 26, pelos seus 40 anos de carreira e recebeu uma mensagem pra lá de especial da ex-mulher Julia Lemmertz. Os atores se separaram em julho de 2015, após 22 anos de casamento, período no qual também trabalharam juntos no teatro e em novelas. Os dois são pais de Miguel.

"A gente fez muita coisa incrível. O Ale tem uma carreira extraordinária e eu estou aqui para te homenagear também, te mandar um beijo imenso. Ale, toda sorte do mundo. Tudo de melhor nessa vida, te amo," declarou-se Julia.

O ator agradeceu o carinho e lembrou a história dos dois:

"A Julia, essa grande mulher, essa grande atriz, que eu já admirava antes até de conhecê-la pessoalmente, já era uma atriz assim consagrada na TV, no teatro. E tivemos uma parceria, um casamento humano. Muito bacana, muito feliz esses 23 anos, somos amigos, companheiros e muito unidos, desejo tudo de bom pra você também, Júlia. Obrigado pelas palavras", disse.

Alexandre também falou do filho do casal, Miguel, de 23 anos. "O maior presente da minha vida que a Julia me deu foi esse filho que eu amo muito, que realmente mudou a minha vida. É um amor assim enorme, quem é pai, mãe sabe o que é isso. E daí hoje um homem feito", derreteu-se Alexandre.

A história do casal

Alexandre Borges e Julia Lemmertz se conheceram em 1991, mas se casaram em 1993, ano em que protagonizaram a novela Guerra Sem Fim, na extinta TV Manchete.

Em julho de 2015, depois de 22 anos juntos, o casal se separou. Na época, a notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa dos dois, que disse que a separação foi "amigável".

São Paulo terá a chance de conhecer um pouco mais sobre a trajetória d'Os Paralamas do Sucesso, banda formada nos anos 1980, dona de hits como Óculos (1984), Lanterna dos Afogados (1989) e Ela Disse Adeus (1998). É que a cidade vai receber, a partir de maio de 2025, o espetáculo Vital, o musical dos Paralamas. A montagem chega a São Paulo depois de uma temporada no Rio de Janeiro.

A estreia está marcada para o dia 3 de maio, no Teatro Sabesp Frei Caneca (R. Frei Caneca, 569 - Consolação, São Paulo - SP), mas os ingressos já começam a ser vendidos nesta quinta-feira, 28, pelo sita da Uhuu. As entradas custam de R$ 42 a R$ 220. A temporada vai até o dia 22 de junho.

O musical foi montado para celebrar os 40 anos de trajetória dos Paralamas e destaca a amizade de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone como pilar central de sua longevidade e sucesso da banda.

O espetáculo foi idealizado por Gustavo Nunes e Marcelo Pires, conta com texto de Patrícia Andrade, direção de Pedro Brício e direção musical de Daniel Rocha.

Serviço:

Vital, o musical dos Paralamas

Onde: Teatro Sabesp Frei Caneca (R. Frei Caneca, 569 - Consolação, São Paulo - SP)

Quando: de 3 de maio a 22 de junho de 2025

Como: ingressos à venda a partir de quinta-feira, 28, pelo sita da Uhuu

Quanto: De R$ 42 a R$ 220