STF volta a julgar a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

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O Supremo Tribunal Federal retomou na tarde desta quarta-feira, 25, o julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Há cinco votos para que a Corte reconheça a descriminalização e os votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Luiz Fux serão decisivos no julgamento.

Já há uma maioria formada (sete votos) para que a Corte máxima fixe quantias para diferenciar usuários de traficantes. Esse ponto será enfrentado em um segundo momento do julgamento, vez que há diferentes posicionamentos dos ministros que já se manifestaram sobre o tema.

No centro do julgamento está o artigo 28 da lei de drogas, que caracteriza o porte de maconha para uso pessoal como crime, mas sem a pena de prisão. O texto estabelece punições como advertência, prestação de servos à comunidade e medida educativa.

Assim, a diferença entre o STF entender o porte de maconha como crime ou não impacta não sobre a punição - já estabelecida pelo Congresso, mas sobre os efeitos de uma condenação, em especial quanto à anotação na ficha de antecedentes de uma pessoa.

A análise do caso é retomada após o ministro Dias Toffoli inaugurar uma nova corrente de divergência na última sessão plenária, do dia 20. Na ocasião, o ministro somou quatro votos no sentido de negar o recurso contra que questiona a lei de drogas, mas defendeu que a norma já não criminaliza o porte de drogas para uso pessoal.

O ministro vai complementar seu voto na sessão desta quarta, 25, indicando que, em sua avaliação, uma decisão do STF de 2007 já entendeu pela despenalização do porte de maconha para uso pessoal - ou seja, trata-se se um ilícito que não é punido com pena de prisão, mas gera efeitos criminais ao condenado, como a anotação na ficha de antecedentes.

Toffolli propõe agora que o STF altere essa interpretação de 2007 para considerar que o artigo 28 da lei de drogas já descriminaliza o porte de maconha para uso pessoal, vez que só traz medidas administrativas ou educativas como penas, assentando que qualquer enquadramento na norma não gera antecedente criminal.

A maior expectativa em torno do julgamento é para o voo da ministra Cármen Lúcia. Em 2021, em um evento, ela afirmou que o uso de drogas era uma "questão de saúde, não de polícia".

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Simone e Simaria voltaram a cantar no mesmo palco quase dois anos após terem anunciado a separação da dupla. O momento aconteceu durante show em Goiânia na noite deste sábado, 6.

Simaria surpreendeu o público surgindo na apresentação ao lado de sua sobrinha, Zaya, filha de Simone. A dupla cantou as músicas Nosso Cachorro e Meu Violão.

Ela chegou a compartilhar registros em vídeo das situações em que canta com a irmã e interage com o público em seu perfil no Instagram.

Tony Ramos falou sobre o momento em que passou mal no Rio de Janeiro, antes de ser internado para se submeter a duas cirurgias no cérebro, em entrevista para a jornalista Mônica Bergamo publicada no sábado, 6.

O ator, que estava em casa, se preparando para as gravações do filme A Lista, conta que sentiu dores na cabeça "bem no meio da testa" na noite anterior, tomou um remédio e foi dormir. No dia seguinte, a mulher do ator, Lidiane, já o encontrou desacordado no quarto: "Quando comecei a me demorar para sair para a filmagem, ela subiu até o quarto e me encontrou desfalecido, entregue, desmaiado".

Quem contou o momento para o ator foi a própria mulher, já que ele não se lembra do que aconteceu. "Quando acordei, já no hospital, depois das duas cirurgias, levei um susto e pedi para ler as notícias que tinham saído sobre o meu caso".

Tony Ramos foi internado no dia 16 de junho e se submeteu a duas cirurgias no cérebro apresentar distúrbios de coagulação.

Na quarta-feira, 26, o artista retornou ao set para finalizar as gravações. No longa, Tony interpreta Antenor, par romântico de Laurita, personagem de Lilia Cabral.

Em nota, o ator chamou o retorno à atuação de "recomeço". "Eu estou muito feliz de estar voltando ao trabalho. Nada melhor do que isso", disse. Ele também detalhou a forma como foi recebido nos estúdios. "A equipe inteira aplaudiu, veio me abraçar. É claro que isso me deixou bastante emocionado. Isso mostra que existe muito afeto e respeito entre nós", afirmou.

A Netflix está encerrando o plano gratuito sem anúncios nos Estados Unidos, segundo notificações recebidas por usuários americanos. A informação foi confirmada pelo site de tecnologia The Verge na terça-feira, 2.

Atuais assinantes desse pacote nos EUA vão ter até o dia 13 de julho para mudar de opção ou perder totalmente acesso à Netflix. As opções restantes são o plano com anúncios (e resolução de 1080p), de US$ 6,99 ao mês; o plano padrão (com resolução de 1080 pixels e sem publicidade), de US$ 15,49 ao mês; e o plano premium (resolução de 4K), de US$ 22,99 mensais.

No Brasil, assinantes têm três planos à disposição: o padrão com anúncios (R$ 20,90/mês), padrão (R$ 44,90) e premium (R$ 59,90/mês). A diferença entre os planos está na qualidade da imagem e áudio, possibilidade de downloads e na quantidade de usuários por conta. Não há diferença no catálogo de filmes e séries de televisão exibidos.

A retirada do plano já havia sido antecipada pela Netflix em janeiro deste ano. Em relatório para investidores, após apresentação do balanço financeiro positivo da companhia, a gigante do streaming ressaltou que o plano básico com anúncios responde por cerca de 40% das assinaturas da empresa, motivo pelo qual decidiu começar a encerrar o plano básico sem publicidade na América do Norte.

A Netflix não oferece mais o plano básico sem anúncios no Brasil. Mas, ao contrário dos Estados Unidos, assinantes brasileiros ainda podem manter a assinatura mensal do modelo, que custa R$ 30,90 ao mês, com resolução de 720 pixels - a mais baixa entre os modelos oferecidos no País.

No mundo, a Netflix possui mais de 260 milhões de assinantes, dos quais 46 milhões estão na América Latina e México.

Foco no plano com anúncios

O foco na modalidade de plano com anúncios é uma novidade para a Netflix.

Tradicionalmente, a gigante do streaming sempre se gabou de não oferecer assinaturas com publicidade. Esse posicionamento era reforçado publicamente pelo fundador e antigo presidente executivo da empresa, Reed Hastings, hoje conselheiro na empresa.

O mantra da Netflix mudou em 2022, quando a companhia sofreu uma queda trimestral recorde no número de novos assinantes, de 1,2 milhão, totalizando ganho de 8 milhões de novos assinantes no ano, pior resultado desde 2011. Nesse período, o crescimento foi afetado sobretudo pelo cenário pós-pandemia, que tirou as pessoas de casa (onde o streaming era uma opção natural, na ausência de cinemas e outras opções de lazer); e pela alta global dos juros, forçando empresas de tecnologia deficitárias a se tornarem mais eficientes e lucrativas.

A Netflix realizou uma série de ajustes nos meses seguintes. Demitiu centenas de pessoas no mundo, criou a "taxa do ponto extra" (com acréscimo de R$ 12,90 por usuário que não mora no mesmo lar do titular da conta) e começou a focar em planos com anúncios, contrariando a política "sem publicidade" da gigante do streaming.

O movimento, que se provou acertado, inspirou as companhias rivais, e pressionadas da mesma maneira por uma busca por rentabilidade, a adotarem medidas semelhantes. Amazon, Warner, Disney são algumas das empresas que criaram soluções para seus serviços de streaming nos meses seguintes.