'Golpe da Saraiva': internautas denunciam postagem enganosa com o nome da livraria; entenda

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Um novo golpe vem circulando nas redes sociais por meio de anúncios no Instagram e perfis fakes do X, antigo Twitter - desta vez, atingindo os entusiastas dos livros. No chamado "Golpe da Saraiva", os golpistas prometem, além do retorno da rede de livrarias - que decretou falência em outubro do ano passado e se mantém apenas no e-commerce - a entrega, mediante pagamento de frete, de livros gratuitos à vítima. Algumas denúncias já foram registradas no site Reclame Aqui desde a última sexta, 28.

Como Funciona o Golpe da Saraiva?

Os golpistas simulam uma pesquisa de satisfação sobre a Livraria Saraiva. Ao final, pela participação na "pesquisa", é oferecido à vítima um box de livros - o usuário desembolsaria apenas o valor do frete, ou teria desconto de 90% na compra. É aí que a vítima fica com o prejuízo, pois paga por uma entrega que não existe.

O site da pesquisa, intitulado "Saraiva: o retorno", não está no domínio da Saraiva - o link sequer cita o nome da livraria. Apesar de conter erros ortográficos, o site usa a logomarca da Saraiva e perguntas sobre a experiência de compra de livros, o que pode enganar os usuários.

As perguntas vão de "Como você avalia a experiência de compra?" a "Qual a opinião sobre a identidade visual da livraria?". Algumas foram elaboradas de maneira confusa, como: "Para você, qual é a importância de acessesibilizar (sic) os livros na Saraiva (seja com redução de preço, com mais promoções, etc) para um maior público?".

Ao fim da pesquisa, a vítima é direcionada para um site com o domínio "resgateseulivro.online", que simula o layout da antiga loja online da Saraiva.

Entre os "prêmios" prometidos a quem respondeu à pesquisa, estão boxes de livros das sagas As Crônicas de Nárnia, Harry Potter e Game Of Thrones, que supostamente seriam resgatados gratuitamente ou com desconto de 90%.

O box da saga Harry Potter, por exemplo, é vendido na internet por valores que vão de R$ 242 a R$ 558.

Postagens com falsos prints de páginas como a Choquei anunciando a ação também foram denunciadas nas redes sociais. O perfil "Julia Moreira Dicas" chega a afirmar que a vítima estaria "ajudando a Saraiva a se reerguer".

O Estadão entrou em contato com a Saraiva, mas não teve resposta. O espaço segue aberto.

No site Reclame Aqui, um usuário com o nome Edvaldo alegou ter escolhido um box da saga Harry Potter com a promessa de que pagaria apenas o frete, no valor de R$ 44 reais.

"Me deparei com uma pesquisa em nome da livraria Saraiva na qual quem respondesse teria direito a um box de livros gratuito, tendo que pagar apenas pelo frete", diz a denúncia. "Respondi as perguntas e escolhi um box de livros do Harry Potter. Efetuei o pagamento do frete via Pix no valor de R$ 44,01.

Após efetuar o pagamento, não recebi nada no meu e-mail, nem o número do pedido, nem a confirmação da compra e nem o código de rastreio", explicou.

Ainda de acordo com a vítima, o Pix para pagamento após a pesquisa direcionava para o CNPJ de uma empresa chamada Arkama Intermediações e Negócios Digitais. A empresa respondeu, no site, à denúncia afirmando que não é responsável pela entrega. "A empresa responsável pela transação é encarregada do rastreamento, entrega e cancelamentos. Nossa parte é garantir que o pagamento ocorra de forma segura e sem problemas", alegou.

Em outra denúncia, direcionada à mesma empresa, uma vítima chamada Ana relata que comprou três boxes nos valores de R$160, R$44,01 e R$136,16.

Até a manhã desta quinta, 4, foram centenas de denúncias com o assunto "Golpe Saraiva", direcionadas também para outras empresas.

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A Netflix está encerrando o plano gratuito sem anúncios nos Estados Unidos, segundo notificações recebidas por usuários americanos. A informação foi confirmada pelo site de tecnologia The Verge na terça-feira, 2.

Atuais assinantes desse pacote nos EUA vão ter até o dia 13 de julho para mudar de opção ou perder totalmente acesso à Netflix. As opções restantes são o plano com anúncios (e resolução de 1080p), de US$ 6,99 ao mês; o plano padrão (com resolução de 1080 pixels e sem publicidade), de US$ 15,49 ao mês; e o plano premium (resolução de 4K), de US$ 22,99 mensais.

No Brasil, assinantes têm três planos à disposição: o padrão com anúncios (R$ 20,90/mês), padrão (R$ 44,90) e premium (R$ 59,90/mês). A diferença entre os planos está na qualidade da imagem e áudio, possibilidade de downloads e na quantidade de usuários por conta. Não há diferença no catálogo de filmes e séries de televisão exibidos.

A retirada do plano já havia sido antecipada pela Netflix em janeiro deste ano. Em relatório para investidores, após apresentação do balanço financeiro positivo da companhia, a gigante do streaming ressaltou que o plano básico com anúncios responde por cerca de 40% das assinaturas da empresa, motivo pelo qual decidiu começar a encerrar o plano básico sem publicidade na América do Norte.

A Netflix não oferece mais o plano básico sem anúncios no Brasil. Mas, ao contrário dos Estados Unidos, assinantes brasileiros ainda podem manter a assinatura mensal do modelo, que custa R$ 30,90 ao mês, com resolução de 720 pixels - a mais baixa entre os modelos oferecidos no País.

No mundo, a Netflix possui mais de 260 milhões de assinantes, dos quais 46 milhões estão na América Latina e México.

Foco no plano com anúncios

O foco na modalidade de plano com anúncios é uma novidade para a Netflix.

Tradicionalmente, a gigante do streaming sempre se gabou de não oferecer assinaturas com publicidade. Esse posicionamento era reforçado publicamente pelo fundador e antigo presidente executivo da empresa, Reed Hastings, hoje conselheiro na empresa.

O mantra da Netflix mudou em 2022, quando a companhia sofreu uma queda trimestral recorde no número de novos assinantes, de 1,2 milhão, totalizando ganho de 8 milhões de novos assinantes no ano, pior resultado desde 2011. Nesse período, o crescimento foi afetado sobretudo pelo cenário pós-pandemia, que tirou as pessoas de casa (onde o streaming era uma opção natural, na ausência de cinemas e outras opções de lazer); e pela alta global dos juros, forçando empresas de tecnologia deficitárias a se tornarem mais eficientes e lucrativas.

A Netflix realizou uma série de ajustes nos meses seguintes. Demitiu centenas de pessoas no mundo, criou a "taxa do ponto extra" (com acréscimo de R$ 12,90 por usuário que não mora no mesmo lar do titular da conta) e começou a focar em planos com anúncios, contrariando a política "sem publicidade" da gigante do streaming.

O movimento, que se provou acertado, inspirou as companhias rivais, e pressionadas da mesma maneira por uma busca por rentabilidade, a adotarem medidas semelhantes. Amazon, Warner, Disney são algumas das empresas que criaram soluções para seus serviços de streaming nos meses seguintes.

Lília Cabral participou do É De Casa, da TV Globo, neste sábado, 6. Em determinado momento, recebeu um depoimento enviado por vídeo pelo colega Tony Ramos, e chegou a se emocionar.

O ator exaltou a artista: "Que bom poder falar para você o quanto te admiro, te respeito. Nada melhor do que eu falar da minha admiração. Acabamos um filme, há pouco, e o principal disso tudo foi reencontrar você."

"Um beijo grande, querida, parabéns pela sua trajetória, sua obra, sua coragem, e, principalmente, pela pessoa transparente que você é!", completou Tony Ramos.

Lília Cabral, então, respondeu, fazendo alusão ao período em que o colega ficou internado para realizar cirurgias no crânio, tendo recebido alta em 24 de maio. Cerca de um mês depois, no fim de junho, ele voltou às gravações do longa A Lista, em que contracenam juntos.

"O Tony fez uma declaração inesquecível. É lindo, isso. A gente acabou de fazer um filme. Foi lindo. De repente, o Tony teve aquele problema [de saúde]. Graças a Deus, está muito bem, e a gente conseguiu terminar o filme como a gente queria, com ele. Deu tudo absolutamente certo".

"Para mim, ele faz parte da minha história, da TV, de todo mundo. Foi tão lindo que, quando ele chegou de volta para gravar - porque ficou um mês sem trabalhar - era uma equipe inteira aplaudindo e falando: 'Que bom! Rezei tanto pelo senhor!'. Além de ser esse ator extraordinário, é uma pessoa extremamente querida".

Anitta usou os stories de seu Instagram para responder a comentários que considerou como "polêmicos" em relação à sua nova tatuagem, que faz alusão à chamada constelação familiar, técnica que é considerada terapêutica e não tem respaldo científico. O Conselho Federal de Psicologia [CFP], inclusive, já emitiu parecer contrário à prática (leia mais abaixo).

"Sou eu no meio, o bonequinho com o coraçãozinho, que significa que tenho sempre a força do amor dentro de mim. De um lado fica o pai, do outro lado, a mãe. E essas estrelinhas significam, para mim, a constelação familiar, os outros membros da minha família", explicou, sobre o novo desenho em sua pele.

A cantora ainda destacou: "Tem muita gente que não gosta de constelação familiar. Vai de cada um. Tem coisas que são boas para um e não são boas para o outro".

"Essa tatuagem é como se fosse um símbolo da constelação familiar, uma terapia que tem me ajudado muito na minha vida, a ser feliz, viver com mais plenitude e entender coisas da vida que às vezes é difícil a gente entender", continuou Anitta.

O que é constelação familiar

A constelação familiar é uma prática considerada terapêutica, feita em grupo ou individualmente, para resolver conflitos familiares. Para isso, faz-se uso de dramatização de situações, nas quais os participantes interpretam o histórico familiar do paciente. A técnica foi desenvolvida pelo Alemão Bert Hellinger (1925-2019).

Em março de 2023, o CFP emitiu nota técnica orientando psicólogos a não usarem a constelação familiar. A entidade afirma que a prática entra em conflito com o Código de Ética Profissional do Psicólogo pois "pode suscitar a abrupta emergência de estados de sofrimento ou desorganização psíquica, e que o método não abarca conhecimento técnico suficiente para o manejo desses estados".

Além disso, o CFP indica que as bases teóricas da constelação familiar também "consagram uma leitura acerca do lugar da infância e da juventude fortemente marcada por um viés afeito à naturalização da ausência de direitos e de assujeitamento frente aos genitores, desrespeitando normativas dos Sistema Conselhos de Psicologia e o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)".