Dormir com cabelo molhado dá gripe? Vitamina C evita a doença? Veja mitos e verdades

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Quem nunca ouviu os pais ou avós alertarem para não "pegar friagem" na rua, a fim de evitar contrair gripe ou resfriado? Ou, ainda, que não devemos tomar sorvete no inverno? Além disso, você também provavelmente já recorreu aos suplementos de vitamina C para se proteger contra essas doenças.

É verdade que nossos familiares, com boas intenções, nos ensinaram esses truques. Mas será que os estudos científicos os confirmam?

O infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, SP, e o pneumologista André Nathan Costa, do Sírio-Libanês, nos respondem. Com a ajuda deles, desvende esses e outros mitos e verdades sobre gripes e resfriados:

1. Pegar friagem ou chuva pode causar gripe ou resfriado?

Mito. A verdade é que, no inverno, o tempo frio e seco resseca nossas vias aéreas, como nariz e brônquios. Isso pode causar coriza, pois faz o epitélio, conjunto de células de revestimento do nariz, desenvolver microfissuras, que levam à liberação de secreção.

"Se você sai e pega 'friagem', por estar mal agasalhado e tomar vento, o nariz pode ficar com um pouco mais de secreção, mas isso não configura uma infecção. É só uma resposta local dos vasos que dilatam um pouquinho e devido às microfissuras", ensina Costa.

Além disso, nessa época do ano, os vírus tendem a circular mais e passamos mais tempo em ambientes fechados, aumentando a transmissão entre as pessoas. O infectologista Ujvari destaca: a correlação entre inverno e doenças não é devido ao frio, mas aos agentes infecciosos, como os vírus, que adquirimos ao ter contato com pessoas infectadas.

A gripe é causada pelo vírus influenza, e o resfriado, na maioria das vezes, é provocado por algum rinovírus. Ou seja, não há é "culpa" dos ventos gelados ou gotas de chuva.

2. Tomar suplemento de vitamina C evita doenças respiratórias?

Mito. Embora a vitamina C seja um nutriente essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico, estudos científicos não comprovam que a sua suplementação seja eficaz na prevenção de gripes, resfriados ou outras doenças respiratórias em pessoas saudáveis.

Na verdade, o nosso corpo já está preparado para obter a vitamina C de que necessita diariamente por meio da alimentação, por exemplo. Por isso, a suplementação só é recomendada para pessoas com deficiências comprovadas da vitamina.

Para piorar, quando consumimos quantidades acima da dose diária recomendada, a taxa de absorção da vitamina C diminui consideravelmente. Com isso, grande parte dessa vitamina extra acaba sendo eliminada na urina.

3. Dormir com o cabelo molhado adoece? E tomar bebidas ou sorvete gelado?

A resposta para essas dúvidas é não. Basta lembrar que o que causa gripes e resfriados são os vírus e não outros fatores. Ujvari explica que, no caso de dormir com o cabelo molhado, é possível precipitar o aparecimento de rinite alérgica em quem já tem essa predisposição, o que provoca sintomas como a congestão nasal.

"O nariz fica um pouco tapado, pode escorrer e, muitas vezes, a gente confunde isso como um resfriado, mas na verdade é a rinite", explica.

4. Gripe "mal curada" pode virar pneumonia?

Verdade. Mas é importante ter em mente que, na grande maioria das vezes, a pneumonia é causada por bactérias, diferente da gripe, que é provocada pelo vírus influenza. Portanto, a gripe não se transforma diretamente em pneumonia, mas pode criar condições que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Costa esclarece que o que acontece é que um quadro viral pode deixar a pessoa infectada com a imunidade baixa por um período, o que favorece o crescimento bacteriano.

Isto é, nesse cenário, uma bactéria que normalmente seria destruída pelo sistema imunológico pode aproveitar a diminuição das defesas durante a gripe e causar pneumonia. "Então, sim, há uma relação de uma infecção viral com uma pneumonia bacteriana. São organismos diferentes, mas um favorece o aparecimento do outro", afirma.

5. E resfriado mal curado, pode virar gripe? A gripe é um resfriado forte e o resfriado é uma gripe fraca?

Mito. O infectologista Ujvari explica que não existe o "resfriado mal curado", pois o vírus que o causa tem o seu ciclo definido: primeiro, afeta a mucosa, causando sintomas leves como nariz escorrendo, mas depois é combatido pelo organismo, que produz células de defesa e anticorpos para destruir o vírus.

Além disso, as duas são doenças diferentes. O resfriado é causado por vírus menos agressivos, enquanto a gripe é causada por um mais agressivo, provocando febre elevada e dor de garganta.

6. Não existe medicação específica para tratar gripe

Verdade. Como destaca o Ministério da Saúde, ainda não existem medicamentos que tenham demonstrado bons resultados no combate aos vírus da gripe e do resfriado, por isso, o tratamento é direcionado ao alívio dos sintomas. "Os cuidados basicamente são antitérmicos, anti-inflamatórios, se a pessoa não tiver nenhuma contraindicação, além de lavagem nasal e eventualmente um descongestionante quando o nariz está muito congestionado", afirma Costa.

Entre os cuidados reais, também é muito importante beber bastante líquido, se mantendo hidratado e comer alimentos leves e saudáveis.

7. E para me proteger de infecções? Também não existe suplemento?

Verdade. Como vimos, a vitamina C, ou outros suplementos vitamínicos com a promessa de aumentar a imunidade, não terão grandes efeitos em pessoas que não estão com deficiência do nutriente. Além disso, segundo o infectologista do Hospital Oswaldo Cruz, a melhor estratégia para manter o corpo protegido é levar uma vida saudável, de forma constante: ter uma alimentação adequada, repouso suficiente, noites de sono adequadas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

É importante ainda, em especial para os grupos de maior risco, como idosos e crianças, tomar a vacina contra a gripe anualmente. Mesmo que ela não evite a infecção em todos os casos, ela diminui de forma expressiva o risco de hospitalização e morte pela doença.

Stefan explica, ainda, que mais do qualquer outra coisa, os cuidados para evitar o adoecimento pelos vírus da gripe e do resfriado começam com a própria pessoa infectada. "Quem está sintomático deve tomar medidas para não transmitir o vírus a outras pessoas, o que inclui o uso de máscara", ensina.

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Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, irá lançar um novo livro, chamado o novo agora. A obra será publicada pela editora Alfaguara, selo da Companhia das Letras, em 22 de abril, e já está em pré-venda.

O novo livro aborda os anos mais recentes da vida de Marcelo, falando sobre o nascimento de seus filhos, crise em seu casamento, a pandemia e alguns de seus projetos profissionais.

Esse será o terceiro volume da saga autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva. O primeiro livro é Feliz Ano Velho, lançado em 1982, em que o autor relata como se tornou tetraplégico ainda jovem. Em 2015, ele publicou Ainda Estou Aqui, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e como ela lidou com o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido, durante a ditadura militar.

A sinopse de O novo agora revela que o livro começa em 2014, quando ele se tornou pai pela primeira vez e sua vida mudou rapidamente. Com escrita alternando entre o presente e o passado, ele tenta resgatar lições e registros deixados por seus pais para educar seus filhos.

Após alguns anos, ele se sente boicotado pelo governo de direita no Brasil e tem que lidar com seus projetos sendo cancelados. Em 2020, o escritor se encontra em isolamento social, com duas crianças para cuidar e uma família em crise para administrar.

Leia a sinopse

Escritor, pai depois dos cinquenta anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui -- cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e candidato ao Oscar de melhor filme.

Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos vinte anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora, é o próprio Marcelo quem está no papel de pai.

Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento.

A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver. E a sair do outro lado refeita.

Ficha técnica

Título: o novo agora

Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Alfaguara

Número de páginas: 272

Preço: R$ 79,90 (livro físico) - R$ 39,90 (e-book)

Data de lançamento: 22 de abril

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Mari Palma usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 5, para expor um episódio desconfortável que passou enquanto estava em um hotel no Rio de Janeiro.

A jornalista explicou que estava relaxando na piscina do local quando um homem a reconheceu e a abordou, fazendo um comentário sobre sua aparência.

"Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: 'Você é a Mari?'. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho. Aí falei: 'Sim, sou eu'. Ele olhou para mim na piscina, sentada de biquíni e disse: 'Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha'. E saiu", explicou.

A comunicadora relatou ter ficado sem reação após o comentário do homem, julgando a atitude como "inesperada e absurda".

"Custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não."

Mari afirmou que mulheres não podem aceitar isso e finalizou seu discurso pedindo para que pessoas parem de comentar sobre a aparência dos outros sem serem solicitadas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Deborah Secco falou sobre sua relação com Hugo Moura após um ano do divórcio. Os dois foram casados por nove anos, de 2015 a 2024, e são pais de Maria Flor, de nove anos.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou que mantém uma boa relação com o diretor de cinema, que se mantém afastado dos holofotes.

"O Hugo é uma pessoa que cada vez mais escolhe viver de forma discreta, então eu tenho respeitado muito isso. Mas ele é um grande pai, eu acho que é o melhor pai que ela [Maria Flor] poderia ter. É muito incrível ver a relação dos dois e a cumplicidade dos dois", disse.

Ela também afirmou que pai e filha sempre estarão juntos e manterão contato por conta do laço familiar.

"Ela é a coisa mais importante da minha vida e tenho certeza que é a coisa mais importante da vida dele também [...] Só prefiro não falar muito, porque sei que ele está querendo ficar cada vez mais discreto", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais