Morre aos 60 anos Ernesto Rodrigues, ex-repórter fotográfico do 'Estadão'

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Morreu, na noite de domingo, 28, o fotojornalista Ernesto Rodrigues, aos 60 anos. O fotógrafo, que teve passagens por Estadão, Folha de S.Paulo e algumas publicações do interior do Estado, enfrentava um câncer no fígado, diagnosticado em março. Ele deixa uma filha de 16 anos.

Conhecido por amigos como Netão, Ernesto morreu no Hospital das Clínicas da Unicamp, onde estava internado havia cerca de 15 dias para o tratamento do câncer. De acordo com a irmã Émeri Rodrigues, ele teve complicações causadas por cirrose hepática e insuficiência renal.

O fotojornalista era natural de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. Era filho do advogado Tércio Rodrigues e da professora Aliciene Maria Avelino Rodrigues.

No Estadão, Ernesto trabalhou entre 2002 e 2013 e participou de grandes coberturas. Depois, voltou à Folha de S.Paulo, onde já havia trabalhado na década de 1990. Nos últimos anos, fez trabalhos como fotógrafo freelancer.

Em nota, a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (Arfoc) lamentou a morte de Ernesto. "Sabemos como o Netão era um excelente repórter fotográfico e um amigo para todas as horas, que com certeza deixará um grande vazio no coração de todos que tiveram a honra e o prazer de conhecê-lo e trabalhar com ele."

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O ator Pedro Cardoso criticou a música sertaneja durante participação no programa Do Bom e do Melhor, da Rádio Bandeirantes. A entrevista foi transmitida há três semanas, mas o trecho em questão viralizou nas redes sociais nos últimos dias.

No trecho, o ator diz considerar que as produções sertanejas de hoje são "monótonas" e "a música do fascismo brasileiro", sem artistas verdadeiros por trás.

Para ele, é injusto nomear como sertanejo as atuais produções de sucesso do segmento. "Sertanejo é No Rancho Fundo, que cantava os temas do sertão. O que se tem agora é [uma música sobre] ser corno ou não ser corno; de minha namorada me largou, ou eu larguei minha namorada; a gente se ama, a gente não se ama", começou o intérprete de Agostinho Carrara, de A Grande Família.

Na visão de Cardoso, a música sertaneja brasileira do momento seria uma influência dos Estados Unidos. "Esses comerciantes agrícolas brasileiros são muito apegados à cultura estadunidense, e como lá há o country, que seria o equivalente, eles importaram, inclusive, o layout dos megashows deles e a estética. Perdeu todas as características brasileiras", disparou.

O ator disse ainda que, apesar do sertanejo contar com personalidades que sabem cantar e produtores capazes de reproduzir a sonoridade do estilo, "não sei se tem algum artista verdadeiro ali, sinceramente".

Sua crítica é quanto à temática. "Na minha opinião, é completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a expressão do fascismo brasileiro, uma música vazia, sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno. É uma obsessão com a masculinidade que é característica dos autoritarismos", completou ele.

O cantor Liam Payne, ex-integrante da One Direction, morreu na última quinta-feira, 16, aos 31 anos. Ele estava em Buenos Aires, na Argentina. O artista deixa uma herança considerável para o filho, Bear, de 7 anos, fruto de seu relacionamento com a cantora Cheryl Cole.

Conforme o tabloide britânico The Mirror, a fortuna de Liam é estimada em 46 milhões de libras (cerca de R$ 340 milhões). Em uma entrevista de 2022 ao podcast Impaulsive, o cantor deu a entender que pretendia realmente deixar a herança ao filho. "Minha vida agora é dele, meu dinheiro é dele. Na verdade, tenho várias empresas que estão funcionando e sei que ele pode administrar um dia se quiser", afirmou.

Na ocasião, ele também refletiu sobre paternidade e declarou que levar Bear à escola era "uma de suas coisas favoritas". Questionado sobre se guiaria o filho para uma vida "replicando o sucesso da dele", Liam disse que deixaria Bear "fazer o que quisesse".

"Eu não mostrei o rosto dele desde que era mais novo e eu escolhi ser famoso quando eu tinha 14 anos. Quer dizer, não escolhi ser famoso, mas escolhi o que eu queria fazer", disse. "Ele terá que fazer uma escolha quando for mais velho e eu sei que escolha ele fará... Ele vai aos ensaios da mãe dele, que também é uma pop star, e eu tenho vídeos dele segurando um microfone igual o 'velho' dele."

O cantor foi encontrado morto no hotel Casa Sur, onde teria caído do terceiro andar do hotel, em Palermo, bairro de Buenos Aires. A polícia argentina confirmou a morte aos jornais La Nación e Clarín. Conforme o La Nación, as autoridades foram chamadas ao local para conter um "homem agressivo" que poderia estar sob "a influência de drogas ou álcool".

É difícil encontrar quem entenda a referência quando se fala dos crimes cometidos por Francisco de Assis Pereira. O nome, no entanto, é a identidade do assassino mais relembrado pela população brasileira, o Maníaco do Parque. O apelido, dado pela mídia no ano de 1998, virou parte do imaginário popular e contribuiu para uma reputação grandiosa do assassino - uma que busca ser desconstruída no filme que traz o caso para a tela, Maníaco do Parque, do Prime Vídeo.

Para o diretor Maurício Eça e a pesquisadora Thaís Nunes, o filme lançado no streaming nesta sexta, 18, tem uma responsabilidade com as vítimas de Francisco - e ela passa pela transformação da "lenda de um serial killer" em um ser humano, um motoboy, um assassino. A impressão que Maurício e Thais Nunes passam, em conversa com o Estadão, é que, se fosse por eles, o true crime do Prime Video nem ganharia o nome de Maníaco do Parque. Durante toda a conversa, os dois sempre se referem ao assassino, simplesmente, como Francisco.

É uma decisão clara, e ela foi tomada no início do projeto, quando conversaram sobre a adaptação da história para as telas. Para os dois, era essencial fugir das armadilhas do gênero, um que frequentemente contribui para a celebração de um criminoso. Thaís, que trabalhou na pesquisa do longa e comandará a série documental do caso, disse que Francisco, inclusive, já passou por essa glorificação na época de seus crimes.

"Foi exatamente o que aconteceu no fim da década de 90. Francisco teve horas na televisão aberta para contar a versão dele sobre os próprios crimes. O que era muito curioso, porque ele foi diagnosticado com um transtorno de personalidade antissocial com traços de psicopatia cuja principal característica é a de ser um grande mentiroso. Houve uma escolha narrativa da época, não só da polícia, mas especialmente da mídia, de colocar no centro o Francisco [...] Ele foi chamado de Don Juan".

Para isso, o filme do Maníaco do Parque cria uma história paralela ao true crime, onde a protagonista é uma jornalista interpretada por Giovanna Grigio. No longa, ela é Elena, que responde aos absurdos da mídia e ouve as vítimas colocadas em evidência. Servindo como bússola moral da história, Elena foi o recurso que o filme encontrou para se posicionar diante o andamento do processo.

Eça explicou: "Nossa ideia era dar voz para as vítimas, como uma reparação histórica para elas. Ela, portanto, não quer dar voz para o Francisco, mas sim para as mulheres. E ela se transforma no decorrer do filme. Nossa escolha criativa foi contar a partir do olhar dessa mulher".

A criação de Elena é essencial para que Maníaco do Parque inverta a narrativa criada em 1998: "Se fosse para trazer mais do mesmo, de um Francisco no centro, se vangloriando pelos crimes que ele cometeu, não faria sentido", complementa Thaís. "Foi a partir daí que tomamos nossas decisões criativas. E a principal delas é de que Francisco não fosse o protagonista do nosso filme", diz.

No fim, para a pesquisadora, a ideia de Maníaco do Parque é evidenciar quão absurdo foi o tratamento de Francisco na época: "Esse crime deveria ser um símbolo de como as mulheres que são vítimas de violência são tratadas pela polícia, pela mídia e pela sociedade como um todo".

Com roteiro de L.G. Bayão (Aumenta que é Rock'n'roll) e Silvero Pereira no papel de Francisco de Assis Pereira, Maníaco do Parque estreia em 18 de outubro no Prime Video A plataforma lançará, como complemento e ainda sem previsão de estreia, uma série documental sobre o caso.