Polícia do RS investiga acidente no Park Tupã que deixou adolescentes feridas

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando um acidente registrado na tarde de domingo, 6, envolvendo a queda de duas adolescentes de um brinquedo do Park Tupã, em Porto Alegre. Duas jovens, entre 16 e 17 anos, ficaram feridas, sendo que uma delas permanece internada aguardando a realização de uma cirurgia. Testemunhas estão sendo ouvidas para esclarecer os fatos.

Procurados, os proprietários do parque não foram localizados pela reportagem.

Conforme o delegado Vinicius Nahan, titular da 2.ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, a ocorrência foi registrada por volta das 16h30. No brinquedo chamado Orbit, a pessoa senta e tem uma trava de segurança, que é acoplada junto ao corpo. O brinquedo começa a girar e fica de cabeça para baixo, inclusive.

"Duas travas de segurança abriram onde estavam sentadas as vítimas. Uma delas caiu logo quando abriu, que é uma menina de 16 anos que teve ferimentos leves. Ela foi atendida no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e já teve alta", disse Nahan.

"A outra moça não caiu de imediato, ela conseguiu se segurar quando a trava abriu. Só que, em razão disso, ela ficou mais tempo. Ela relatou que tentou fechar a trava, mas não conseguia. Vendo que o brinquedo ia subir mais, ela resolveu se soltar à meia altura", disse o delegado.

Estima-se que a jovem tenha caído de uma altura de três metros. Com isso, ela fraturou duas vértebras e a canela. Não corre risco de paralisia, mas permanece internada no Hospital da Unimed, em Novo Hamburgo, aguardando um procedimento cirúrgico em razão dessas fraturas.

As duas jovens foram juntas ao parque e são da cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. Com mais de 30 anos, o Park Tupã, segundo o delegado, é itinerante e vai transitando por diversas regiões.

Com relação às investigações, a vítima que está internada já foi ouvida. A outra vítima, que teve alta, vai ser ouvida em breve. "Também vamos ouvir uma testemunha. Um rapaz que estava junto ali no parque. Casualmente, ele estava filmando o brinquedo. Ele tem a filmagem do momento da queda", disse Nahan.

Um dos sócios do parque também prestou depoimento, assim como o operador do brinquedo. "No inquérito foi mencionado que não foi falha humana, que não teve nenhum erro de checagem no brinquedo ou acionamento de algum do operador. Mas que provavelmente tenha sido uma falha do próprio sistema do brinquedo que abriu as travas somente daqueles dois assentos. Então, eles descartaram falha humana", acrescenta o delegado.

Conforme os depoimentos, o sócio-proprietário e o operador estavam averiguando ainda o que tinha acontecido, mas que acreditavam que teria sido uma falha mecânica.

Brinquedo Orbit já apresentou defeito há duas semanas

Um vídeo registrado há duas semanas também no Park Tupã, em Porto Alegre, mostra que o mesmo brinquedo apresentou falha, porém sem ocorrência de queda. O operador conseguiu parar o equipamento antes que alguém se machucasse.

"Na filmagem, a trava de segurança do brinquedo abre e o pessoal avisa o operador. Ele consegue desligar o brinquedo antes de entrar em pleno funcionamento. O pessoal que estava ali no dia conseguiu sair, não sendo arremessado do brinquedo. Isso não foi mencionado aqui no depoimento dos responsáveis. Eles nos falaram que não tinha tido essa ocorrência", disse o delegado.

Causas do acidente

No momento, a investigação aguarda a conclusão do resultado da perícia. O Instituto-Geral de Perícias foi na segunda-feira, 7, ao parque fazer uma perícia no brinquedo.

"Foram averiguar o funcionamento, a questão da mecânica. O que a gente já conseguiu concluir pelas investigações é que, se a trava de segurança não estiver acionada, ela impede que o brinquedo seja ligado. Então, o brinquedo não entra em funcionamento se todas as travas não estiverem devidamente fechadas. E ela não pode ser aberta por ninguém que esteja usando o brinquedo", afirmou Nahan.

Pela característica do brinquedo, segundo o delegado, é impossível que alguém tenha aberto o equipamento durante o funcionamento ou que o operador tenha aberto, até porque ele não consegue abrir de forma individual as travas. "Trabalhamos, no momento, com a questão de falha mecânica mesmo, com essa hipótese, e aí vamos averiguar a omissão dos responsáveis."

"A gente investiga o crime de lesão corporal culposa, quando não tem a intenção de ser cometido, e investigamos o crime contra o consumidor, que é do Código do Consumidor, de colocar à disposição serviços inadequados para a segurança dos usuários", disse Nahan.

Em outra categoria

O ator John Turturro, que interpretou o mafioso Carmine Falcone em Batman (2022), filme dirigido por Matt Reeves, explicou o motivo que o fez rejeitar o papel como o personagem no spin-off Pinguim, série da HBO lançada em setembro. O artista foi substituído por Mark Strong na produção estrelada por Colin Farrell.

Em entrevista concedida à Variety e publicada nesta quarta-feira, 23, Turturro disse que negou trabalhar na série por conta de "muita violência contra as mulheres" retratada em Pinguim. "Não é a minha praia", comentou o ator.

Ele também citou problemas de agenda que o impediram de participar da produção, mas afirmou que achou a "crueldade implícita" de Falcone em Batman mais interessante do que uma "crueldade ilustrada". "[A violência] acontece fora da tela. É mais assustador assim", disse.

Em entrevista ao The Wrap publicada também na quarta, a showrunner de Pinguim, Lauren LeFranc, defendeu a série afirmando que o roteiro "apenas aprofundou o que foi estabelecido" em Batman. "Eu respeito completamente um ator que não quer assumir um papel por quaisquer razões pessoais", afirmou ela.

Lauren ressaltou que havia sido informada que a não participação de Turturro havia sido causada por conflitos de agenda. "Eu só quero que as pessoas se juntem à nossa série estejam animadas e queiram continuar a história que estamos tentando contar. Eu acho que Mark Strong fez um trabalho realmente fantástico. Ele fez o personagem dele e também realmente honrou o que John Turturro fez", disse.

Pinguim está disponível na Max. Atualmente, Turturro faz parte do elenco de O Quarto ao Lado, primeiro filme em inglês de Pedro Almodóvar, estrelado por Julianne Moore e Tilda Swinton. O longa estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 24.

Alerta: o texto abaixo trata de temas como suicídios e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final dele onde buscar ajuda.

Antonio Cicero passou seus últimos dias em Paris com o marido Marcelo Pies, antes de desembarcar na Suíça, onde morreu nesta quarta-feira, 23, aos 79 anos. Em entrevista ao jornal O Globo, Pies contou sobre os passeios que o casal fez por seus lugares preferidos. Foram dias de "paz e felicidade", segundo Pies.

O casal, junto desde 1984, passou pelo Centro Georges Pompidou, almoçou no restaurante Georges e visitou a igreja Sainte Chapelle. "Jantamos no Atelier, do finado chef Robuchon, que continua sensacional, e fomos pela milésima vez admirar a Sainte Chapelle e também a Brasserie La Coupole", disse o viúvo.

Diagnosticado com Alzheimer, Antonio Cicero optou pelo suicídio assistido, prática legalizada na Suíça. "Foi uma decisão puramente racional [...] Ele tinha urgência, pois temia que a doença piorasse e perdesse de repente a plena consciência, o que impediria todos os planos", explicou Pies.

Cicero era, desde 2023, pouco depois da descoberta do Alzheimer, membro da fundação Dignitas, que possibilita a realização de procedimentos de suicídio assistido para pacientes terminais.

"Ele sempre, sempre defendeu a liberdade de se cometer eutanásia e suicídio assistido. Nisso, ele foi de uma coerência admirável. Por isso, não reagi com tanta surpresa [a esta decisão]. Com toda a certeza, foi uma morte digna. Ele morreu em paz, segurando a minha mão, muito tranquilo e sem nenhuma ansiedade. Depois do medicamento, ele dormiu e, em meia hora ou um pouco mais, morreu", disse. "Respeitei a decisão dele e o apoiei. Admiro imensamente a coragem e a determinação. Ele sempre apoiou todas as formas de liberdade, e essa foi mais uma", finalizou Marcelo Pies na entrevista.

Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

Mapa da Saúde Mental

O site traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

Uma perícia grafotécnica realizada a pedido do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) constatou que assinaturas feitas no nome da apresentadora Ana Hickmann em um empréstimo bancário de mais de R$ 652 mil são falsas. A informação foi confirmada pela assessoria da apresentadora nesta quarta, 23, e pelo Estadão, que teve acesso ao laudo. A apresentadora acusa Claudia Helena dos Santos, sua ex-agente, a forjar as assinaturas a favor do empresário Alexandre Correa, seu ex-marido.

Em contato com o Estadão, Alexandre Correa afirmou que não responde mais a acusações da equipe de Ana Hickmann. Ele acusa a assessoria da apresentadora de ter realizado 12 denúncias contra ele sem provas. Leia mais abaixo.

A reportagem também busca contato com Claudia Helena dos Santos, mas ainda não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.

A perícia comparou assinaturas contidas em documentos pessoais da apresentadora, além de outras feitas por ela presencialmente, com as assinaturas presentes no pedido de empréstimo. "As assinaturas e rubricas apostas no documento questionado dos autos são irrefutavelmente falsas", afirmou o laudo, assinado na última segunda, 21.

Em julho, o TJSP já havia suspendido uma dívida de R$ 1,7 milhão da apresentadora. A ação envolvia uma dívida milionária da empresa Hickmann Serviços Ltda, no nome de Ana e de Alexandre, em uma instituição financeira de Tatuí, no interior de São Paulo. A empresa cobrava o débito na Justiça desde dezembro e chegou a requerer a penhora de bens da apresentadora, como imóveis e faturamentos com direitos de imagem, propagandas na TV e publicidades feitas nas redes sociais. À época, Alexandre Correa alegou "fake news" e disse que sua defesa não iria se pronunciar sobre o assunto. Leia mais aqui.

A informação de que a empresa do ex-casal acumulava dívidas milionárias foi confirmada pela própria apresentadora durante uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, em novembro do ano passado. À época, Ana havia acabado de realizar uma denúncia contra Alexandre por violência doméstica e lesão corporal.

Conforme apurou o Estadão no período, as dívidas no nome da empresa Hickmann Serviços Ltda somam, ao menos, R$ 5 milhões. Os valores incluem débitos em bancos e instituições financeiras.

O que diz Alexandre Correa?

Em contato com o Estadão, Alexandre Correa acusou a assessoria de Ana Hickmann de realizar uma série de denúncias sem provas contra ele. "Eu não respondo mais acusações que são oriundas daquela assessoria de imprensa da Ana Hickmann, feita de um bando de 'criancinha mimada'", disse em mensagem de áudio. Veja abaixo:

"Há 12 meses, Ana e os seus advogados fizeram acusações contra mim e não provaram nada. Acusações feitas há 12 meses no Deic [Departamento Estadual de Investigações Criminais] e não provaram nada até o momento, e nem vão conseguir provar. Então, eu não respondo mais acusações que são oriundas daquela assessoria de imprensa da Ana Hickmann, feita de um bando de 'criancinha mimada'.

A pergunta que eu deixo é: você tem noção e ideia da gravidade das acusações que eu te mandei, sem provar nada? E você acha que eu vou responder mais algum nível de acusação da Ana Hickmann? Sinto muito. Eu não vou não. Mesmo porque eu estou aguardando esses 12 itens [de acusações] serem justificados. Porque, se não, eu posso garantir que a Ana Hickmann vai ter problemas sérios na Justiça e vai responder pelo artigo 340 e o 339, que é falsa comunicação de crime e denunciação caluniosa."