Empresa terá de pagar R$ 1,5 mi por pesticida enterrado perto da nascente em MG

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A empresa Aperam Bioenergia Ltda foi condenada a pagar indenização de R$ 1,5 milhão como compensação ambiental preliminar. A decisão da juíza Juliana Cristina Costa Lobato, da Vara Única de Itamarandiba, em Minas Gerais, ainda inclui a divulgação à população local sobre a contaminação do solo e restrições de uso da propriedade.

A denúncia de que a empresa realizou o enterramento de grande quantidade de veneno Aldrin (inseticida) em área próxima a nascente de um córrego na zona rural de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, foi o motivo de ingresso da ação por parte do Ministério Público. Por conta da denúncia de contaminação do solo e da nascente, o MP solicitou indenização por dano ambiental contra a empresa e apresentação de um plano de recuperação ambiental.

Segundo consta no processo, a Polícia Militar Ambiental, no dia 19 de abril de 2017, deslocou-se até o local e determinou a necessidade de análise e laudo técnico do solo e do recurso hídrico subterrâneo, para constatação ou não de danos ambientais. Ainda segundo os autos, a Fundação Estadual do Meio Ambiente(FEAM) , por meio da Gerência de Áreas Contaminadas, informou em relatório a existência da contaminação.

Ao decidir, a juíza Juliana Cristina Lobato não acatou o pedido do MP para antecipação da apresentação do Plano de Recuperação de Área Degradada, por considerar que é uma questão de grande complexidade. Ainda sobre a decisão, a juíza estipulou uma multa diária de R$ 1 mil pelo descumprimento da não divulgação à população sobre a contaminação.

O que diz a lei?

Segundo o artigo 225 da Constituição Federal, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. No terceiro parágrafo, é determinado que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

A Lei de Crimes Ambientais, lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. surge com esse propósito, de centralizar diretrizes sobre as penas e definir as infrações para crimes contra a fauna, flora, recursos naturais e patrimônio cultural. No caso de pessoas jurídicas, a lei permite que empresas sejam responsabilizadas criminalmente por danos ao meio ambiente. Neste contexto, aplicam-se multa, uma restrição de direito - suspensão parcial ou total das atividades, interdição temporária ou proibição de contratar com o Poder Público ou receber algum subsídio, subvenção ou doação - ou determinar a prestação de serviço à comunidade, segundo a doutoranda em Direito, Estado e Constituição, com ênfase em litigância ambiental da Universidade de Brasília, Larissa Coutinho.

De acordo com a especialista, a multa é a pena mais aplicada para pessoas jurídicas, não havendo uma uniformidade no cálculo do valor, mas sim analisando a vantagem que a empresa ganhou ao cometer o crime."Infelizmente a compensação financeira é um dos pontos que mais influenciam na adoção pelas empresas de maiores cuidados com o meio ambiente. É preciso que o valor imputado realmente pese na empresa. É preciso que o juiz que aplica a multa entenda que o valor não pode dar margem para que a empresa faça o cálculo do que vale mais a pena: cometer o crime e ganhar os benefícios econômicos versus pagar a multa", diz.

COM A PALAVRA, A APERAM

Renato Pirfo Diniz, gerente jurídico da Aperam, explica que a empresa recebeu, em fevereiro de 2017, a denúncia de que havia pesticida Aldrin enterrado na propriedade em Itamarandiba, Minas Gerais. No entanto, a empresa, com 76 anos de existência e que foi privatizada em 1992, alega que desde os anos 80 esse produto não é utilizado.

Na época em questão, Renato Diniz afirma que a Aperam informou ao Ministério Público, a promotoria de justiça e a prefeitura de Itamarandiba sobre a denúncia. Houve um processo para remediação da área, por meio da identificação, estudo do solo, compreensão dos riscos, retirada da terra potencialmente contaminada e monitoramento.

Segundo o gerente jurídico da Aperam, a empresa recebeu com surpresa a notícia da ação do Ministério Público. "É descabida e ilógica essa ação promovida pelo MP. É uma área que não houve contaminação, o Aldrin foi encontrado superficialmente, a 1 metro e meio de profundidade", diz. Renato Diniz destaca que a empresa vai recorrer e tentar reverter a decisão.

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Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, irá lançar um novo livro, chamado o novo agora. A obra será publicada pela editora Alfaguara, selo da Companhia das Letras, em 22 de abril, e já está em pré-venda.

O novo livro aborda os anos mais recentes da vida de Marcelo, falando sobre o nascimento de seus filhos, crise em seu casamento, a pandemia e alguns de seus projetos profissionais.

Esse será o terceiro volume da saga autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva. O primeiro livro é Feliz Ano Velho, lançado em 1982, em que o autor relata como se tornou tetraplégico ainda jovem. Em 2015, ele publicou Ainda Estou Aqui, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e como ela lidou com o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido, durante a ditadura militar.

A sinopse de O novo agora revela que o livro começa em 2014, quando ele se tornou pai pela primeira vez e sua vida mudou rapidamente. Com escrita alternando entre o presente e o passado, ele tenta resgatar lições e registros deixados por seus pais para educar seus filhos.

Após alguns anos, ele se sente boicotado pelo governo de direita no Brasil e tem que lidar com seus projetos sendo cancelados. Em 2020, o escritor se encontra em isolamento social, com duas crianças para cuidar e uma família em crise para administrar.

Leia a sinopse

Escritor, pai depois dos cinquenta anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui -- cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e candidato ao Oscar de melhor filme.

Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos vinte anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora, é o próprio Marcelo quem está no papel de pai.

Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento.

A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver. E a sair do outro lado refeita.

Ficha técnica

Título: o novo agora

Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Alfaguara

Número de páginas: 272

Preço: R$ 79,90 (livro físico) - R$ 39,90 (e-book)

Data de lançamento: 22 de abril

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Mari Palma usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 5, para expor um episódio desconfortável que passou enquanto estava em um hotel no Rio de Janeiro.

A jornalista explicou que estava relaxando na piscina do local quando um homem a reconheceu e a abordou, fazendo um comentário sobre sua aparência.

"Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: 'Você é a Mari?'. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho. Aí falei: 'Sim, sou eu'. Ele olhou para mim na piscina, sentada de biquíni e disse: 'Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha'. E saiu", explicou.

A comunicadora relatou ter ficado sem reação após o comentário do homem, julgando a atitude como "inesperada e absurda".

"Custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não."

Mari afirmou que mulheres não podem aceitar isso e finalizou seu discurso pedindo para que pessoas parem de comentar sobre a aparência dos outros sem serem solicitadas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Deborah Secco falou sobre sua relação com Hugo Moura após um ano do divórcio. Os dois foram casados por nove anos, de 2015 a 2024, e são pais de Maria Flor, de nove anos.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou que mantém uma boa relação com o diretor de cinema, que se mantém afastado dos holofotes.

"O Hugo é uma pessoa que cada vez mais escolhe viver de forma discreta, então eu tenho respeitado muito isso. Mas ele é um grande pai, eu acho que é o melhor pai que ela [Maria Flor] poderia ter. É muito incrível ver a relação dos dois e a cumplicidade dos dois", disse.

Ela também afirmou que pai e filha sempre estarão juntos e manterão contato por conta do laço familiar.

"Ela é a coisa mais importante da minha vida e tenho certeza que é a coisa mais importante da vida dele também [...] Só prefiro não falar muito, porque sei que ele está querendo ficar cada vez mais discreto", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais