Haddad diz que linha aberta por apagão em SP será para empresas e não terá impacto fiscal

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O apoio anunciado mais cedo nesta sexta-feira, 18, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para cobrir prejuízos causados pelo apagão na Grande São Paulo vai valer para empresas e não terá impacto nas contas públicas. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o lançamento do programa Acredita, na capital paulista, em evento realizado no Allianz Parque.

O governo, conforme o ministro, vai usar R$ 150 milhões em recursos já disponíveis do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para alavancar até R$ 1 bilhão em créditos de bancos a empresas afetadas pela falta de energia após o temporal de sexta-feira da semana passada. A estimativa é de que 380 mil empresas da Região Metropolitana de São Paulo tiveram prejuízos com o apagão.

As empresas que comprovarem perdas com o apagão poderão recorrer ao Pronampe, linha de crédito com taxas mais baixas voltada a micro e pequenos negócios. Já as empresas sediadas em áreas que ficaram sem energia poderão solicitar prorrogação de 60 dias para pagamento de suas dívidas no Pronampe - neste caso sem a necessidade de comprovação de que tiveram prejuízos pelo apagão.

Questionado se também haverá ajuda financeira a famílias, Haddad deixou claro que a linha valerá apenas a empresas. "A linha do Pronampe é só para a atividade econômica", disse o ministro.

Antes, Lula tinha mencionado pessoas que perderam geladeiras e alimentos ao anunciar a linha de crédito. "As pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão, as pessoas que perderam geladeira, as pessoas que perderam, inclusive, sua comida que estava na geladeira, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa, nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem", disse o presidente mais cedo.

Após o discurso de Lula, Haddad observou que as pessoas que tiveram prejuízo em suas casas podem cobrar as perdas da concessionária de energia, no caso a Enel. "Quando um bem, em virtude do apagão, sofreu dano na residência, você pode requerer ao concessionário a reposição desse bem."

O ministro pontuou que os recursos do FGO estavam reservados a outras finalidades, fora do socorro à calamidade do Rio Grande do Sul. "Agora chegou o momento de utilizar", afirmou Haddad.

Ele frisou que a linha não terá impacto nos resultados das contas públicas, e a medida provisória que libera os recursos deve ser assinada antes de o presidente viajar para a reunião da cúpula do Brics na Rússia. "É uma linha de crédito que já existe".

Segundo Haddad, os recursos do Pronampe estão reservados num fundo privado, cujo objetivo é justamente atender emergências.

Ele disse ainda que a medida foi tomada porque, uma semana após o apagão, não foi feito absolutamente nada para aqueles que tiveram perdas. "O presidente Lula ligou para o Rui Costa, ministro da Casa Civil, que está na China, ligou para mim e falou olha, a gente tem que dar uma resposta. Eu falei: vamos fazer uma coisa adequada para a situação de São Paulo e usando os mecanismos de crédito que nós temos à disposição", relatou o ministro.

Antes de Haddad, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, informou que o financiamento terá uma carência de dois anos para início do pagamento.

A ideia, comentou, é que a medida sirva como apoio aos comerciantes de São Paulo, assim como aconteceu no Rio Grande do Sul, afetado pelas enchentes. "O objetivo é que as pessoas de São Paulo que tiveram seus comércios prejudicados por conta do apagão possam ter algo semelhante", comparou. "Eu vi vários depoimentos de pessoas que perderam o seu estoque. Gente que vendia cachorro-quente que perdeu o seu estoque e não tem como recomprar", exemplificou.

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A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.