Trump se encontrará com Biden na Casa Branca após eleição tensa

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Oito anos atrás, o então presidente dos EUA, Barack Obama, teve uma reunião cordial na Casa Branca com Donald Trump enquanto se preparava para entregar o poder ao seu sucessor. Não houve gentilezas quatro anos depois, quando Trump se recusou a conceder a eleição a Joe Biden e não convidou o homem que o destituiu.

Apesar dessa rejeição, o presidente Biden retomará a tradição nesta quarta-feira, 13, ao se encontrar com Trump no Salão Oval, uma semana após o republicano derrotar a vice-presidente Kamala Harris nas urnas.

O convite de Biden a Trump tem a intenção de ilustrar como deve ser uma transferência pacífica de poder, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. "Ele está demonstrando liderança", afirmou, recusando-se a revelar quaisquer tópicos da agenda para discussão.

Trump também visitará o Capitólio nesta quarta-feira para se reunir com legisladores do Partido Republicano.

Os republicanos em ambas as câmaras votarão em líderes para o próximo Congresso, escolhendo as pessoas que ficarão encarregadas de pastorear a agenda de Trump. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin descartou risco à segurança da reunião do G20, na semana que vem no Brasil, depois do atentado a bomba na quarta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. "Não vejo nenhum problema. Está tudo muito bem encaminhado para o Rio de Janeiro", disse Alckmin, depois de participar de uma reunião de alto nível na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que ocorre em Baku, no Azerbaijão.

Ele classificou o atentado como triste e grave.

"É triste pela perda de uma vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, um Poder da República. É algo que deve ser apurado com extrema rapidez e com extremo rigor", disse o chefe da delegação brasileira na COP29 e que retorna nas próximas horas para o Brasil, inclusive para participar da reunião do G20.

Uma sequência de explosões no início da noite da quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes fez o local ser isolado pela Polícia Militar, gerando apreensão entre autoridades e servidores. O corpo de um homem foi encontrado no local após os estrondos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, esse homem morreu em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal foi acionada e enviou agentes para a praça. Ministros do STF foram retirados às pressas da sede da Corte.

Um carro com artefatos explosivos foi encontrado no local. O veículo explodiu e ficou parcialmente destruído. Ele pertencia a Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina. Uma hora antes da explosão, ele fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional.

Em seu perfil no Facebook, Luiz reproduzia teorias conspiratórias anticomunistas como o QAnon, populares na extrema direita americana. Em 2020, Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O barulho das explosões pôde ser ouvido tanto do prédio do STF como do Palácio do Planalto. Na sede do Supremo, os servidores foram levados por seguranças para uma sala segura. Nas redes sociais circularam imagens de um carro explodindo no estacionamento da Câmara dos Deputados. Essa segunda explosão ocorreu em região que também fica próxima à Praça dos Três Poderes.

Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que agentes da 5.ª Delegacia de Polícia (PC-DF) foram até o local e confirmou pelo menos uma das explosões em frente ao Supremo. "A PC-DF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local", diz a nota.

Segundo relatos de servidores do STF, após ser ouvida a explosão perto do prédio, seguranças também teriam cuidado do isolamento do edifício e assegurado que ministros da Corte fossem escoltados para outro local.

Ministros

Em nota, o Supremo falou em duas explosões. "Ao final da sessão desta quarta-feira (ontem), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.

A Câmara dos Deputados decidiu interromper a sessão mais de uma hora após o incidente na Praça dos Três Poderes. Os parlamentares discutiam a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão, pediu aos colegas que permanecessem no plenário até terem a informação de que era seguro sair do prédio.

Artefatos

Segundo um policial militar que estava no local, foram encontrados dentro de um carro próximo à Praça dos Três Poderes vários artefatos explosivos. Conforme relato do sargento Santos, da PM do DF, os policiais chegaram a avistar um homem saindo correndo do carro, mas acreditaram que ele estava fugindo do fogo. O princípio de incêndio foi contido por seguranças que estavam próximos.

O sargento relatou acreditar que o homem que saiu correndo do carro seria o mesmo que morreu próximo ao STF. "O carro tem uma espécie de bomba. Tem vários explosivos fracionados e amarrados com tijolo em volta, só que não teve ignição total dos explosivos."

"O indivíduo saiu correndo e acreditamos que ele estava saindo dali. Me parece que é a mesma pessoa que tentou detonar uma explosão aqui (no carro), não conseguiu e correu para o STF. Acreditamos que seja a mesma pessoa que está morta", acrescentou o sargento Santos - a identidade do homem não havia sido confirmada oficialmente.

Lula estava reunido com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, no momento em que ocorreram as explosões na Praça dos Três Poderes. O encontro ocorria no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira, 13, a criação de núcleos especializados no Ministério Público para fiscalizar as polícias, especialmente em casos de letalidade.

O Ministério Público tem a atribuição de fiscalizar a atividade policial, prevista na Constituição, mas segundo o ministro esse controle na prática virou "burocracia". Moraes foi promotor de Justiça em São Paulo por mais de dez anos.

"Fica aqui a necessidade de regulamentar o controle externo da atividade policial. Não precisa criar mais cargos, mas a criação da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial. Não para bater carimbo, mas no mínimo começar acompanhando as causas de letalidade policial", defendeu o ministro.

As considerações foram feitas na sessão plenária desta tarde, quando o STF começou a ouvir considerações de advogados na chamada ADPF das Favelas, que tem como pano de fundo a violência policial e a segurança pública no Rio.

O ministro afirmou que o Ministério Público também "tem a sua responsabilidade" no tema e defendeu a criação de Promotorias de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial.

Segundo Moraes, representantes do MP deveriam, "no mínimo", acompanhar de perto os casos de mortes decorrentes de intervenção policial, inclusive de bala perdida em operações.

"As leis orgânicas estaduais são de iniciativa do procurador-geral. O Ministério Público poderia realizar em conjunto, nos 26 Estados e no Distrito Federal, a alteração das suas leis orgânicas para efetivamente, depois de quase 36 anos da Constituição, realizar isso", afirmou.

A intervenção foi feita durante a sustentação oral do procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, que defende medidas para redução de riscos nas operações policiais no Estado.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, que também participou da sessão, afirmou que o tema está "na ordem do dia" do Ministério Público.