Na abertura do G20, Lula chama a atenção para mudanças climáticas e 'efeitos devastadores'

Internacional
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou atenção para as mudanças climáticas em seu discurso de abertura da cúpula do G20 nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro. "Os fenômenos climáticos mostram os efeitos devastadores em todos os cantos do planeta", disse Lula na plenária.

Após a rápida menção ao clima, ele falou de questões sociais. "Igualdade social e de gênero se aprofundam na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas", afirmou, mencionando os efeitos da pandemia e o aumento da pobreza. O número de pessoas malnutridas equivale a populações somadas de países como México, Reino Unido, África do Sul e Canadá.

"São mulheres, homens e crianças cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados", afirmou Lula.

O presidente brasileiro ressaltou que a economia mundial produz quase 100 milhões de toneladas de alimentos por ano, é inacreditável" que ainda existam tantas pessoas que passam fome. O mesmo vale para os gastos militares, que superam US$ 2 trilhões no mundo por ano, enquanto milhões de pessoas não têm acesso à comida.

"A fome é produto de decisões políticas que perpetuam exclusão de parte da humanidade", disse ele.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, classificou o atentado a bomba em Brasília na semana passada de ato "tipicamente terrorista" e de "imensa gravidade". "Foi um ato tipicamente terrorista, que infelizmente se insere numa cadeia que vem de longe, de busca de desacreditar as instituições, ofender as pessoas", disse o ministro em entrevista à CNBC Brasil, neste domingo, 17.

"Milhares de pessoas, mancomunadas pela rede social, invadiram as sede dos Três Poderes e depredaram tudo que encontraram pela frente, jogaram água, tacaram fogo. Se você naturaliza isso, acho que a gente não vai criar o País que a gente gostaria de criar. E o que é pior, o próximo que perder (as eleições) pode fazer a mesma coisa, já que foi naturalizado", disse Barroso, associando o recente atentado ao STF com os ataques de 8 de janeiro de 2023.

O autor do atentado é Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França. O homem tentou entrar na sede da Corte, mas foi impedido por seguranças. Em seguida, lançou artefatos contra o edifício do STF. Ele morreu após a explosão de uma das bombas.

Horas antes de morrer, Francisco Wanderley Luiz fez publicações nas redes sociais que indicavam pretensões terroristas, além de criticar os chefes dos Três Poderes. Em 2020, Francisco Luiz foi candidato pelo PL a vereador de Rio do Sul, cidade no oeste catarinense. Recebeu 98 votos e não foi eleito. O PL, na ocasião, ainda não abrigava o ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou à sigla somente no ano seguinte.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, defendeu uma atuação enérgica das autoridades contra grupos extremistas no País, após o atentado em Brasília. "Grupos extremistas estão ativos e é preciso que atuemos de maneira enérgica, não só PF, mas todo o sistema de justiça criminal. Episódio de ontem (quarta-feira, 13) não é fato isolado, mas conectado com diversas ações que a PF tem investigado", disse o diretor-geral da corporação.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma publicação elogiosa ao empresário Elon Musk no X (antigo Twitter) neste domingo, 17, depois de a primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja, ter xingado o bilionário durante discurso em painel no G-20 Social, no sábado, 16, no Rio de Janeiro.

A postagem de Tarcísio exalta a SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk, e termina celebrando o cargo do bilionário no primeiro escalão no governo de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. O texto, que define Elon Musk como "visionário", acompanha um vídeo do pouso bem sucedido do propulsor Suoer Heavy, da SpaceX, em sua base de lançamento, em 13 de outubro.

Tarcísio publicou os elogios ao bilionário logo após Janja xingar o empresário durante um painel de debates no G-20, no sábado. "Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk", afirmou a primeira-dama.

Musk reagiu ao xingamento, compartilhou uma publicação do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) no X e escreveu "lol", abreviação de "laughing out loud", ou "rindo muito", em inglês. "Eles vão perder a próxima eleição", afirmou o bilionário, ao comentar a publicação que reproduzia o vídeo com a fala de Janja.

Em dezembro de 2023, o perfil de Janja no X foi hackeado, resultando em postagens de cunho sexual e ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Morais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Janja acusou a plataforma, que é de Elon Musk, de não agir rapidamente para corrigir o ataque, minimizar a gravidade do incidente e "lucrar em cima do ódio".

Posteriormente, após Elon Musk ter desacatado a suspensão de contas na rede social relacionadas ao inquérito das milícias digitais e dispensado ter representante legal da empresa no Brasil, Moraes determinou que Musk fosse investigado por obstrução de justiça e incitação ao crime. A situação resultou na suspensão do X no Brasil entre os dias 30 de agosto e 8 de outubro, quando a rede social confirmou o cumprimento de todas as ordens judiciais, a nomeação de uma representante legal no Brasil e o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), incluiu na pauta do plenário desta segunda-feira, 18, o projeto que estabelece novas regras para a proposição e a execução das emendas parlamentares na Lei Orçamentária Anual.

O texto ainda precisa ser votado no Senado Federal para que volte à análise da Câmara. Os senadores já haviam aprovado o texto-base na semana passada, mas resta a apreciação dos destaques.

Lira pautou também o projeto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio e Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que institui tetos para emissões e um mercado de venda de títulos.

A Câmara já havia aprovado o projeto, mas o Senado fez alterações, o que obriga os deputados a votarem novamente o texto.

Outra votação pautada é a da proposta de emenda à Constituição que amplia a imunidade tributária das igrejas, de autoria do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

O projeto estava em votação na quarta-feira, 13, mas a apreciação foi interrompida por ataques a bomba em Brasília.

Há ainda um projeto que disciplina aspectos do arcabouço regulatório e de supervisão do Banco Central, da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Além disso, há na pauta um projeto que aprimora o arcabouço legal relativo à infraestrutura do mercado financeiro no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro.