Lula enfatiza que é preciso o mundo se unir para acabar com a fome no planeta

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou nesta segunda-feira, 18, que é preciso o mundo se unir para acabar com a fome no planeta, durante o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A afirmação foi realizada momentos antes do início da primeira sessão de discussões de líderes do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), que ocorre nesta segunda e na terça-feira, 19, no Rio de Janeiro.

"Se assumirmos a responsabilidade do combate à fome e à pobreza, conseguiremos ter sucesso", afirmou o presidente do Brasil.

O chefe do Executivo agradeceu a "generosidade" dos presentes, que, segundo ele, está transformando o Rio de Janeiro na "capital do mundo" neste dia 18 de novembro. "É muito importante o que vamos discutir daqui e eu tenho certeza que, se nós assumimos a responsabilidade nesse assunto da fome e da pobreza, nós poderemos ter sucesso em contê-lo."

O presidente enalteceu as qualidades do Rio de Janeiro, lembrando que o município é conhecido como "cidade maravilhosa". "De um lado, a beleza exuberante da natureza, sob os braços abertos no Cristo Redentor, um povo diverso, vibrante, criativo e acolhedor. De outro, injustiças sociais profundas. O retrato vivo de dificuldades históricas e persistentes."

Lula lembrou que esteve na reunião do G20 durante a crise financeira internacional de 2008 e 2009. Dezesseis anos depois, de acordo com ele, as coisas não melhoraram.

"Constato com tristeza que o mundo está piorando, há um maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já existente. Os fenômenos mais extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta", citou o presidente brasileiro.

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A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.

O presidente do PT, senador Humberto Costa, disse neste sábado, 2, que há um "caso claro" de lawfare (uso do sistema legal para prejudicar um adversário político) contra a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, recentemente condenada por corrupção.

"Como vocês sabem, da mesma maneira que aconteceu no Brasil com o presidente Lula, temos hoje na Argentina um caso absolutamente claro, que logo é contra a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner", disse o senador, durante o encontro do PT, em Brasília.

Ao lado de um dirigente do Partido Justicialista argentino, Costa lembrou da solidariedade dos argentinos a Lula, quando o ex-presidente brasileiro esteve preso.

"Cristina, como vocês sabem, é uma aliada nossa, é uma companheira que tem uma representatividade política, e o objetivo da justiça argentina é exatamente e impedir que ela possa continuar liderando movimento de oposição ao presidente de extrema direita, Javier Milei", disse.

O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou ontem uma carta na qual pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspenda relações diplomáticas e comerciais com o governo de Benjamin Netanyahu, de Israel. Na abertura do 17º Encontro do PT, na noite desta sexta-feira, em Brasília, o senador e atual presidente nacional do PT, Humberto Costa, leu a carta de apoio ao povo palestino e reafirmou a posição histórica do PT em defesa da causa.

"Não é possível virar os olhos às mortes de crianças em Gaza pelos bombardeios de Israel há mais de 20 meses, e agora pela fome e doenças produzidas pelo bloqueio israelense. São crianças, um terço dos 55 mil palestinos mortos em Gaza e na Cisjordânia", descreve a carta. "O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de 'crimes de guerra' até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitária e recebem balas e bombas."

O documento destaca que, no último dia 5 de junho, o presidente Lula declarou que, na região, não se trata de uma guerra, mas de "um genocídio premeditado". "Todavia, ainda há no mundo inteiro quem compre, venda e subsidie o complexo industrial-militar de Israel, como se isso fosse normal", afirma o texto, acrescentando que a militância presente no Encontro Nacional do PT "declara sua irrestrita solidariedade ao povo palestino".

"De acordo com os compromissos históricos do PT que todos reivindicamos, endossamos a nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos de 6 de junho de 2025, e solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu", reforça o documento.

Com a presença de cerca de mil delegados e delegadas do Brasil, o 17º Encontro Nacional do PT começou ontem e deve seguir até amanhã, com lideranças petistas presentes para debater os rumos do partido e os desafios do próximo período. Além de Humberto Costa, estiveram presentes na abertura do evento o presidente eleito, Edinho Silva, e os dirigentes Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara, além do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.