Trump amplia busca por chefe do Tesouro em meio à disputa agressiva pelo cargo

Internacional
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Os assessores de Donald Trump passaram a avaliar uma nova lista de candidatos a secretário do Tesouro, após uma disputa sobre o cargo que irritou o presidente eleito nos últimos dias. Entre os que agora são cogitadas para o cargo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, estão Kevin Warsh, que foi assessor de Política Econômica do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), e o presidente da Apollo Global Management, Marc Rowan.

Os assessores de Trump entraram em contato com Rowan para avaliar se o executivo tinha interesse, segundo o Wall Street Journal.

Rowan, que respondeu positivamente à consulta, ainda não falou com Trump e não está fazendo lobby, de acordo com fontes.

O nome de Warsh, que os assessores econômicos de Trump sugeriam como possível presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), também passou a ser cotado para o Tesouro.

Warsh participa da equipe de transição de Trump. Procurado, não respondeu aos pedidos de comentário.

Algumas pessoas próximas a Trump também defenderam que o senador republicano Bill Hagerty, do Tennessee, fosse considerado para o Tesouro. Hagerty se encontrou com Trump em Mar-a-Lago há alguns dias, de acordo com uma fonte. Não está claro se Hagerty discutiu o cargo com Trump, mas o parlamentar disse a aliados que seria uma boa opção para liderar o Tesouro. Hagerty participou do governo de George H.W. Bush (1989-1993).

Os favoritos de longa data para o Tesouro - o investidor Scott Bessent e o empresário bilionário Howard Lutnick, da Cantor Fizgerald - ainda estão na disputa pelo cargo, embora ambos também tenham sido cogitados para outras funções na administração Trump.

Algumas pessoas próximas ao presidente eleito disseram que as chances de Lutnick diminuíram em meio a uma campanha agressiva do empresário pelo cargo, que se intensificou quando o empresário ficou sabendo que Bessent estava no páreo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, classificou o atentado a bomba em Brasília na semana passada de ato "tipicamente terrorista" e de "imensa gravidade". "Foi um ato tipicamente terrorista, que infelizmente se insere numa cadeia que vem de longe, de busca de desacreditar as instituições, ofender as pessoas", disse o ministro em entrevista à CNBC Brasil, neste domingo, 17.

"Milhares de pessoas, mancomunadas pela rede social, invadiram as sede dos Três Poderes e depredaram tudo que encontraram pela frente, jogaram água, tacaram fogo. Se você naturaliza isso, acho que a gente não vai criar o País que a gente gostaria de criar. E o que é pior, o próximo que perder (as eleições) pode fazer a mesma coisa, já que foi naturalizado", disse Barroso, associando o recente atentado ao STF com os ataques de 8 de janeiro de 2023.

O autor do atentado é Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França. O homem tentou entrar na sede da Corte, mas foi impedido por seguranças. Em seguida, lançou artefatos contra o edifício do STF. Ele morreu após a explosão de uma das bombas.

Horas antes de morrer, Francisco Wanderley Luiz fez publicações nas redes sociais que indicavam pretensões terroristas, além de criticar os chefes dos Três Poderes. Em 2020, Francisco Luiz foi candidato pelo PL a vereador de Rio do Sul, cidade no oeste catarinense. Recebeu 98 votos e não foi eleito. O PL, na ocasião, ainda não abrigava o ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou à sigla somente no ano seguinte.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, defendeu uma atuação enérgica das autoridades contra grupos extremistas no País, após o atentado em Brasília. "Grupos extremistas estão ativos e é preciso que atuemos de maneira enérgica, não só PF, mas todo o sistema de justiça criminal. Episódio de ontem (quarta-feira, 13) não é fato isolado, mas conectado com diversas ações que a PF tem investigado", disse o diretor-geral da corporação.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma publicação elogiosa ao empresário Elon Musk no X (antigo Twitter) neste domingo, 17, depois de a primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja, ter xingado o bilionário durante discurso em painel no G-20 Social, no sábado, 16, no Rio de Janeiro.

A postagem de Tarcísio exalta a SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk, e termina celebrando o cargo do bilionário no primeiro escalão no governo de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. O texto, que define Elon Musk como "visionário", acompanha um vídeo do pouso bem sucedido do propulsor Suoer Heavy, da SpaceX, em sua base de lançamento, em 13 de outubro.

Tarcísio publicou os elogios ao bilionário logo após Janja xingar o empresário durante um painel de debates no G-20, no sábado. "Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk", afirmou a primeira-dama.

Musk reagiu ao xingamento, compartilhou uma publicação do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) no X e escreveu "lol", abreviação de "laughing out loud", ou "rindo muito", em inglês. "Eles vão perder a próxima eleição", afirmou o bilionário, ao comentar a publicação que reproduzia o vídeo com a fala de Janja.

Em dezembro de 2023, o perfil de Janja no X foi hackeado, resultando em postagens de cunho sexual e ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Morais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Janja acusou a plataforma, que é de Elon Musk, de não agir rapidamente para corrigir o ataque, minimizar a gravidade do incidente e "lucrar em cima do ódio".

Posteriormente, após Elon Musk ter desacatado a suspensão de contas na rede social relacionadas ao inquérito das milícias digitais e dispensado ter representante legal da empresa no Brasil, Moraes determinou que Musk fosse investigado por obstrução de justiça e incitação ao crime. A situação resultou na suspensão do X no Brasil entre os dias 30 de agosto e 8 de outubro, quando a rede social confirmou o cumprimento de todas as ordens judiciais, a nomeação de uma representante legal no Brasil e o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), incluiu na pauta do plenário desta segunda-feira, 18, o projeto que estabelece novas regras para a proposição e a execução das emendas parlamentares na Lei Orçamentária Anual.

O texto ainda precisa ser votado no Senado Federal para que volte à análise da Câmara. Os senadores já haviam aprovado o texto-base na semana passada, mas resta a apreciação dos destaques.

Lira pautou também o projeto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil. O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio e Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que institui tetos para emissões e um mercado de venda de títulos.

A Câmara já havia aprovado o projeto, mas o Senado fez alterações, o que obriga os deputados a votarem novamente o texto.

Outra votação pautada é a da proposta de emenda à Constituição que amplia a imunidade tributária das igrejas, de autoria do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

O projeto estava em votação na quarta-feira, 13, mas a apreciação foi interrompida por ataques a bomba em Brasília.

Há ainda um projeto que disciplina aspectos do arcabouço regulatório e de supervisão do Banco Central, da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Além disso, há na pauta um projeto que aprimora o arcabouço legal relativo à infraestrutura do mercado financeiro no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro.