Navio de registro chinês é detido em investigação de sabotagem no Mar Báltico

Internacional
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Um navio chinês que navegou sobre dois cabos de dados rompidos no Mar Báltico, no período em que foram cortados, foi parado pela marinha dinamarquesa. A ação faz parte de uma investigação internacional sobre o que a polícia diz ser um possível ato de sabotagem.

Os dois cabos de dados de fibra óptica foram rompidos no domingo e na segunda-feira, causando pequenas falhas no tráfego da Internet e desencadeando uma operação envolvendo investigadores na Suécia, Dinamarca, Finlândia e Alemanha, de acordo com várias autoridades.

A detenção de uma embarcação estrangeira sem um mandado é incomum. No entanto, um artigo raramente usado em uma convenção centenária poderia dar aos dinamarqueses a autoridade legal para deter o Yi Peng 3, disse Kenneth Øhlenschlæger Buhl, analista militar e especialista em direito marítimo do Royal Danish Defense College.

Várias autoridades familiarizadas com a investigação disseram que a Rússia é suspeita de estar por trás da sabotagem, e que seus agentes poderiam ter usado o navio registrado na China para fornecer uma negação plausível. Duas autoridades disseram que era improvável que o governo chinês estivesse ciente da conspiração.

Hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou o envolvimento da Rússia, dizendo que era "absurdo" apontar o dedo para a Rússia na ausência de provas.

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A Polícia Federal (PF) enviou nesta segunda-feira, 27, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório complementar sobre a participação do advogado Fábio Wajngarten, secretário de comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), no caso das joias. Os investigadores afirmam ter encontrado novas provas do envolvimento dele em uma operação para resgatar um conjunto de ouro rosé que, segundo a PF, havia sido colocado à venda nos Estados Unidos.

Procurado pelo Estadão, Wajngarten afirmou que a "espetacularização de atos formais e naturais nada mais é do que atestar a inocência de todos os envolvidos diante da tentativa vazia de buscar culpados onde sequer existam ilegalidades".

"Em nenhuma hipótese há qualquer envolvimento de minha parte além do assessoramento técnico que desde o primeiro momento foi de depositar tudo junto ao TCU cumprindo à determinação da época, bem como responder às questões de mídia e comunicação", disse.

Os policiais federais acharam uma procuração do ex-presidente Jair Bolsonaro para Fábio Wajngarten "retirar e transportar, por quaisquer meios e por quaisquer rotas (inclusive internacionais)" o chamado "Kit Ouro Rosé" - uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe e um relógio da marca suíça Chopard.

O arquivo - PROCURAÇÃO PARA TRANSPORTE DE BENS (1).pdf - foi encontrado no celular de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro. Em outro aparelho, também do ex-assessor, a PF localizou uma foto da mesma procuração assinada "possivelmente" com a rubrica de Bolsonaro.

Para os investigadores, a menção às "rotas internacionais" indica que as joias estavam no exterior e não na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília, como alegou Wajngarten.

"Fábio Wajngarten aderiu ao esquema criminoso, praticando atos executórios, dentro da divisão de tarefas estabelecidas pelos investigados, para recuperar as joias do denominado 'kit ouro rose', com a finalidade de trazê-las para o Brasil, ocultando a localização e movimentação das joias, assim como, escamotear os proventos auferidos por Jair Bolsonaro com a negociação dos demais itens desviados do acervo público", diz um trecho do documento.

A Polícia Federal indiciou, em julho do ano passado, o ex-presidente e mais 11 pessoas no inquérito das joias, incluindo Fábio Wajngarten, acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os investigadores afirmam que Bolsonaro e seus aliados desviaram itens de alto valor do acervo da União.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), único representante do partido no Senado, declarou nesta segunda-feira, 27, que pode deixar a sigla caso seja confirmada a fusão ou incorporação com o PSD, presidido por Gilberto Kassab (PSD). "Se tiver a fusão ou a incorporação, não teria como ficar", afirmou em entrevista ao Poder360.

Plínio disse que aguardará uma posição oficial do PSDB antes de tomar qualquer decisão e que pretende ouvir a direção nacional da sigla. Ele argumenta que sua resistência ao PSD está ligada às alianças mantidas pelo partido com legendas como PT e MDB.

"Não me vejo numa fusão, numa incorporação com o PSD, com o MDB, com o PT. Não me vejo, não tem como. Mas eu só vou me preocupar com isso depois da reunião da nacional", explicou.

Presidente do PSDB no Amazonas, Plínio é o último senador tucano na Casa. Em 2019, o partido chegou a contar com seis representantes no Senado, mas a bancada foi reduzida ao longo dos anos. Desde 2022, o PSDB está federado ao Cidadania, que não tem representantes no Senado, mas a parceria não é consenso dentro do partido.

No dia 15, Marconi Perillo, o presidente nacional do partido, confirmou a fusão ou incorporação da sigla com outro partido ainda em 2025. De acordo com o dirigente, o PSDB planeja anunciar até março fusão ou incorporação com outra legenda que compartilhe uma visão ideológica semelhante.

A medida faz parte de uma estratégia para fortalecer a sigla e ampliar sua base de apoio para as eleições de 2026.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o PSDB iniciou negociações para uma possível fusão com o PSD. Desde o ano passado, quando perdeu os oito vereadores da capital paulista e protagonizou um fiasco com a campanha de José Luiz Datena - que teve 1,84% dos votos na disputa pela Prefeitura -, o tucanato concluiu que a definição de um novo rumo será inevitável para sua sobrevivência.

O Tribunal de Contas da União (TCU) avalia na sessão da próxima quarta-feira, 29, uma solicitação do Congresso Nacional para a fiscalização de possíveis irregularidades na formulação, execução e fiscalização de contrato celebrado entre o Banco do Nordeste do Brasil e uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). O contrato envolve a gestão de microcrédito.

O Tribunal também vai avaliar um pedido do Legislativo sobre possíveis fraudes em contratos do Ministério da Saúde.

Em outro processo, a Corte analisará uma solicitação de informações sobre a participação de empreiteiras denunciadas pela Operação Lava Jato em contratos licitatórios na Refinaria Abreu e Lima.

A pauta é atualizada até o dia da sessão, com a retirada ou a inclusão de novos processos.

Vejas os destaques da pauta:

*Agravo contra decisão sobre possíveis irregularidades em contratação de empresa especializada para elaboração dos projetos e execução das obras para a construção da Ponte Internacional Rio Mamoré, ligando o Brasil (Guajará-Mirim) e a Bolívia (Guayaramerin), na BR425/RO;

*Solicitação do Congresso Nacional em que são requeridas informações acerca de possível fraude em contratos do Ministério da Saúde;

*Solicitação do Congresso na qual são requeridas informações sobre a participação de empreiteiras denunciadas pela Operação Lava Jato em contratos licitatórios na Refinaria Abreu e Lima, esclarecimentos sobre os potenciais riscos de novos estouros de orçamento e medidas de fiscalização;

*Solicitação do Congresso sobre ato de fiscalização e controle para investigar a ocorrência de possíveis irregularidades na formulação, execução e fiscalização de contrato celebrado entre o Banco do Nordeste do Brasil e organização da sociedade civil (OSCIP) para gestão do setor de microcrédito;

*Denúncia de supostas irregularidades quanto a pagamento de honorários de sucumbência;

*Embargos de declaração em embargos de declaração em face de acórdão proferido em representação autuada para analisar a conformidade das medidas e decisões tomadas pelos órgãos de deliberação da Petrobras na condução da política de reajuste de preços de combustíveis adotada pela empresa no período de 2002 a 2019;

*Processo de desestatização que trata de licitação com o objetivo de selecionar parceiros para operacionalizar o canal de atendimento denominado Loja de Correios Franqueada (LCF);

*Monitoramento do cumprimento de determinação feita, no âmbito do Fiscobras 2023, com o objetivo de fiscalizar os serviços de manutenção (conservação/recuperação) da BR-364/AC, referentes ao segmento entre o km 274,20 e o km 490,60 e do acesso ao município de Manoel Urbano/AC;

*Denúncia acerca de possíveis irregularidades na aprovação das contas da Confederação Brasileira de Canoagem referentes ao exercício de 2021;

*Monitoramento do cumprimento das determinações e da implementação das recomendações exaradas por meio de acórdão proferido em auditoria operacional realizada nos procedimentos para expedição de licenças ambientais.