Em SP, Tony Blair diz que empresas vão ter que usar IA e que não haverá outro caminho

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O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ao participar em São Paulo de evento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), disse que não haverá em breve outro caminho para as empresas e para a sociedade que não seja pela tecnologia e, em especial, pela Inteligência Artificial (IA).

"As empresas vão ter que usar a IA e não teremos outro caminho fora disso", disse Blair a uma plateia composta por líderes empresariais dos segmentos do comércio e serviços.

Para o ex-primeiro-ministro inglês, o futuro da medicina e dos sistemas de saúde está na IA. "Já está acontecendo de em um único exame de sangue se diagnosticar mais de 80 tipos de câncer. Há riscos na parte tecnológica, mas há também oportunidades", disse.

Dos pontos de vista jurídico e da segurança, de acordo com Blair, a IA também está sendo e será uma grande ferramenta para solução de conflitos. Ele deu como exemplo a cidade de Londres onde a tecnologia do reconhecimento facial contribuiu em muito para reduzir os índices de criminalidade.

Ele citou como exemplo a Estônia, que tem um sistema jurídico de pequenas causas em que qualquer ação com valores até 5 mil euros será resolvida pela IA.

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 28, para tornar réus os deputados Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA) e o suplente Bosco Costa (SE), todos do PL, por corrupção na distribuição de emendas parlamentares.

A Primeira Turma decide, no plenário virtual, se aceita a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ou seja, se há indícios mínimos para abrir uma ação penal. O mérito do processo só é julgado após a fase de instrução, quando testemunhas e réus são ouvidos.

A PGR atribui aos deputados os crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

Os parlamentares negam irregularidades no direcionamento dos recursos. As defesas pediram ao STF a rejeição da denúncia por falta de provas.

Como relator, Zanin abriu os votos. Ele afirmou que há "consideráveis indícios de autoria e materialidade", ou seja, elementos que sugerem a participação dos deputados em desvios.

"Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva", diz um trecho do voto.

O ministro menciona, por exemplo, anotações e planilhas apreendidas pela Polícia Federal na casa do ex-prefeito de Água Doce (MA), Antonio José Silva Rocha (PSDB), sobre a divisão do dinheiro desviado das emendas.

"De fato, é possível visualizar nos documentos a especificação dos montantes (25%), dos nomes e das siglas partidárias dos três parlamentares envolvidos na suposta concertação delitiva (Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa)", observa Zanin.

Também compõem a Primeira Turma os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. A votação fica aberta até o dia 11 de março no plenário virtual do STF.

A investigação que levou à denúncia é um desdobramento de uma operação iniciada no Maranhão em dezembro de 2020. Durante o inquérito, a Polícia Federal obteve imagens de Josimar Maranhãozinho manuseando uma grande quantidade de dinheiro que, segundo a corporação, teria sido obtido com o desvio de emendas.

A PGR concluiu que os deputados negociaram emendas com a prefeitura de São José de Ribamar, na grande São Luís, em troca de um "porcentual" pelos recursos repassados. O ex-prefeito José Eudes Sampaio Nunes narrou cobranças e intimidações em troca da destinação das verbas ao município.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, os parlamentares pediram propina de 25% sobre as emendas, ou R$ 1,66 milhão em troca de R$ 6,67 milhão destinados ao município.

"Os elementos informativos demonstram, portanto, que os denunciados formaram organização criminosa, liderada por Josimar Maranhãozinho, voltada à indevida comercialização de emendas parlamentares", diz a denúncia.

Além dos deputados, o ministro Cristiano Zanin também votou para tornar réus João Batista Magalhães (ex-assessor parlamentar), Antônio José Silva Rocha (ex-prefeito de Água Doce), Abraão Nunes Martins Neto (policial militar reformado), Adones Gomes Martins (irmão de Abraão) e Thalles Andrade Costa (filho de Bosco Costa).

Essa matéria atualiza o texto enviado anteriormente. O programa PodK Liberados é apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e pela senadora Leila Barros (PDT-DF). Na matéria anterior, apenas Kajuru constava como apresentador.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que uma eventual votação de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado causaria problemas em um País que já está dividido.

"Muito claramente nós temos muitos problemas, não será o presidente do Senado Federal que vai criar mais um", disse Alcolumbre, em entrevista ao PodK Liberados, apresentado pelo também senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF). O programa foi exibido no final da noite da quinta-feira, 27, pela RedeTV!.

Alcolumbre defendeu que a prerrogativa de o Senado pautar o impeachment de ministros do STF seja revista. "Está errado isso", afirmou. "O que temos que fazer é buscar com que cada poder possa conviver dentro das suas atribuições, um respeitando o outro, sem avançar a linha da autonomia e da autoridade de cada um."

Anistia

Questionado sobre a possibilidade de concessão de anistia aos acusados de participar dos atos golpistas do 8 de Janeiro, Alcolumbre disse que deve haver "mediação e modulação" nas penas a serem aplicadas pela Justiça. "Não pode ser uma anistia para todos de maneira igual. E também não pode, nas decisões judiciais, ser uma punibilidade para todos na mesma gravidade", afirmou o senador.

Alcolumbre reconheceu que houve um "problema" com os atos de vandalismo e a tentativa de golpe de Estado e que "alguém pensou e idealizou isso". O senador defendeu, porém, que todos devem ser considerados inocentes até a última instância.

Emendas

Na entrevista, o presidente do Senado criticou o que considera ser um processo de "criminalização" das emendas parlamentares, que considera importantes para atenuar as desigualdades no País.

Essa matéria atualiza o texto enviado anteriormente. O programa PodK Liberados é apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e pela senadora Leila Barros (PDT-DF). Na matéria anterior, apenas Kajuru constava como apresentador.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que não foi procurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a reforma ministerial, que foi deflagrada no início da semana, com a troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha no comando do Ministério da Saúde.

"Nem Lula nem auxiliares dele me perguntaram ou pediram sugestão sobre essa reforma", afirmou Alcolumbre em entrevista ao programa PodK Liberados, apresentado pelo também senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF). O programa foi exibido na noite da quinta-feira, 27, pela RedeTV!. "Não tive esse privilégio de tratar com Lula sobre a nomeação de ministros ou composição de governo para os próximos dois anos."

Alcolumbre disse, contudo, ter "certeza absoluta" que em algum momento a conversa com Lula irá ocorrer, já que se trata de um assunto "necessário" porque a atual configuração do governo é de uma "coalizão clássica". O presidente do Senado também lembrou que participou das negociações para a composição dos ministérios no início do governo.