Gabinete de Israel vota hoje sobre cessar-fogo no Líbano

Internacional
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Autoridades de Israel concordaram com as bases para um cessar-fogo com o grupo xiita libanês Hezbollah. A informação foi confirmada na segunda-feira, 25, pelo embaixador israelense nos EUA, Mike Herzog. O gabinete de segurança de Israel se reúne hoje para votar sobre o acordo que encerraria os combates na fronteira norte.

 

De acordo com os termos da trégua, o Exército de Israel se retirariam totalmente do sul do Líbano, o Hezbollah remanejaria suas armas pesadas para o norte do Rio Litani, cerca de 25 km da fronteira israelense, e o Exército libanês se deslocaria para fornecer segurança da região, ao lado de uma força da ONU, durante 60 dias.

 

Os EUA liderariam um comitê de monitoramento internacional de cinco países que atuaria como árbitro de infrações, e apoiariam as operações militares israelenses na fronteira, caso o Hezbollah realizasse um ataque ou reconstituísse suas forças ao sul do Rio Litani.

 

"Ainda há alguns detalhes, coisas que estão sendo trabalhadas", disse John Kirby, secretário de Segurança Nacional dos EUA, que mediaram o acordo. "A trajetória está indo em uma direção positiva. Mas nada está negociado até que tudo seja negociado."

 

Os dois lados estão em conflito desde 8 de outubro de 2023, quando o Hezbollah fez ataques a Israel em apoio ao Hamas, que no dia anterior havia matado 1,2 mil pessoas e levado cerca de 250 reféns para Gaza, no pior ataque a judeus desde o Holocausto.

 

A situação piorou em setembro, depois de Israel realizar uma série de ataques aéreos e invadir o Líbano, destruindo bases do Hezbollah, eliminando a direção da milícia, mas também provocando a morte de milhares de civis e o deslocamento de um quarto da população libanesa.

 

Pressão

 

Israel mantém uma estratégia de negociar ao mesmo tempo em que impõe pressão máxima contra o Hezbollah no campo de batalha. Mas a continuidade dos ataques da milícia libanesa parecem exercer um peso decisivo para o avanço do diálogo.

 

O fracasso em conter a ameaça das armas de curto alcance do Hezbollah estaria colocando pressão sobre o governo do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, para aceitar um cessar-fogo ou pelo menos uma interrupção temporária das hostilidades. Fontes israelenses e americanas afirmaram que a expectativa é a de que o gabinete de segurança dê o sinal verde para o acordo na votação de hoje.

 

Pessoas ligadas ao governo americano e ao gabinete de Netanyahu afirmam à rede CNN que a chance de a negociação avançar é real, embora ainda faltem detalhes sobre o texto final. No domingo, Barak Ravid, analista da CNN, disse que o enviado dos EUA ao Oriente Médio, Amos Hochstein, ameaçou se retirar da negociação se Israel não aprovasse o acordo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.