Netanyahu confirma cessar-fogo com Hezbollah e que foco é 'ameaça' do Irã e Hamas

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou o fechamento de um acordo que prevê um cessar-fogo na guerra com o Hezbollah, mas avisou que a duração da trégua dependerá da capacidade do grupo extremista islâmico de cumprir os termos combinados.

Em discurso televisionado nesta terça-feira, 26, Netanyahu explicou que a suspensão das hostilidades no Líbano permitirá que os israelenses foquem na ameaça do Irã."Estou disposto a fazer o que for preciso para evitar que Irã desenvolva arma nuclear", disse.

O premiê reforçou o compromisso em assegurar a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde o ano passado. "Estamos determinados a garantir a destruição do Hamas", ressaltou ele, que chamou atenção para as "grandes vitórias" que Israel teve nas frentes de guerra.

Netanyahu alertou, no entanto, que se o Hezbollah descumprir o acordo, Israel vai voltar a atacá-lo.

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Após afirmar, sem apresentar provas, que recebeu uma proposta de compensação financeira para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022, a cantora Jordana Menezes, que usa o nome artístico de "Jojo Todynho", poderá ter que responder na Justiça sobre a acusação. É o que promete a Coligação Brasil da Esperança, segundo a própria assessoria da federação partidária, formada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Verde (PV).

Em entrevista ao canal do YouTube da plataforma Brasil Paralelo nesta segunda-feira, 25, a cantora afirmou, sem provas, ter recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para declarar apoio a Lula no pleito de 2022.

"Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e quando eu cheguei lá era isso... Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente... E eu falei: 'Desculpa gente, não vai rolar'", disse Jojo.

Presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR) classificou a declaração como "mentira deslavada" e prometeu uma representação judicial contra a cantora. "Terá de responder por isso", disse a petista. Segundo a assessoria da federação, uma ação judicial cível indenizatória será protocolada contra a cantora.

Segundo a parlamentar, o assunto foi pautado por "redes da extrema direita" para despistar a atenção do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Além do ex-presidente, a lista dos 37 indiciados pela PF contém nomes que fizeram parte do alto escalão da gestão federal anterior, como Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além de aliados de confiança de Bolsonaro, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e Filipe Martins, seu ex-assessor internacional.

Nesta terça, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu os autos da investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e suspendeu o sigilo do documento.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 25, após criticar o delegado Fábio Schor em discurso na Câmara dos Deputados. Em 14 de agosto, Hattem acusou Schor de produzir "relatórios fraudulentos" sobre o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins.

Em discurso, levantando uma foto do delegado, Hattem afirmou: "Não tenho medo de falar e repito: eu quero que as pessoas saibam, sim, quem é este dito policial federal que fez vários relatórios absolutamente fraudulentos contra pessoas inocentes, inclusive contra Felipe Martins [ex-assessor de Bolsonaro na Presidência]". Na mesma ocasião, o parlamentar afirmou que o delegado tem "agido como bandido". Ao final, reforçou: "Eu tenho imunidade parlamentar. Deveria até ter começado dizendo isso".

A PF, por sua vez, considera que as declarações de Hattem configuram calúnia e difamação, e que seu discurso imputou falsamente crimes ao delegado. Procurada, a PF não havia respondido, até a publicação deste texto, à solicitação do Estadão para comentar o caso.

Procurada pelo Estadão, a assessoria do deputado encaminhou uma live de Hattem realizada no Instagram na noite desta segunda-feira, 25, na qual ele classifica o indiciamento como "ridículo e absurdo". "Quem denuncia o que está acontecendo na Polícia Federal, como eu fiz na tribuna da Câmara e vou continuar fazendo, está sendo alvo de investigação, mas o que eu denunciei, não vai ser investigado", alega o deputado.

Hattem, também menciona a entrevista a jornalistas feita por Bolsonaro na noite desta segunda-feira, 25, em que ele o defendeu, dizendo que o indiciamento de Hattem é "um ataque ao Parlamento brasileiro."

"Cheguei na Câmara em 91, e tinha esse problema sempre: o que pode e o que não pode falar o deputado" disse Bolsonaro. "Aí, alguém inventou uma emenda e foi acrescido o pronome 'quaisquer' no artigo 53 da Constituição. Então, os parlamentares são invioláveis por quaisquer de suas opiniões".

Hattem diz que não vai cumprir "ordens ilegais" e descreve o relatório da Polícia Federal como "clandestino". Na mesma ocasião, também criticou a Operação Contragolpe, que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas por tramar um golpe que incluia o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais.

"Esses relatórios têm mais furos que queijo suíço. São cheios de inconsistências. Eles fazem uma narrativa na imprensa para ir colando no público", criticou Van Hattem.

Entenda o caso

Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro na operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro. Em 9 de agosto, foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A acusação de Hattem ao delegado Fábio Schor em discurso na Câmara dos Deputados, aconteceu na semana seguinte à soltura de Martins.

Filipe Martins também foi uma das 37 pessoas indiciadas na Operação Contragolpe, que revelou um plano golpista que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Atualmente ele se encontra em liberdade provisória.

Hattem criticou ainda o pedido de extradição feito pela PF para os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, também alvos de inquéritos do STF.

Partido Novo se posiciona

O Partido Novo defendeu Marcel van Hattem em uma nota divulgada nesta terça-feira, 26. Leia na íntegra:

"A bancada federal do partido Novo manifesta sua indignação e repúdio ao indiciamento do Deputado Marcel van Hattem pela Polícia Federal, em razão de declarações feitas no exercício legítimo de sua função parlamentar.

Este ataque representa uma afronta direta à imunidade parlamentar, garantida pelo artigo 53 da Constituição Federal, que assegura aos deputados e senadores inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos. Esta proteção não é um privilégio pessoal, mas um pilar essencial para a defesa da democracia liberal e do Estado de Direito, permitindo o debate franco e a fiscalização de agentes públicos.

É inadmissível que um parlamentar seja intimidado por cumprir seu dever de expor abusos e proteger os direitos dos cidadãos. Em vez de indiciar o Deputado Marcel van Hattem, as autoridades deveriam direcionar suas investigações ao delegado denunciado por ele, cujas ações são objeto de graves acusações de abuso de autoridade.

O indiciamento do Deputado Marcel van Hattem é um precedente perigoso e inadmissível, que ameaça a liberdade de expressão e o livre exercício das prerrogativas parlamentares. A bancada do Novo não cederá a qualquer tentativa de intimidação ou censura que comprometa a independência do Poder Legislativo e o livre exercício da atividade parlamentar."

Na matéria divulgada anteriormente, havia uma incorreção no título. Segue o texto corrigido.

Após afirmar, sem apresentar provas, que recebeu uma proposta de compensação financeira para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022, a cantora Jordana Menezes, que usa o nome artístico de "Jojo Todynho", poderá ter que responder na Justiça sobre a acusação. É o que promete a Coligação Brasil da Esperança, segundo a própria assessoria da federação partidária, formada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Verde (PV).

Em entrevista ao canal do YouTube da plataforma Brasil Paralelo nesta segunda-feira, 25, a cantora afirmou, sem provas, ter recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para declarar apoio a Lula no pleito de 2022.

"Ligaram, marcaram um almoço, falaram que era um trabalho e quando eu cheguei lá era isso... Me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando o Lula veio candidato a presidente... E eu falei: 'Desculpa gente, não vai rolar'", disse Jojo.

Presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR) classificou a declaração como "mentira deslavada" e prometeu uma representação judicial contra a cantora. "Terá de responder por isso", disse a petista. Segundo a assessoria da federação, uma ação judicial cível indenizatória será protocolada contra a cantora.

Segundo a parlamentar, o assunto foi pautado por "redes da extrema direita" para despistar a atenção do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Além do ex-presidente, a lista dos 37 indiciados pela PF contém nomes que fizeram parte do alto escalão da gestão federal anterior, como Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além de aliados de confiança de Bolsonaro, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e Filipe Martins, seu ex-assessor internacional.

Nesta terça, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu os autos da investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e suspendeu o sigilo do documento.