Ataques da Ucrânia em território russo serão respondidos com mísseis, afirma Putin

Internacional
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país possivelmente deve continuar a atacar a Ucrânia com míssil balístico de alcance intermediário, em participação na reunião do Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 28, de acordo com transmissão da RT. Segundo ele, a produção russa de mísseis aumentará no próximo ano.

Na ocasião, o Kremlin prometeu responder aos ataques em território russo e disse que vários mísseis Oreshnik lançados de uma só vez podem causar os mesmos danos de um ataque nuclear. "Embora, certamente, o Oreshnik não seja uma arma de destruição em massa", ressaltou.

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O Congresso pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação das emendas parlamentares após a sanção do projeto de lei (PL) que cria novos critérios para os repasses. Na manifestação anexada aos processos na noite de ontem, a advocacia do Senado diz que "foram atendidos os requisitos formais e materiais das decisões" da Corte que suspenderam as emendas até o Congresso editar regras de transparência e rastreabilidade.

O Congresso também argumentou que há "perigo de demora" diante da proximidade do encerramento do exercício financeiro. "Há obras e serviços já realizados, mas cujo pagamento encontra-se suspenso, gerando graves prejuízos a terceiros de boa-fé. Há também obras e serviços paralisados por suspensão de pagamentos, a ensejar prejuízo a particulares e ao interesse público", diz a manifestação.

Caberá ao ministro Flávio Dino, relator das ações sobre emendas, avaliar o pedido. Depois, a decisão de liberar ou não os repasses será analisada pelo plenário do Supremo. Nesta semana Dino está em São Luís (MA), onde vai se casar no sábado.

Em agosto, após o Supremo suspender a execução de todas as emendas impositivas, os Três Poderes firmaram um consenso com condições para a liberação. Entre os pontos acordados, está a identificação do destino das "emendas pix", a destinação de emendas de bancada a projetos estruturantes e o envio de emendas de comissão a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo.

O PL das emendas foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira, 26. Um estudo feito por técnicos do próprio Senado diz que o projeto não atende a todos os critérios de transparência. Uma das críticas apontadas é sobre as emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto. Pelo texto, ainda não há obrigação de mostrar o nome dos verdadeiros padrinhos das verbas, que são apresentadas como de responsabilidade do colegiado.

"O projeto não responde a praticamente nenhuma das exigências colocadas (pelas decisões do STF): de 14 critérios e parâmetros identificados, apenas 3 deles são atendidos

substancialmente pelos dispositivos do projeto, e, ainda assim, esses dois quesitos já constam dos normativos vigentes", diz a nota técnica solicitada pelo senador Eduardo Girão (Novo).

A possibilidade de o governo bloquear emendas parlamentares também ficou fora do projeto. No acordo entre STF, Legislativo e Executivo, ficou acertado que as emendas serão vinculadas à receita corrente líquida, com o objetivo de impedir que elas cresçam em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o Planalto irá enviar um novo projeto que propõe estabelecer um bloqueio de emendas de 15% proporcional ao bloqueio das despesas discricionárias do Poder Executivo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que ainda não é o momento para discutir seu papel nas eleições de 2026, mas demonstrou "disposição" para concorrer à Presidência. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 27, durante uma visita a Pequim, na China.

Para Leite, o Brasil precisa de um nome fora da polarização entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu quero, com toda a honestidade, ajudar a viabilizar o País com uma alternativa a essa polarização. Se Bolsonaro é inelegível e Lula não satisfaz o que nós entendemos que o País precisa, nós temos uma responsabilidade de buscar uma alternativa", disse no evento, como publicado pelo jornal O Globo.

Leite também disse que, atualmente, "não é candidato a nada". "Eu já estive com disponibilidade e naturalmente eu tenho disposição (para disputar à Presidência), mas não vou colocar aspiração pessoal à frente do que eu acho que é maior, que é viabilizar uma alternativa", afirmou.

Embora crítico da atual gestão federal, o governador reconheceu que o ambiente institucional sob Lula está mais estável, destacando que o presidente demonstra "disponibilidade de dialogar".

"Não foi nada inteligente a forma como o governo Bolsonaro se apresentou para o mundo", disse. Na avaliação de Leite, o presidente Lula restabeleceu essas conexões que impactaram a diplomacia brasileira, "mas tem tantas outras reprováveis". Ele cita como equivocadas as relações com a Venezuela, o Irã e a Ucrânia, bem como manifestações em relação a Israel.

Embora reconheça que as relações institucionais com o presidente Lula são "muito mais elevadas" em comparação com o governo Bolsonaro, Eduardo Leite não poupou críticas ao governo federal pelas promessas de auxílio ao estado após as enchentes, que, segundo ele, ainda não foram cumpridas.

Em agosto, Leite, fez declarações críticas ao governo, citando um "descompasso" entre o que havia sido anunciado e que está chegando na ponta, em relação à reconstrução do Estado após as enchentes do mês de maio.

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), chamou nesta quarta-feira, 27, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "covarde" por não ter consumado um golpe de Estado no País em 2022. O ex-chefe do Executivo federal e outras 36 pessoas, entre militares e aliados dele, foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por participação em uma trama golpista.

"Eles não concretizaram esse golpe porque tem muita covardia. Bolsonaro é um covarde, um medroso", disse a deputada, afirmando que o ex-presidente "não teve coragem de ir até o final". Em entrevista à CNN Brasil, Gleisi classificou como grave os indícios reunidos pela PF sobre a trama golpista, que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"(Bolsonaro) Resolveu ir embora, para ver de fora a tentativa de golpe do 8 de Janeiro, para não se envolver e também não ser preso. E perderam, iam perder se tentassem, mas eles tentaram. Ou seja, essa gente está aí conspirando", disse a Gleisi, se referindo à ida de Bolsonaro aos Estados Unidos no final de 2022, quando escolheu não entregar a faixa presidencial à Lula.

Durante a entrevista, a petista sustentou em diversos momentos que uma anistia não seja concedida aos participantes da invasão golpista, como defendem parlamentares bolsonaristas e o próprio ex-presidente. Para isso, Gleisi defendeu que a comissão especial para analisar o projeto que concederia o perdão político instalada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não siga adiante.

"Anistia vai servir, única e exclusivamente, para dizer: podem fazer novamente", disse. Gleisi comparou a situação com o golpe militar de 1964, em que os responsáveis não foram punidos rigorosamente, afirmando que, cada vez que um passo é dado no sentido de "apaziguar com anistia", a história pode se repetir.

Questionada sobre o posicionamento do vice-presidente do PT, deputado e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá (PT-RJ), sobre manter o processo de julgamento e condenação de quem encabeçou e financiou os atos, mas anistiar quem participou de forma "ingênua", Gleisi afirmou que o posicionamento é isolado, pessoal e não reflete o que pensa o partido sobre o tema.

"Incautos também têm que pagar. E não sei se tinham incautos ali, porque ninguém vai para uma praça, como foi no 8 de Janeiro, vendo a depredação, participando do processo, e é incauto. As pessoas sabem o que é violência, o que é depredação, o que é baderna."