Ataque israelense atinge acampamento para deslocados em Gaza e mata duas crianças

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Ataques de Israel na Faixa de Gaza mataram pelo menos seis pessoas, incluindo duas crianças pequenas. Elas estavam abrigadas com a família em um acampamento para deslocados pelo conflito, segundo autoridades médicas do enclave palestino. O Exército israelense, por outro lado, disse não ter conhecimento sobre os bombardeios.

O ataque na área de Muwasi - vasto acampamento que abriga centenas de milhares de deslocados - feriu a mãe e um dos irmãos, além de matar as duas crianças pequenas, informou o Hospital Nasser, nas proximidades. Um repórter da Associated Press no local viu os corpos.

Outro ataque na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, matou quatro homens, de acordo com registros hospitalares.

O exército israelense disse não ter conhecimento sobre os ataques. O país afirma que a ofensiva tem como alvo os terroristas do Hamas e que adota medidas para evitar danos aos civis. Ainda assim, os bombardeios matam mulheres e crianças com frequência.

Ex-ministro da Defesa acusa Israel de crimes de guerra

O ex-general e ministro da Defesa de Israel Moshe Yaalon acusou o governo de promover uma limpeza étnica no norte de Gaza. Em ofensiva que se arrasta há semanas, o Exército isolou as cidades de Beit Hanoun e Beit Lahiya, além do campo de refugiados de Jabaliya, que estão praticamente sem acesso à ajuda humanitária. A ONU estima que 75 mil pessoas permanecem na região.

Yaalon serviu como ministro da Defesa de Binyamin Netanyahu até renunciar em 2016 e despontou como crítico feroz do primeiro-ministro. Ele afirmou que o seu governo de extrema-direita está determinado a "ocupar, anexar, e realizar uma limpeza étnica" em entrevista à imprensa local no sábado. "(Eles estão), na verdade, limpando o território de árabes." E insistiu neste domingo: "Crimes de guerra estão sendo cometidos."

O Likud, partido de Netanyahu, criticou declarações anteriores de Yaalon, que acusou de promover "afirmações falsas" que são "um prêmio para o Tribunal Penal Internacional e o campo dos inimigos de Israel."

O TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, o ex-ministro da defesa Yoav Gallant, além do ex-comandante do Hamas Mohammed Deif, o mentor do ataque terrorista de 7 de outubro, que o Exército israelense afirma ter matado. Eles foram acusados de crimes contra a humanidade. Em paralelo, a Corte Internacional de Justiça investiga denúncia de genocídio contra Israel. O país rejeita as acusações.

A guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas, matou 44 mil palestinos, sendo mais da metade mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz a distinção entre civis e combatentes. Israel, do outro lado, afirma ter matado 17 mil terroristas, sem apresentar evidências.

Em outra categoria

A juíza Rejane Zenir JungBluth Suxberger, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, colocou no banco dos réus o empresário e delator Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque e mais 36 investigados da antiga Operação Lava Jato. Eles eram acusados de supostos crimes de corrupção, gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de ativos e organização criminosa na construção e ampliação da "Torre de Pituba", nova sede da Petrobras em Salvador.

O Estadão busca contato com a defesa dos investigados. O espaço está aberto para manifestações.

O caso nasceu da Operação Lava Jato e era conduzido pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Depois, foi remetido para a Justiça Eleitoral de Brasília após o Supremo Tribunal Federal reconhecer a competência da mesma para analisar ações conexas a crimes eleitorais. Além disso, o processo foi atingido pela anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht, mas ainda assim permaneceu de pé.

O Ministério Público Federal ofereceu nova denúncia no processo, apontando que mesmo com a exclusão de inúmeras provas, a acusação ainda se mantinha de pé. No último dia 13, Suxberger considerou que "estão presentes os pressupostos processuais e as condições da ação para o recebimento da denúncia".

"A justa causa reside na probabilidade do cometimento dos fatos atribuídos aos denunciados, que se sucederam em torno das obras de ampliação do Conjunto Torre de Pituba, destinada a abrigar a nova sede da Petrobrás em Salvador/BA. Nesse contexto, se verificou possível prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira e lavagem de dinheiro, no bojo de organização criminosa", anotou a magistrada.

Segundo a juíza, há "indício de materialidade" dos crimes, considerando documentos e depoimentos colhidos ao longo do inquérito, seja com diligências em operações, com acordos de colaboração e no próprio curso da ação penal, enquanto tramitou perante a 13ª Vara Federal de Curitiba. O despacho foi publicado no último dia 18.

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), enfrentou críticas nas redes sociais após ser flagrado neste sábado, 30, assistindo à final da Copa Libertadores, em Buenos Aires, poucos dias depois de anunciar nas redes sociais que se licenciaria do cargo para cuidar da saúde após enfrentar uma pneumonia.

Em nota, o governo de Sergipe disse que o governador Fábio Mitidieri encontra-se licenciado desde o dia 26 de novembro, em agenda pessoal, em família, na Argentina, e que o afastamento foi comunicado à Assembleia Legislativa do Estado.

"O Estado certifica que a viagem foi custeada com recursos próprios, sem qualquer utilização de verbas públicas. Em respeito à população e ao compromisso com a transparência que norteia a gestão, o Estado informa que a decisão reflete a responsabilidade de separar compromissos oficiais de atividades de caráter pessoal, assegurando a máxima ética no uso do dinheiro público", diz a nota, acrescentando que o governador também cumpriu recomendação médica de afastamento de atividades após uma semana de tratamento por uma pneumonia.

Ele foi internado no dia 15 de novembro, quando recebeu o diagnóstico, permanecendo em tratamento hospitalar até o dia 17. Após a alta, passou a cumprir a agenda administrativa remotamente, em sua residência.

No último dia 26, Mitidieri comunicou pelas redes sociais que se afastaria por alguns dias para se recuperar de uma pneumonia. "Fala, meu povo! Tirei uns dias para garantir que minha saúde esteja 100% após pneumonia. O governo segue sob a orientação do nosso vice Zezinho Sobral. Agradeço a compreensão e reafirmo meu compromisso de estar sempre pronto para servir nosso Estado e os sergipanos", escreveu ele.

O Estadão tentou consultar o Diário Oficial do Estado para verificar o motivo do afastamento, mas o site estava fora do ar na manhã deste domingo, 1.º. O governador, porém, enviou à reportagem um documento, que foi encaminhado à Assembleia Legislativa no último dia 25, no qual comunica sua ausência do País para tratar de "assuntos particulares" e informa viagem para a Argentina entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro.

Uma imagem do governador assistindo ao jogo ao lado da esposa começou a circular no X (antigo Twitter) na noite de sábado, após a vitória inédita do Botafogo, time do qual Mitidieri é torcedor declarado. Usuários da rede social acusaram o chefe do Executivo estadual de utilizar o "atestado" como justificativa para viajar à capital argentina.

Mitidieri não publicou nas redes sociais fotos no Monumental, estádio do River Plate em Buenos Aires onde a final do campeonato aconteceu. Limitou-se a compartilhar uma foto com integrantes do time, acompanhada de uma legenda comemorando o título: "Depois de 89 minutos jogando a final da Libertadores com um a menos, conquistamos o tão sonhado título continental, a Libertadores da América".

Já a primeira-dama, Érica Mitidieri, que também ocupa o cargo de secretária estadual de Assistência Social, Inclusão e Cidadania, compartilhou nos stories do Instagram uma foto ao lado do marido vestindo a camisa do time.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Flávio Dino jantaram nesta sexta-feira, 29, na companhia de Ricardo Cappelli, interventor no Distrito Federal no pós-8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram tomar o poder à força.

O encontro ocorreu em São Luís, no Maranhão. Dino se casa neste sábado, 30, e Moraes e Cappelli estão entre os convidados da festa. "Jantando com minha família em São Luís na companhia dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que se casa no dia de hoje com a querida Daniela. Noite de muita alegria na linda Ilha do Amor", publicou Cappelli em seu perfil no Instagram.

Cappelli ocupou cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça no período em que Dino comandou o Ministério da Justiça no atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Com a saída de Dino rumo ao Supremo, ele deixou a pasta no começo deste ano. O atual comandante da pasta, Ricardo Lewandowski, aceitou a função de ministro com carta branca para formar equipe, o que ocorreu.

No dia 8 de janeiro de 2023, nomeado interventor pelo presidente Lula, Cappelli assumiu o comando da Polícia Militar do Distrito Federal. No controle das tropas, no entanto, não pôde realizar de imediato as prisões dos golpistas, acampados no QG de Brasília. Horas antes, as hordas que depredaram os prédios dos Três Poderes haviam saído de lá. Após uma resistência inicial do Exército, os acampados foram presos no dia seguinte. Hoje, Cappelli é presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).