Ministro da Defesa da Coreia do Sul oferece renúncia por papel no decreto de lei marcial

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O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong Hyun, e os principais conselheiros políticos do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ofereceram renúncia de seus cargos nesta quarta-feira, 4, após participação no decreto de lei marcial realizado na terça (3).

 

Nesta quarta, o Partido Democrata, que é da oposição, apresentou uma moção separada para o impeachment de Kim, que alegou ter recomendado a declaração de lei marcial para Yoon. Em comunicado, o partido diz que a situação foi uma "clara violação da constituição". "Foi um grave ato de rebelião e fornece motivos perfeitos para impeachment", detalha. Fonte: Associated Press.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou nesta quarta, 4, que o ministro Vital do Rêgo Filho foi eleito presidente da Corte para o ano de 2025. A votação ocorreu na sessão plenária neste momento. Já o ministro Jorge Oliveira foi eleito vice-presidente para o mesmo ano. Houve unanimidade na decisão.

A cerimônia de posse será no dia 11 de dezembro. Os mandatos são de um ano, com possibilidade de recondução por igual período. Vital do Rêgo é o atual vice-presidente da Corte. Ele foi senador pela Paraíba de 2011 até 2014, quando tomou posse no Tribunal de Contas da União.

Já o ministro Jorge Antonio de Oliveira Francisco entrou na Corte no fim de 2020. Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ele passou pelo cargo de ministro de estado chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Bruno Dantas fica presidência do TCU durante até o fim de 2024.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, esteve em Mato Grosso do Sul nesta terça-feira, 3, para um evento institucional e, diante dos magistrados do Estado, comentou as investigações envolvendo suspeitas de corrupção e venda de decisões no Tribunal de Justiça.

Seis desembargadores de Mato Grosso do Sul - cinco em exercício e um aposentado - são investigados pela Polícia Federal e pela Corregedoria do CNJ. Os magistrados em atividade foram afastados cautelarmente das funções. Eles também são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Barroso afirmou que ninguém deve ser condenado antes do julgamento. "Evidentemente, ao final do devido do processo legal, se tiver acontecido coisa errada, nós estamos aqui para as sanções adequadas. Mas não antes da hora", disse o ministro.

Os comentários foram feitos durante uma palestra no 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário, que neste ano ocorreu em Mato Grosso do Sul. O evento é organizado pelo CNJ. Houve conversas para mudar o local do encontro, por causa do desgaste provocado pelas investigações, mas Barroso decidiu manter o cronograma.

"Nós não pré-julgamos, nós só condenamos ao final do devido processo legal. E, portanto, não realizar o evento aqui em Mato Grosso Sul seria um pré-julgamento que não correspondem à maneira como nós achamos que a vida deve ser vivida", esclareceu o ministro.

O presidente do STF afirmou ainda que as instituições "são maiores do que as pessoas que eventualmente possam ter cometido erros". "O Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul tem centenas de magistrados entre desembargadores e juízes. Consequentemente, nós cancelarmos porque há uma investigação sobre três pessoas seria, na verdade, um desprestígio para todo o Judiciário, que aliás tem uma reputação elevada no cenário nacional", disse.

Barroso apresentou dados sobre a punição de magistrados pelo CNJ. No último ano, foram cinco aposentadorias compulsórias e 19 afastamento cautelares. O ministro afirmou que os números são "ínfimos" no universo de juízes do Brasil.

"Os números mostram que nós punimos uma quantidade limitada de juízes, mas que o Poder Judiciário não compactua com as coisas erradas quando elas aconteçam."

Além de Mato Grosso do Sul, desembargadores de outros seis Estados - Bahia, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Espírito Santo e Maranhão - e até assessores de gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça são investigados por suspeita de envolvimento em esquema de venda de decisões. Todos os processos disciplinares envolvendo os magistrados tramitam na Corregedoria do CNJ.

A Câmara dos Deputados entregou nesta quarta-feira, 4, a Medalha do Mérito Legislativo de 2024 para autoridades, personalidades e instituições. Dentre os homenageados deste ano, estão a advogada Eunice Rubens Paiva, já falecida, e seu filho, o escritor Marcelo Rubens Paiva. Os dois são retratados no filme Ainda Estou Aqui, baseado no livro homônimo de Marcelo. A atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice no longa metragem, também é uma das homenageadas. Também recebeu a condecoração o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Criada em 1983, a premiação valoriza contribuições de destaque em diversas áreas, como política, ciência, arte e causas sociais, e que tenham prestado serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil. A indicação de agraciados é feita por líderes partidários e membros da Mesa Diretora, com critérios que excluem pessoas ou entidades ligadas a casos de corrupção ou improbidade administrativa.

"O reconhecimento expresso pelas medalhas que ora entregamos tem um importante propósito: aproximar a Câmara dos Deputados dos cidadãos, para que ouçamos melhor suas vozes, que ecoam o verdadeiro espírito do nosso povo", disse o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), na solenidade.

A indicação de Donald Trump foi feita pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-líder da bancada evangélica, que hoje ocupa a segunda vice-presidência da Mesa. O presidente eleito dos EUA não compareceu e não enviou um representante. O parlamentar também indicou o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A indicação de Eunice Rubens Paiva e de Fernanda Torres foi feita pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), enquanto a indicação de Marcelo Rubens Paiva partiu do líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG). Eunice foi representada pelo neto, Chico Paiva. A atriz e o escritor não compareceram. Os ausentes receberão a medalha "oportunamente".

Também foram homenageados o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso; e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.