Caos da lei marcial na Coreia do Sul se aprofunda, com batidas e tentativa de suicídio

Internacional
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A crise da lei marcial na Coreia do Sul se ampliou quando o ex-ministro da Defesa preso tentou suicídio, os investigadores disseram que tentariam prender o líder Yoon Suk Yeol e a polícia tentou invadir o gabinete presidencial.

A Coreia do Norte também quebrou o silêncio sobre o assunto, chamando-o de um "incidente chocante do regime fantoche Yoon Suk Yeol", onde "armas e facas de sua ditadura fascista causaram estragos em toda a Coreia do Sul", de acordo com uma reportagem da mídia estatal da quarta-feira, 11.

Às 23h52 de terça-feira (horário local), Kim Yong-hyun, o ministro da Defesa do país que renunciou recentemente, tentou se enforcar no centro de detenção onde está detido por insurreição e outras acusações vinculadas à ordem da lei marcial, de acordo com o Ministério da Justiça da Coreia do Sul. O exército de Seul disse que Kim propôs a Yoon a ideia de instituir poderes de emergência, que buscavam restringir a atividade política, a mídia e os serviços de saúde.

Kim - o primeiro oficial importante a ser detido pela medida da lei marcial - estava atrás das grades desde domingo, depois de ter ido voluntariamente para interrogatório.

Ele tentou tirar a própria vida dentro do banheiro de sua cela, fazendo uma corda improvisada amarrando sua camiseta e calças térmicas, disse o Ministério da Justiça.

As autoridades intervieram imediatamente e impediram a tentativa. A condição de Kim é estável e ele está de volta à detenção, nos arredores de Seul, como de costume, disse o Ministério da Justiça. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) liderou a manifestação bolsonarista em Belo Horizonte neste domingo, 3, e usou o seu discurso para provocar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi alvo de sanções do governo norte-americano de Donald Trump na última semana.

"Alexandre de Moraes, você é um cara corajoso. Mas sem toga você é nada", disse Niikolas. "Nós muito bem sabemos que o STF não é o dono do Brasil", completou.

O parlamentar ainda disse ter tido um dia "magnitsky" na última quarta-feira, 30, quando a lei de mesmo nome foi aplicada contra o magistrado. Ainda em seu gesto de provocação ao ministro, Nikolas disse que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não violou a soberania popular ao "fritar um cabeça de ovo com a Lei Magnitsky".

O dispositivo legal acionado pela Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos contra Moraes impõe sanções financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos.

Em seu discurso, Nikolas ainda afirmou que a prioridade do movimento bolsonarista deve ser o "Fora Lula" e, em segundo lugar, o impeachment de Moraes.

O deputado listou os episódios recentes em que presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi à Argentina apoiar a ex-presidente Cristina Kirchner condenada por corrupção e o empréstimo de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para trazer a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia como exemplos de violação da soberania de outros países.

O argumento foi usado para relativizar o movimento de Eduardo em defesa de sanções ao Brasil como forma de pressionar os ministros do STF a arquivar a ação penal contra o seu pai, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

Manifestações no País

Além de Belo Horizonte, as manifestações ocorrem em diversas cidades do País, incluindo em municípios do interior.

Mais cedo, houve protestos em Brasília, Goiânia e no Rio de Janeiro. A maior mobilização se concentra em São Paulo, na Avenida Paulista, em ato puxado pelo pastor Silas Malafaia.

No Rio de Janeiro, o ato foi liderado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ato ocorreu na orla de Copacabana.

Em Brasília, a manifestação foi feita em forma de passeata na eixo de lazer.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) faltou ao ato na Avenida Paulista, mas participou da manifestação realizada em Belém.

"Hoje é o dia em que se comemora o Fim da Censura no Brasil! Censura que, infelizmente, voltou! Que as manifestações de hoje reacendam o vigor brasileiro para recuperarmos nossa liberdade e acabar com o avanço da censura no Brasil ! Aqui em Belém, pude sentir toda a emoção e vibração positiva do povo do Norte", afirmou Michelle em posto nas redes sociais após o evento.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha mostra que 61% dos entrevistados não votariam "de jeito nenhum" em candidatos que prometessem livrar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e outras pessoas de condenações pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Segundo a pesquisa, uma parcela de 19% das pessoas entrevistadas disse que "votaria com certeza" em quem prometesse livrar Bolsonaro de potencial punição, enquanto 14% disseram que "talvez" votariam.

Os 6% restantes disseram não saber se apoiariam o candidato que se comprometesse com a anistia.

A pesquisa foi realizada presencialmente com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em 130 municípios pelo Brasil nos dias 29 e 30 de julho e tem margem de erro geral de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse neste domingo, 3, durante manifestação de bolsonaristas na Avenida Paulista que esta semana será protocolado o 30º pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ferreira afirmou também que ou os senadores expurgam Moraes do STF, ou eles serão expurgados do Congresso em 2026. "Estamos escrevendo e vai chegar na mesa do Davi Alcolumbre essa semana", afirmou, referindo-se ao presidente do Senado.

O deputado federal também cobrou que seja pautado o projeto de anistia para condenados pela tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023. "Presidente Hugo Motta [presidente da Câmara, Hugo Motta], chegou a hora de dividir os meninos dos homens. Não brinque com a vida das pessoas presas injustamente, e com penas desproporcionais por um jogo político. Só estou pedindo, paute a anistia, porque o resto nós vamos fazer."