Canadá: premiê de Ontário diz que cortará venda de energia para os EUA se houver tarifas

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O primeiro-ministro de Ontário, província mais populosa do Canadá, disse nesta quarta-feira (11) que cortará o fornecimento de energia para os Estados Unidos se o presidente eleito Donald Trump impuser tarifas abrangentes a todos os produtos canadenses.

"Vamos montar nossa lista, e tenho certeza de que as outras províncias também farão isso. Mas faremos tudo, dependendo de até onde isso for. Chegaremos ao ponto de cortar a energia deles", disse Doug Ford, após se reunir com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e outros premiês provinciais. Ford disse que não queria que isso acontecesse, mas que também não estava otimista de que o Canadá poderá evitar tarifas.

Recentemente, Trump ameaçou impor tarifas de 25% sobre todos os produtos que entram nos EUA vindos do Canadá e do México, a menos que os dois países contenham o fluxo de migrantes e de drogas.

Cerca de 60% das importações de petróleo dos EUA são do Canadá, assim como 85% das importações de eletricidade. Aproximadamente um terço do comércio do Canadá com os EUA envolve energia. Fonte: Associated Press.

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A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diminuiu pela primeira vez desde novembro do ano passado. O dado é da pesquisa AtlasIntel em conjunto com a Bloomberg, divulgada nesta terça-feira, 1º.

De acordo com o levantamento, 49,6% consideram o governo Lula ruim ou péssimo. 37,4% consideram ótimo ou bom e 12,5% acham regular. 0,5% não sabem. Em fevereiro, 50,8% classificavam o governo como ruim ou péssimo.

Contudo, de fevereiro para março, o índice de aprovação do desempenho do presidente Lula, que era de 45,7%, foi para 44,9%. O de desaprovação, que era de 53%, foi para 53,6%. As duas variações estão dentro da margem de erro.

A pesquisa foi feita com 4.659 brasileiros, por meio de questionário respondido pela internet entre os dias 20 e 24 de março. A margem de erro é de um ponto porcentual e a taxa de confiança de 95%.

Entre as áreas em que o governo federal é pior avaliado estão responsabilidade fiscal e controle de gastos; indústria, energia e sistema elétrico; e impostos e carga fiscal.

A pesquisa também simulou alguns cenários eleitorais. Quando perguntados em quem votariam se as eleições presidenciais fossem acontecer no próximo domingo e se os candidatos fossem os mesmos de 2022, a situação de polarização se repete: 45,6% votariam no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível por conta de duas decisões do TSE, e 40,6% no presidente Lula.

Quando o cenário apresentado pela pesquisa incluiu Lula, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB), Ronaldo Caiado (União), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), Romeu Zema (Novo) e Marina Silva (Rede), Lula e Tarcísio ficam entre os melhores colocados.

Lula: 41,7%

Tarcísio: 33,9%

Pablo Marçal: 5,4%

Ronaldo Caiado: 3,8%

Eduardo Leite: 3,6%

Simone Tebet: 3,3%

Romeu Zema: 1,6%

Marina Silva: 0,5%

Não sei/branco/nulo: 6,2%

O instituto também fez algumas simulações e segundo turno. Há empates técnicos entre Tarcísio de Freitas (47%) e Lula (46%) e entre Jair Bolsonaro (48%) e Lula (46%). Na disputa entre Pablo Marçal e Lula, o ex-coach, hoje também inelegível, venceria hoje por 51% a 46%. Entre Lula e Ronaldo Caiado, que também tem decisão da Justiça Eleitoral proibindo-o e concorrer, o atual presidente venceria por 47% a 37%. O petista também venceria Eduardo Leite, por 46% a 36% e Romeu Zema (44% a 25%).

O PL entrou em obstrução total na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 1º, após a falta de um sinal positivo para tramitar o projeto de lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro. O resultado já refletiu nos colegiados da Casa - a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante de todas, teve a sessão cancelada.

Até enquanto não houver o número mínimo para o início da sessão, deputados do partido não deverão registrar presença nem no plenário e nem em nenhuma das comissões, com exceção da segurança pública e de relações exteriores e defesa nacional, comandadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A obstrução é um recurso regimental utilizado pelos parlamentares com o objetivo de impedir o prosseguimento dos trabalhos legislativos. A ideia é desacelerar por completo o avanço de propostas em todas as instâncias da Câmara - inclusive no plenário.

Como mostrou o Estadão, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), manifestou um ultimato ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-RJ), caso ele não instruísse algum avanço à proposta da anistia. Caso nenhum sinal fosse dado, a sigla entraria em obstrução.

Sóstenes visitou Motta na manhã desta terça-feira, 1º, e deicidiu pela obstrução após a falta de resposta. Mais cedo, Sóstenes esteve, ao lado de Bolsonaro, dos líderes da oposição, Zucco (PL-RS), e da minoria, Carol de Toni (PL-SC), do primeiro-vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) e de outros correligionários definindo estratégias sobre a anistia na Casa.

Na semana anterior, o PL botou o pé no freio e moveu apenas uma obstrução parcial, já que, na ausência de Motta, que foi ao Japão, Côrtes presidiu a sessão.

Zucco diz que o momento é de "atuar de forma forma muito firme". "Para momentos de anormalidade institucional, precisamos atuar de forma muito firme. Portanto, a orientação é para obstruir todas as pautas. Nada mais importante agora do que buscar reparação para as centenas de presos e refugiados políticos do Brasil", afirma.

Inicialmente, Sóstenes manifestou que "outras nove siglas" estariam apoiando a anistia e entrariam em obstrução em consonância com o PL.

Reservadamente, líderes partidários na Câmara dizem que é um movimento inicialmente único do partido e dos bolsonaristas.

Na leitura desses deputados, este não é o momento para discutir anistia, e há a prioridade deverá ser destinada à pauta econômica. Além dos deputados do PL, aderem a obstrução apenas deputados de outros partidos fortemente identificados com a pauta bolsonarista.

O posicionamento dessas lideranças foi manifestado após a viagem de alguns deles com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão e ao Vietnã, num gesto que busca estreitar as relações afetadas entre o Palácio do Planalto e figuras relevantes do Centrão no Congresso Nacional.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão imediata de novos repasses de emendas parlamentares para as universidades estaduais e suas fundações de apoio em oito Estados: Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Sergipe. De acordo com Dino, em despacho publicado nesta terça-feira, 1º, esses Estados não enviaram ao STF novas regras de transparência para a aplicação da verba federal.

O ministro ainda deu mais 15 dias para os Estados Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins complementarem as informações já enviadas, que foram consideradas insuficientes por Dino.

Em 12 de janeiro, o ministro mandou a União e os Estados publicarem novas normas e orientações sobre a aplicação e prestação de contas adequadas das emendas parlamentares.

A determinação veio após um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar que 13 entidades sem fins lucrativos que recebem um grande montante de emendas não dão transparência ao uso dos recursos.

Oito fundações ligadas a universidades públicas estavam entre essas entidades que sofreram bloqueio de repasses de emendas parlamentares.