Canadá: premiê de Ontário diz que cortará venda de energia para os EUA se houver tarifas

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O primeiro-ministro de Ontário, província mais populosa do Canadá, disse nesta quarta-feira (11) que cortará o fornecimento de energia para os Estados Unidos se o presidente eleito Donald Trump impuser tarifas abrangentes a todos os produtos canadenses.

"Vamos montar nossa lista, e tenho certeza de que as outras províncias também farão isso. Mas faremos tudo, dependendo de até onde isso for. Chegaremos ao ponto de cortar a energia deles", disse Doug Ford, após se reunir com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e outros premiês provinciais. Ford disse que não queria que isso acontecesse, mas que também não estava otimista de que o Canadá poderá evitar tarifas.

Recentemente, Trump ameaçou impor tarifas de 25% sobre todos os produtos que entram nos EUA vindos do Canadá e do México, a menos que os dois países contenham o fluxo de migrantes e de drogas.

Cerca de 60% das importações de petróleo dos EUA são do Canadá, assim como 85% das importações de eletricidade. Aproximadamente um terço do comércio do Canadá com os EUA envolve energia. Fonte: Associated Press.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai passar por um novo procedimento cirúrgico na manhã desta quinta-feira, 12, com o objetivo de impedir o fluxo de sangue em uma região do cérebro. A intervenção busca barrar novos sangramentos como o que obrigou o petista a ser internado em São Paulo, no Hospital Sírio-Libanês, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada de terça, 10. Lula vai passar por um procedimento endovascular. Segundo os médicos que o acompanham, a intervenção foi decidida ontem e faz parte da "programação terapêutica".

A nova cirurgia - embolização de artéria meníngea média - pretende remover o sangue que se acumula entre o cérebro e a camada protetora de tecido encefálico. Um boletim divulgado na tarde de ontem anunciou a decisão dos médicos. Em seguida, o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal do presidente, conversou com jornalistas em frente ao hospital.

"A necessidade é avaliada conforme a evolução do paciente", disse ele, classificando o procedimento como de baixo risco e afirmando que ele foi muito discutido ontem entre os médicos.

Segundo Kalil, trata-se de uma espécie de cateterismo, com o objetivo de reduzir o risco de novos sangramentos. "É uma cirurgia simples, sem grandes riscos", declarou. Conforme o médico, a cirurgia deve durar cerca de uma hora. "Já estava sendo discutido, como complemento ao procedimento cirúrgico, esse tipo de embolização, que é um tipo de cateterismo, que ele vai embolizar a chamada artéria meníngea. Por que? Porque quando você drena o hematoma, existe uma pequena possibilidade de, no futuro, as pequenas artérias da meninge ainda causarem um pequeno sangramento", disse.

"Esse procedimento não é em centro cirúrgico, é numa sala de cateterismo. Esse procedimento deve demorar em torno de mais ou menos uma hora. É via femoral, é um procedimento relativamente simples e de baixo risco", reiterou.

Na noite de segunda-feira, 9, Lula, de 79 anos, sentiu fortes dores de cabeça e foi encaminhado para a unidade de Brasília do Sírio-Libanês. Após exames, uma hemorragia cerebral foi constatada, e o presidente precisou ser transferido de avião para a capital paulista. Ele passou por um procedimento de trepanação - que consiste na perfuração do crânio com o objetivo de acessar o espaço intracraniano - para drenagem do hematoma.

Boletins

Uma nova atualização do estado de saúde do chefe do Executivo federal está prevista para as 10h de hoje. O primeiro boletim de ontem dizia que o presidente estava "lúcido", "orientado" e "conversando". Segundo o informe médico divulgado às 16h pelo Sírio-Libanês, Lula permanecia sob cuidados intensivos. "Passou o dia bem, sem intercorrências, realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares."

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, escreveu em suas redes sociais que o presidente teve um "mais um dia tranquilo de recuperação". Segundo ela, em breve Lula voltará "renovado para seguir trabalhando com o Brasil". Em sua manifestação, a primeira-dama não citou a necessidade do novo procedimento cirúrgico. Por decisão da equipe médica, o presidente poderá receber visitas somente de familiares. A previsão inicial era que ele tenha alta hospitalar na próxima semana.

O neurologista Diogo Haddad, chefe do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicou que a embolização da artéria meníngea média é um procedimento preventivo para evitar novos sangramentos relacionados a hematomas subdurais (entre a cabeça e o crânio), como o que acometeu o presidente.

Segundo Haddad, a realização da embolização não indica, necessariamente, piora no quadro clínico. "Pode ser uma medida preventiva e protocolar para garantir o controle eficaz do sangramento e minimizar o risco de recorrência do hematoma. É uma estratégia complementar para otimizar os resultados do tratamento."

Estatísticas

O ressurgimento dos hematomas é uma questão com estatísticas preocupantes, segundo a neurologista Sheila Martins, chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento. De acordo com estudo divulgado no periódico American Heart Association Journals, por exemplo, as taxas de recorrência após trepanação, cirurgia feita pelo presidente, podem chegar até 30%. "Contra isso, a embolização é uma técnica que, recentemente, ficou comprovada em estudos internacionais como muito eficaz para reduzir essa recorrência", completou Martins.

O procedimento é realizado com o paciente sob anestesia. Um cateter fino é inserido em uma artéria, geralmente na virilha, e guiado até a artéria meníngea média no cérebro com auxílio de imagens de raios-X em tempo real (mais informações nesta página). "Uma vez em posição, materiais embolizantes, como espirais de platina ou adesivos líquidos, são liberados para bloquear o fluxo sanguíneo na artéria alvo, controlando o sangramento e prevenindo novos hematomas", detalhou Martins.

Após o procedimento, o paciente pode necessitar de observação em hospital por um ou dois dias. Já a recuperação completa pode variar de algumas semanas a meses, com a necessidade de evitar atividades intensas. "Geralmente, o paciente pode retornar gradualmente às atividades cotidianas, dependendo do progresso individual."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 12, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorito na eleição de 2026, caso opte por concorrer. De acordo com levantamento, o petista venceria o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros nomes da direita em cenários estimulados para o 2º turno da corrida presidencial.

Segundo a pesquisa, Lula venceria Bolsonaro na segunda etapa eleitoral por 51% contra 35%. Já contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula venceria por 52% contra 26%. Em uma disputa contra o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que foi candidato à Prefeitura de São Paulo, o petista venceria por 52% contra 27%. Por fim, contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Lula venceria a disputa por 54% a 20%.

A pesquisa mostrou que 52% acham que Lula não deveria se candidatar à reeleição em 2026, contra 45% que acreditam que o petista deveria disputar o pleito. Em outubro, o número contra a reeleição do presidente era maior. Segundo levantamento anterior, 58% achavam que Lula não deveria se candidatar à reeleição em 2026, contra 40%

A pesquisa foi feita entre os dias 4 a 9 de dezembro, antes da cirurgia às pressas a que Lula foi submetido nesta semana. O procedimento foi realizado após a identificação de uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido pelo chefe do Executivo em outubro.

Caso Lula não concorra em 2026, o nome favorito para ser o candidato do governo, segundo a pesquisa, é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Assim como o atual chefe do Executivo, Haddad venceria todos os mesmos nomes da direita.

Contra Bolsonaro, Haddad venceria por 42% contra 35%. Em uma disputa contra Tarcísio, o ministro da Fazenda venceria por 44% a 25%. Já contra Marçal, Haddad seria o vitorioso por 42% a 28%. Por fim, contra Caiado, o chefe da Fazenda ganharia o pleito por 45% a 19%.

Já caso Bolsonaro, que hoje está inelegível, não possa mesmo ser candidato em 2026, o nome visto como o mais forte para disputar com Lula é o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

Arrependimento

O levantamento também mostrou que, ao fazer uma avaliação geral do segundo ano de governo Lula 3, 10% dos eleitores se arrependem de seu voto. O índice mostra um aumento em relação a dezembro de 2023, quando constavam 6% dos eleitores como arrependidos. Enquanto isso, 84% não se arrependem de seu voto, versus 88% em dezembro de 2023.

A pesquisa contou com 8.598 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de um ponto porcentual e o índice de confiança é de 95%.

O médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Kalil Filho, disse por volta das 8h30 desta quinta-feira, 12, que o procedimento cirúrgico feito no presidente no início desta manhã "foi um sucesso".

Lula foi submetido a um novo procedimento cirúrgico por volta de 7h25 da manhã. O procedimento trata-se de uma embolização de artéria meníngea média, com o objetivo de conter novos sangramentos na cabeça.

Segundo Kalil, o procedimento durou menos de uma hora e mais detalhes serão divulgados em coletiva de imprensa às 10h.

"Lula está acordado e conversando", afirmou o médico a jornalistas. Kalil ainda frisou que o presidente da República vai agora para o mesmo leito que estava na UTI.