Na Coreia do Sul, oposição apresenta novo pedido de impeachment do presidente

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O parlamento da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira, 12, que seis partidos de oposição do país apresentaram uma nova moção conjunta para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol devido à sua declaração de lei marcial na semana passada. Os partidos pretendem levar a proposta a votação no plenário no sábado.

A breve declaração de lei marcial de Yoon, em 3 de dezembro, gerou caos político e grandes protestos exigindo sua destituição. O Partido Democrático, principal sigla da oposição, argumentou que o decreto de Yoon equivalia a uma rebelião. Mais cedo, na quinta-feira, Yoon defendeu o decreto como um ato de governança e negou as acusações de rebelião.

Contexto

A lei marcial decretada pelo presidente Yoon envolveu o envio de centenas de soldados armados para cercar o parlamento e invadir a comissão eleitoral. No entanto, não houve violência ou ferimentos significativos. A declaração de lei marcial durou apenas seis horas, sendo suspensa depois que a Assembleia Nacional a rejeitou por unanimidade.

Yoon, um presidente conservador, justificou o ato como um alerta ao Partido Democrático, que ele acusou de enfraquecer o governo e ameaçar a ordem constitucional do país. Ele afirmou: "Lutarei até o fim para evitar que forças e grupos criminosos que paralisaram o governo ameacem o futuro da República da Coreia".

Os partidos de oposição alegam que a declaração foi inconstitucional, já que a lei sul-coreana só permite a imposição de lei marcial em situações de guerra ou emergências semelhantes, o que não era o caso.

Se o impeachment for aprovado, os poderes presidenciais de Yoon serão suspensos até que o Tribunal Constitucional decida se ele será destituído ou reintegrado ao cargo. Caso ele seja removido, uma nova eleição presidencial deverá ser realizada em até 60 dias.

Em outra categoria

O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o chefe do Executivo estava com um estado "meio gripal" e "um pouco até sonolento" no começo da semana. Após esse diagnóstico, Lula foi submetido a exames que detectaram uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em outubro. Os exames do petista, porém, já se normalizaram.

A médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, disse que Lula teve febre no começo da semana em um quadro que se assemelhava ao gripal. "Os exames são compatíveis com um quadro viral, que ainda não conseguimos identificar o vírus responsável, porque nem todos os vírus a gente consegue identificar de forma pronta, mas os exames já se normalizaram", comentou Germoglio.

A médica afirmou que, no momento, não há mais sinal sugestivo de doença viral. "Pode ter sido uma concomitância de fatores que podem ter precipitado esse quadro inflamatório que chegou na hemorragia", disse.

O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o chefe do Executivo deve ter alta no começo da próxima semana, mesmo após ter sido submetido a um novo procedimento nesta quinta-feira, 12. De acordo com o médico, o petista está "super estável".

"O presidente está acordado na UTI, está comendo, está super estável", disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira em São Paulo. "Isso não atrasou nem um pouco a programação dos próximos dias. Dependendo da evolução do presidente, deverá ter alta no começo da semana."

Kalil disse que o procedimento desta quinta foi um "sucesso" e um "complemento" da intervenção cirúrgica feita na terça-feira, 10. "O presidente foi submetido a drenagem na terça-feira, a evolução foi muito boa, e nos dois dias subsequentes à cirurgia, foi discutido esse procedimento complementar", comentou.

Lula está internado em São Paulo. Ele sentiu dores de cabeça na segunda-feira, 9, e foi até a unidade de Brasília do Sírio Libanês para fazer exames. O sangramento foi constatado, e Lula foi transferido de avião para a unidade de São Paulo do mesmo hospital. A operação foi na madrugada de segunda para terça-feira, 9 e 10.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira, 12, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma "ótima evolução" e reforçou que o procedimento feito esta manhã no chefe do Executivo foi "bem-sucedido". Padilha participa de reunião do Conselhão, presidida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Padilha também declarou que logo Lula estará de volta, "cobrando os ministros". O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico particular do presidente, já afirmou que a alta deverá ocorrer no começo da próxima semana, após Lula ter sido submetido ao novo procedimento nesta quinta-feira. De acordo com o médico, o presidente está "super estável".