Ataque a tiros em escola de Wisconsin deixa cinco mortos, diz polícia

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Subiu para cinco o número de mortos no ataque a tiros a uma escola cristã em Wisconsin, confirmou a polícia local nesta segunda-feira, 16. O menor de idade suspeito de ser autor dos disparos está entre os mortos. Várias pessoas ficaram feridas.

O chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, falava com a imprensa quando o número de mortos subiu de três para cinco. Ele disse que outras pessoas ficaram feridas, sem dar mais detalhes sobre as vítimas, e lamentou que este é um dia triste para para todo país.

Ainda de acordo com Barnes, os policiais que responderam ao ataque não dispararam suas armas. O suspeito foi encontrado morto.

O ataque a tiros aconteceu na Abundant Life Christian School, que atende cerca de 390 crianças do jardim de infância até o Ensino Médio. "Esta continua sendo uma investigação ativa e em andamento", disse o Departamento de Polícia de Madison em um comunicado.

As estradas na região foram bloqueadas, e a polícia pediu que as pessoas evitem a área.

"Estamos orando pelas crianças, pelos educadores e por toda a comunidade escolar da Abundant Life enquanto aguardamos mais informações e somos gratos aos socorristas que estão trabalhando rapidamente para responder(ao ataque)", disse o governador de Wisconsin, Tony Evers, em comunicado.

A Casa Branca disse que está em contato com a autoridades locais para fornecer o suporte necessário e que o presidente Joe Biden foi informado sobre o ataque. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional. Os recursos estavam suspensos e foram liberados após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com o repasse, o governo espera votar ainda nesta semana pelo menos dois projetos que envolvem o pacote fiscal e que reduzem o ganho do salário mínimo, mudam as regras de acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e acionam gatilhos do arcabouço fiscal para contenção de despesas.

O pacote ainda tem uma terceira proposta, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mexe no abono salarial, no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e na regra que obriga o governo a executar o Orçamento aprovado pelo Congresso. Esta deve ficar para 2025, de acordo com as negociações atuais.

O Executivo também espera votar nesta semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que autoriza o governo a gastar cada centavo do caixa da União, e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que determina para onde vai o dinheiro. O Congresso, no entanto, pressiona o Palácio do Planalto e quer mais. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) pautou a análise da LDO para esta terça-feira, 17. Ainda há dúvidas, porém, sobre a votação da LOA.

Impositivas

As emendas pagas pelo governo foram liberadas na quinta-feira, 12, e na sexta-feira, 13. Os recursos contemplam emendas individuais (indicadas por cada deputado e senador no Orçamento para seus redutos eleitorais) e emendas de bancada (que contemplam o conjunto de parlamentares de cada Estado). Essas emendas são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a liberar conforme a indicação dos congressistas.

Dentro do bolo, estão R$ 3,2 bilhões em emendas Pix, mecanismo revelado pelo Estadão, que consiste em transferências para Estados e municípios de uso livre e de difícil fiscalização. O Supremo exigiu que haja transparência a partir de agora, mas abriu uma exceção para os pagamentos de 2024. Na prática, o dinheiro caiu sem que a sociedade saiba exatamente o que vai ser feito com a verba.

Prefeitos terão até o dia 31 de dezembro para apresentar um plano de trabalho falando o que farão com o repasse das emendas Pix. O governo federal, por sua vez, terá até o início de fevereiro para avaliar esses planos e poderá até rejeitar as propostas, mas o dinheiro já está na conta e já poderá ter sido gasto.

Além das emendas impositivas, o governo liberou mais R$ 1,3 bilhão em verbas do Ministério da Saúde para hospitais e clínicas especializadas. A liberação ocorreu diretamente pelo Poder Executivo, com dinheiro controlado pela pasta. A expectativa no Congresso é de que esse valor também se some às negociações para votar a agenda do Planalto na reta final do ano.

Herdeiras

No Congresso, contudo, o clima ainda é de desconfiança. O pagamento das emendas abre caminho para votação do pacote nesta semana, mas os parlamentares querem mais. O governo Lula ainda não efetuou o pagamento das emendas de comissão, herdeiras de orçamento secreto, revelado pelo Estadão, com exceção de alguns projetos específicos que já estavam em andamento e que não foram travados pelo STF.

Há R$ 8 bilhões em emendas de comissão que ainda não foram pagos neste ano. Dentro do Congresso, o dinheiro é controlado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Assim como no orçamento secreto, o nome dos verdadeiros parlamentares beneficiados fica escondido. A determinação do Supremo e a decisão do governo é pagar somente as emendas que tiverem os padrinhos identificados e divulgados.

Nos bastidores, articuladores políticos do Palácio do Planalto avisaram que o governo pretende pagar as emendas de comissão apenas no fim do ano, após o encerramento dos trabalhos do Legislativo, na próxima sexta-feira, 20. O aviso incomodou congressistas. Deputados e senadores começaram a mandar ofícios para o governo identificando as emendas que apadrinharam e esperam as liberações para só depois votar o pacote fiscal.

Lira prometeu ao governo que tentará votar o pacote na Câmara nesta semana. Deputados do baixo clero, porém, estão insatisfeitos com a postura do presidente da Casa, como mostrou o Estadão. Lira vem negociando a pauta diretamente com o governo e votando algumas propostas em cima da hora, sem discussão no plenário e sem os parlamentares saberem exatamente o que estão deliberando.

Suspensão

A insatisfação com Lira aumentou quando o presidente da Câmara suspendeu o funcionamento das comissões da Casa para dar prioridade ao plenário. As comissões poderiam se reunir nesse período para definir o destino das emendas travadas pelo governo. Com a manobra, o governo poderá pagar os recursos "furando" as comissões e negociando diretamente com os deputados, sob a batuta de Lira.

Há ainda um problema a ser resolvido. O Supremo determinou que as comissões se reunissem para votar sobre a destinação das emendas - quais cidades serão beneficiadas e quais parlamentares serão atendidos. O governo usou uma brecha da decisão do ministro Flávio Dino do dia 2 de dezembro para negociar o dinheiro individualmente com os parlamentares. No Poder Executivo, servidores temem autorizar pagamentos e serem responsabilizados no futuro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) recebeu um pedido de cassação da candidatura do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro do Partido Liberal (PL), Jair Renan e mais cinco vereadores eleitos pelo partido em Balneário Camboriú (SC). A denúncia foi apresentada no domingo, 15, às vésperas da diplomação, que ocorre nesta segunda-feira, 16. Procurado, o PL não se manifestou até o momento.

O processo movido pela coligação PT-PV-PCdoB acusa o PL de suposta fraude na cota de gênero, ou seja, de ter usado mulheres como "laranjas" para garantir os cargos, que estão sendo ocupados por homens, na prática. "Observe-se que o valor destinado às candidatas foi notoriamente inferior àquele destinado aos candidatos, e nenhuma delas alcançou a margem dos 100 votos (...) Com máxima vênia, está evidente que as candidatas não receberam o mesmo tratamento e tampouco receberam os estímulos materiais necessários para efetivação dos objetivos precípuos que norteiam a norma da cota de gênero", diz trecho da inicial.

Quarto filho do ex-chefe do Executivo, Jair Renan foi o vereador mais votado do município catarinense com 3.033 votos. Os outros nomes que podem perder suas cadeiras se ação for aceita e houver condenação são: Victor Forte, Kaká Fernandes, Guilherme Cardoso, Anderson Santos e Medeiros.

Segundo o parágrafo 3° do art. 10 da Lei n. 9.504/97 todos os partidos e coligações devem preencher no mínimo 30% e no máximo 70% das candidaturas para cada sexo.

Pontos questionados na denúncia:

- Entre as seis cadeiras conquistadas, nenhuma mulher foi eleita pelo partido por conta do baixo investimento em suas candidaturas;

- De oito representantes, quatro são mulheres fictícias, ou seja, emprestaram seus nomes;

- Três delas não realizaram atos de campanha e uma teve sua candidatura indeferida por não ter apresentado seu domicílio eleitoral;

- Três candidatas levaram menos de trinta votos;

- Declaração de despesas de apenas uma candidata contendo nas suas contas: nove camisetas, duas agendas de papel e serviços de estamparia no valor de R$ 200. As demais estavam com sua prestação zerada;

- Disparidade da distribuição de recursos financeiros em comparação com os candidatos.

Diante dessas condutas, a federação PT-PV-PCdoB fundamenta a possibilidade de que quatro candidaturas podem ser "laranjas" de subfinanciamento, sendo assim pedindo a inelegibilidade das envolvidas.

A bancada do PSOL protocolou nesta segunda-feira, 16, um ofício ao Ministério da Defesa solicitando a extinção dos chamados "kids pretos", um grupo da elite militar que faz parte do Comando de Operações Especiais (Copesp) do Exército Brasileiro e atua em missões sigilosas e de alto risco. Também seguiu ao Ministério um requerimento de informações sobre o funcionamento dos batalhões especiais.

Dentre os pontos do ofício, destacam-se o que pede a extinção do Batalhão das Forças de Operações Especiais do Exército e o que solicita que sejam assegurados que os recursos orçamentários e humanos atualmente destinados ao referido grupo sejam redirecionados para unidades das Forças Armadas "que atuem exclusivamente em conformidade com os preceitos constitucionais", diz nota divulgada pelo partido.

Já no requerimento de informação, a bancada questiona sobre os formatos e conteúdo dos treinamentos oferecidos nessas unidades, as principais operações ou atividades realizadas nos últimos cinco anos e as fontes de financiamento e supervisão hierárquica dessas unidades, dentre outras indagações.

O movimento dos parlamentares tinha sido mostrado pelo Estadão/Broadcast e ocorreu após a prisão do general da reserva Walter Braga Netto na manhã do sábado, 14. A iniciativa do pedido é do deputado Chico Alencar.

Segundo a Polícia Federal, integrantes do "kids pretos" teriam sido designados a matar por envenenamento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) e a armar artefatos explosivos para tirar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As ações supostamente integram um plano de golpe de Estado que evitaria a posse de Lula no comando do País.

O PSOL já havia enviado ao STF no mês passado pedidos de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Braga Netto. Os membros da Copesp foram alvos da Operação Contragolpe, também deflagrada pela PF há quase um mês. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes. Alguns membros do "kids pretos" já foram presos, como Hélio Ferreira Lima, Mario Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.