'Centenas' de soldados norte-coreanos foram mortos e feridos na Ucrânia, dizem EUA

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"Centenas" de soldados norte-coreanos lutando junto das forças russas contra a Ucrânia foram mortos ou feridos durante um confronto na região fronteiriça de Kursk, disse um alto militar dos Estados Unidos nesta terça-feira, 16.

O militar, que falou sob condição de anonimato, não deu detalhes sobre o número de soldados mortos, mas afirmou que as tropas da Coreia do Norte não parecem ser experientes, o que contribui para o número alto de baixas.

Essa é primeira informação que se tem de baixas norte-coreanas na guerra da Ucrânia semanas após os Estados Unidos e a Ucrânia terem denunciado o envio de 10.000 a 12.000 soldados para ajudar a Rússia em sua guerra que se encaminha para o terceiro ano.

A Casa Branca e o Pentágono confirmaram na segunda-feira, 16, que tropas da Coreia do Norte têm lutado nas linhas de frente em posições de infantaria em grande parte. Elas têm lutado com unidades russas e, em alguns casos, independentemente em torno de Kursk.

Forças ucranianas e russas têm travado uma batalha feroz ao redor de Kursk, e o oficial disse que a Rússia conseguiu retomar cerca de 20% do território conquistado lá por Kiev. Eles disseram que será possível para a Ucrânia manter o território lá por algum tempo, mas isso dependerá de como o resto da luta estiver indo, incluindo os ataques de longo alcance que Kiev vem lançando.

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Em razão de ter sofrido perseguição política durante a ditadura militar (1964-1985), Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart receberá R$ 500 mil de indenização por danos morais da União. A decisão é da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região com perpetuação desde novembro.

Desde o começo do ano, a 4ª Vara Federal de Porto Alegre condenou a União a pagar R$ 79,2 mil de indenização à ex-primeira-dama Maria Thereza, que hoje tem 88 anos. A sentença foi decretada em janeiro pelo juiz Bruno Risch Fagundes de Oliveira ao reconhecer que Maria Thereza foi perseguida e exilada com seus filhos durante a ditadura.

Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart receberá 500 mil de indenização por danos morais da União.

"Assim, conforme afirmado pelo juízo de origem, as provas trazidas aos autos efetivamente demonstram que, dos atos de exceção decorrentes do regime militar deflagrado em abril de 1964, certamente decorreram danos psíquicos que atingiram não apenas o ex-presidente destituído, mas também o seu grupo familiar, incluindo sua esposa, a autora desta ação, iniciando com a fuga do território nacional e prosseguindo com constante monitoramento, controle e vigilância ostensivos por parte do Estado Brasileiro, em cooperação com outros países, por mais de uma década e meia, enquanto a família esteve exilada no Uruguai e na Argentina", apontou Cândido Alfredo Silva Leal Junior, desembargador federal, em reconhecimento ao período que a família Goulart ficou fora do País de 1964 a 1979.

Geralmente, em casos como de perseguição política, a indenização decidida pelo desembargador federal é de R$ 100 mil, mas por conta da gravidade, o relator do caso reajustou o valor. A União tentou recorrer, sem sucesso, sob a alegação de que Maria Thereza não teria sido presa, torturada ou agredida pelo Estado brasileiro na ocasião. A ação é movida por Maria Thereza desde 2021.

"Ela sofreu também como mulher, sofreu como mãe, sendo exposta na frente dos filhos. Sofreu como esposa, porque estava sendo presa e conduzida porque era esposa de um presidente da República. Ela foi tornada, como mulher, quase uma 'coisa', sendo obrigada a ficar nua, de forma injustificada, com intenção justamente de ser coagida, constrangida, reduzida enquanto pessoa, enquanto mãe, enquanto esposa, enquanto mulher", justificou o Leal Junior.

Com isso, o relator votou para aumentar a indenização para R$ 500 mil, com juros de mora a serem contados desde 1º de abril de 1964, data do golpe militar, quando Maria Thereza deixou a Granja do Torto, uma das residências oficiais, para se exilar no Uruguai até 1973 e depois na Argentina com os dois filhos ainda crianças.

Na liderança da insatisfação com o governo Lula estão os votos de homens, pessoas autodeclarada brancas, população que ganha a maior renda e os fiéis evangélicos. O levantamento foi realizado presencialmente nos dias 12 e 13 de dezembro pelo Datafolha para avaliar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nestes dois anos de posse. A amostra tem 2.002 entrevistados a partir dos 16 anos ou mais em 113 cidades.

Confira quem são os grupos que reprovam Lula:

- 40% dos homens com uma subida de dois pontos porcentuais comparado com a pesquisa anterior;

- 44% pessoas brancas com uma subida de dois pontos porcentuais comparado com a pesquisa anterior;

- 49% entrevistados com renda mensal acima de cinco salários mínimos (aproximadamente R$ 7 mil) contra 27% que avaliam como ótimo ou bom;

- 43% evangélicos. A simpatia deste grupo por Lula oscilou dois pontos para cima comparado a pesquisa anterior. O número de aprovação entre o grupo teve uma queda de quatro pontos em relação ao mês de outubro. A margem de erro é de cinco pontos.

A aprovação do governo Lula oscilou um ponto para baixo de outubro a dezembro, passando de 36% para 35%. Já a reprovação variou dois pontos para cima em relação ao levantamento, indo de 32% para 34%.

Os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Rogério Marinho (PL-RN) articulam um pedido para que parlamentares possam visitar o general da reserva Walter Braga Netto, que está preso na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, desde sábado, 14.

O documento deverá ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Acabei de preparar a peça e vamos levar ao STF o pedido, vamos ainda ver com outros parlamentares quem também vão subscrever", disse Mourão ao jornal O Globo.

Braga Netto foi preso pela PF por obstrução de Justiça, ao tentar, segundo a decisão que autorizou sua detenção, acessar informações da delação premiada do ex- ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Segundo a delação do tenente-coronel, o general da reserva destinou dinheiro para financiar as operações do grupo formado para a tentativa de golpe. A defesa de Braga Netto nega as acusações.

A ideia do pedido é questionar sobre as condições carcerárias nas quais se encontra preso Braga Netto, visto que o general é condecorado com quatro estrelas, último posto da carreira nas Forças Armadas, o que daria direito à prisão especial. A justificativa dos senadores é calcada em garantir a segurança física dos presos, que podem ser vítimas de represália por parte dos demais reclusos, já que os presídios militares subordinados à 1ª Divisão de Exército na Vila Militar são para abrigar militares que cumprem penas privativas de liberdade ou aguardam julgamento com reserva para oficiais, praças e outros militares.

Por ora, não há expectativa de Braga Netto ser transferido para Brasília.

As instalações da 1ª Divisão de Exército na Vila Militar, no Rio de Janeiro, contam com celas individuais ou coletivas, áreas comuns para atividades dos detentos e locais para visitas. Seu acesso é restrito e controlado, ou seja, não permite a entrada de civis.

A sala onde Braga Netto está detido possui armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo. Com direito a quatro refeições por dia, realizadas no rancho, área em que os oficiais de alta patente se alimentam no local. A apuração é do programa Fantástico, da TV Globo.