Otan: Secretário-geral querer colocar Ucrânia em 'posição de força' para negociação de paz

Internacional
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, disse que deseja discutir maneiras de colocar a Ucrânia em uma posição de força para quaisquer futuras negociações de paz com a Rússia durante uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e um pequeno número de líderes europeus.

Zelensky se reuniu hoje com a principal autoridade civil da Otan em sua residência em Bruxelas e Rutte afirmou que o objetivo com o líder ucraniano é de "discutir tudo o que tem a ver com a Ucrânia no momento e como garantir que possamos fazer o máximo para colocá-la em uma posição de força para um dia, quando decidir, iniciar conversas com os russos sobre como acabar com tudo isso".

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O prefeito e vice do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e Eduardo Cavaleire, respectivamente, ambos do PSD, foram diplomados com os 51 vereadores eleitos ou reeleitos para o próximo ano. A cerimônia, no Palácio Pedro Ernesto, teve a presença do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, nesta quarta-feira, 18.

"Os senhores têm que cuidar da nossa população, da nossa gente. É difícil esse trabalho, mas o prazer pelo exercício da função, com certeza, os levará a bons caminhos e boas práticas, sempre buscando a harmonia entre os poderes", declarou o presidente do TRE-RJ.

Agora, os políticos diplomados passarão pela cerimônia de posse no dia 1º de janeiro de 2025 com encerramento de mandato em 2028.

É a quarta vez que o prefeito da cidade do Rio de Janeiro ocupa o cargo no Executivo. Para comemorar, ele fez uma publicação em suas redes sociais. "A sensação é a mesma que tive lá em 2008: a mesma emoção, a mesma alegria, o mesmo frio na barriga e a mesma vontade de levantar cedo todos os dias para lutar por um Rio melhor. Muito obrigado ao povo carioca pela oportunidade de ser prefeito da mais incrível de todas as cidades!", escreveu Paes.

Eduardo Paes foi reeleito já no primeiro turno com mais de 60% dos votos, ou seja, 1 milhão e 80 mil eleitores. Com a diplomação e também renovação das cadeiras, a Câmara Municipal contará com 21 novos vereadores.

Sem um consenso em quem sucederá Elmar Nascimento (BA) na liderança do União Brasil na Câmara dos Deputados, integrantes decidiram adiar a definição para fevereiro de 2025. O partido vive uma crise de identidade - se terá maior inclinação ao governo ou se poderá adotar uma linha mais oposicionista.

Aliado a isso cresce o sentimento de desunião da legenda, com parlamentares até cogitando a possibilidade de uma debandada, em um ano que a sigla já teve que lidar com uma briga pela presidência do União.

Até este momento, sem consenso, congressistas acreditam que a decisão será levada a voto, que será secreto e poderá levar a articulações e conchavos dentro do próprio União.

Neste momento, a disputa está entre Pedro Lucas Fernandes (MA) - tido como nome mais de centro que, segundo integrantes do União, tem a preferência de Rueda - Damião Feliciano (PB), mais governista, e Mendonça Filho (PE), de oposição.

Segundo deputados ouvidos reservadamente pela reportagem, se a votação fosse hoje, dizem, poderia haver vitória de Damião Feliciano. Nessa leitura, ele se aproveitaria da divisão entre Pedro Lucas e Mendonça e deveria chegar ao segundo turno com mais força.

A reunião que chegou ao consenso do adiamento durou mais de quatro horas e teve a participação do presidente do União, Antonio Rueda, dos ministros Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicação), além de demais deputados.

Sabino chegou a manifestar a apoio a Pedro Lucas Fernandes para assessores. Ele apontou para o braço de uma policial legislativa federal que protegia a entrada de pessoas na sala, que ostenta a sigla "PLF". "Aqui, ó, Pedro Lucas Fernandes", brincando que a sigla seria um acrônimo do deputado maranhense.

Durante a conversa, parlamentares manifestaram duras opiniões, e preocupações. E houve ânimos acalorados. Leur Lomanto Júnior (União-BA) até falou que espera que isso levaria o partido a voltar a ser "piadinha". "Qualquer decisão que esse bancada tome vai significar a divisão do União Brasil. Não é isso que nos queremos. Não queremos voltar a piadinha dos deputados, quando éramos chamados de 'Desunião Brasil'", disse.

Leur lembrou ainda que o partido vive uma segunda "turbulência". "Nós estamos vivenciando, depois ter passado por uma turbulência que foi a questão da presidência da legenda, e agora vivenciar mais uma turbulência como essa", disse.

Em fevereiro desse ano, o partido se dividiu após o então presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE) disputar e perder a presidência contra Rueda. Bivar chegou a tentar "virar a mesa", mas a tentativa acabou fracassada.

O ápice do conflito foi o incêndio supostamente criminoso de casas de Rueda, que alega ter sido ameaçado por Bivar quando se colocou como candidato à presidência do União. O parlamentar nega participação no ato contra os imóveis do adversário político.

Leur apelou para um clima mais pacífico entre os deputados. "Vamos diminuir a temperatura. Faço um apelo a todos os deputados", afirmou.

Sabino também tentou apaziguar os ânimos durante a discussão. "Eu peço a todos que se desarmem. Porque o próximo líder vai ser o líder de toda bancada. Ele precisa defender a bancada, advogar pra cada deputado", disse Sabino. Ele inclusive pediu para que os deputados de primeiro mandato presentes se tranquilizassem com o cenário.

O comentário do ministro veio pouco após a fala de Danilo Forte (União-CE) que o ano estava sendo "melancólico" para o União e que, se continuar nesse rumo, a sigla pode perder parlamentares no próximo ano. "Hoje o partido pode ter 60 deputados, mas no próximo ano pode ficar 25 ou 30. Todo mundo aqui vai procurar um partido", afirma. Ele defende um alinhamento mais liberal para o União. A bancada da legenda hoje tem 59 deputados.

A sigla na Câmara tem posição heterogênea e abriga de governistas alinhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até ferrenhos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na reunião, Rueda pediu pelo adiamento e trabalha nos bastidores para que o União chegue a um consenso. Ao Estadão, ele diz que ainda dá para se chegar a um consenso. Para isso, diz ele, falta diálogo e tempo. Aos deputados, ele tentou colocar panos quentes. "A disputa engrandece o partido", falou Rueda. "O partido precisa de um consenso."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um novo exame de tomografia nesta quinta-feira, 19, para avaliar a situação da cabeça após as duas cirurgias realizadas na última semana. A assessoria presidencial ainda não confirmou o horário do procedimento, mas ele deve ocorrer pela manhã cedo.

O retorno do presidente a Brasília dependerá do resultado do exame. Uma reunião ministerial está marcada para sexta-feira, 20, e a presença de Lula é aguardada.

Atualmente, o presidente segue em cuidados médicos em sua casa no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, e hoje recebeu visitas de uma fonoaudióloga e da médica da Presidência.