China promete manter a paz na fronteira com a Índia, à medida que os laços se estabilizam

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A China e Índia concordaram nesta quarta-feira, 18, em trabalhar para encontrar uma solução para sua longa disputa de fronteira no Himalaia, após um impasse militar que começou com um confronto mortal em 2020.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, após as conversas entre os representantes especiais sobre questões de fronteira, afirmou que os dois lados buscariam soluções "justas e razoáveis" e formulariam um roteiro, realizando as etapas mais fáceis primeiro e lidando com as mais difíceis depois.

Os representantes especiais pediram a continuidade da implementação do acordo de patrulha de fronteira e disseram que os países fortaleceriam os intercâmbios entre as fronteiras, incluindo a retomada das viagens de peregrinos indianos ao Tibete, segundo o comunicado chinês.

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou nesta segunda-feira, 10, que sejam devolvidos os bens e passaportes apreendidos e encerradas as medidas cautelares impostas ao advogado Amauri Feres Saad e ao ex-assessor da Presidência Tércio Arnaud Tomaz. A decisão, no entanto, cabe ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.

Eles foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito da tentativa de golpe de Estado, mas ficaram de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entendimento de Gonet, os itens apreendidos já foram periciados e analisados e não interessam mais à investigação.

O pedido para que os bens e passaportes sejam devolvidos e para que as medidas cautelares sejam extintas foi feito pelas defesas dos dois indiciados. Desde janeiro do ano passado, eles são proibidos de manter contato com os demais investigados e de deixar o País, motivo pelo qual tiveram os passaportes apreendidos.

O advogado Amauri Feres Saad foi apontado pela PF como um dos autores da minuta golpista. De acordo com o relatório final da investigação, ele teria elaborado o documento com Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, e o padre José Eduardo de Oliveira.

Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor da Presidência, foi acusado de participação no "gabinete do ódio", onde editaria e repassaria vídeos que questionavam a legitimidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileiro. Ele teria, segundo a PF, enviado vídeos ao ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid.

Além de Saad e Arnaud, outras oito pessoas indiciadas pela PF não foram denunciadas PGR, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

As comissões permanentes do Senado aprovaram, na manhã desta terça-feira, 11, requerimentos de convite para que oito ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam ouvidos no Congresso.

Os convites foram aprovados nas comissões de Meio Ambiente, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional. Os ministros não são obrigados a participar das audiências, por se tratar de um convite. Não há data para as reuniões com os ministros.

A ida dos ministros ao Congresso é comum no início de cada ano. Em geral, os parlamentares apresentam os pedidos para que chefes das Pastas possam apresentar as prioridades e metas de cada ministério no começo do ano.

Durante o governo Bolsonaro, as convocações e convites aos ministros foram usados como uma forma de constrangê-los, especialmente em momentos de desgaste dos ministros.

Foram convidados os seguintes ministros: Celso Sabino (Turismo); Jader Filho (Cidades); Marina Silva (Meio Ambiente); Renan Filho (Transportes); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Simone Tebet (Planejamento); Waldez Góes (Integração Nacional); e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) vai a julgamento na próxima semana por perseguir um homem com arma na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ele responde a um processo por porte ilegal de arma. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar o caso no plenário virtual, entre os dias 21 e 28 de março.

Em nota, a deputada informou que confia no Poder Judiciário e na "condução imparcial do processo". "Confio plenamente na Justiça e acredito que, ao serem esclarecidos todos os fatos - especialmente a ocorrência de um disparo anterior ao momento em que fiz uso de minha arma, devidamente autorizada por porte federal -, ficará evidente minha inocência."

A defesa de Carla Zambelli tentou tirar o processo do STF, alegando que o caso não tem relação com o exercício do mandato e, por isso, deveria ser analisado na primeira instância. A estratégia não prosperou e a deputada será julgada no Supremo Tribunal Federal.

O julgamento está previsto no plenário virtual. Nessa modalidade, não há debate colegiado. Os ministros registram os votos em uma plataforma online.

O processo foi pautado depois que o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, liberou a ação para julgamento.

Carla Zambelli perseguiu um homem negro junto com seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição. A deputada sacou a arma e correu atrás do jornalista Luan Araújo até um restaurante da região. Ela reagiu após ouvir que "Amanhã é Lula" e "Vocês vão voltar para o bueiro de onde não deveriam ter saído".

A denúncia contra a deputada foi recebida pelo STF em agosto. Os ministros entenderam que havia evidências para abrir uma ação penal por suspeita de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Na ocasião, apenas André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal, foram contra o recebimento da denúncia.

Ao denunciar a deputada, a Procuradoria-Geral da República argumentou que, apesar do porte de arma para uso pessoal, a ela não tinha autorização para o "manejo ostensivo" do armamento em espaços públicos. Na avaliação da PGR, a conduta da deputada colocou em risco a coletividade. A denúncia também afirma que o jornalista não oferecia "perigo ou ameaça real" que justificassem o uso da arma.