Mundo comemora a chegada de 2025; virada teve teve fogos de artifício, drones e show musical

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Cidades de todo o planeta deram as boas-vindas a 2025 com celebrações que destacam as culturas e tradições locais, após um ano marcado por conflitos e instabilidade política. Países como Inglaterra, França, Austrália, Nova Zelândia, Japão e China, entre outros, fizeram a contagem regressiva para o novo ano em meio a fogos de artifício e muita comemoração.

Os países do sul do Oceano Pacífico foram os primeiros a dar as boas-vindas a 2025, com a meia-noite na Nova Zelândia ocorrendo 16 horas antes da celebração na maior parte do Brasil.

Em Auckland, na Nova Zelândia, milhares de pessoas foram para o centro da cidade ou escalaram picos dos anéis vulcânicos da região para ter uma visão privilegiada dos fogos de artifício - e uma exibição de luzes em reconhecimento às tribos indígenas. Isso ocorre após um ano marcado por protestos sobre os direitos dos maoris no país de cinco milhões de habitantes.

Queima de fogos tradicional em Sydney

Duas horas depois, foi a vez da Austrália (10 horas, do dia 31, no horário de Brasília) celebrar o ano novo. Mais de 1 milhão de pessoas estiveram no porto de Sydney para a tradicional queima de fogos.

Bola de Ano-novo na Times Square

Nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, multidões aplaudiram e casais se beijaram quando a bola de quase 6 toneladas e 2.688 mil triângulos de cristal desceu de um poste na Times Square.

A celebração incluiu apresentações musicais do TLC e dos Jonas Brothers.

Clima afeta ano-novo no Reino Unido

A expectativa no Reino Unido era de comemorar o ano-novo com uma exibição pirotécnica ao longo do rio Tâmisa. No entanto, com uma tempestade trazendo um clima gelado, as festividades em Edimburgo, na Escócia, foram canceladas.

Londres faz show de fogos de artifício na London Eye

Mesmo com o mau tempo, a virada de ano em Londres contou com um show de fogos de artifício ao redor da famosa roda-gigante London Eye e da Elizabeth Tower, onde está instalado o sino Big Ben.

Roma tem celebrações na colina

Os italianos foram até a colina do Janículo, em Roma, para assistir a chegada de 2025 aos pés do Monumento a Garibaldi.

Paris com multidão em avenida famosa

Na capital francesa, a chegada de 2025 foi marcada pela presença de milhares de pessoas na Avenida Champs Élysées para participar da contagem regressiva e assistir ao show de fogos de artifício.

Suíça tem tradição gelada

Já na Suíça, as pessoas abraçaram o frio e tiraram a roupa para manter a tradição. Em Moosseedorf, grupos nadaram no Lago Moossee, com água em temperaturas congelantes, para receber 2025.

Russos celebram em frente ao Kremlin

Em Moscou, os russos celebraram o ano-novo do lado de fora do Kremlin. Outras cidades do país, como Vladivostok, também registraram comemorações.

Sírios vivem primeiro ano-novo após queda de Assad

Pessoas se reuniram na Praça Umayyad, em Damasco, na Síria, para esperar a chegada de 2025. É o primeiro ano-novo na região após a queda de Bashar Assad, no começo de dezembro.

Ásia se prepara para o Ano da Serpente

Grande parte do Japão fechou as portas antes do maior feriado do país, pois os templos e as casas passaram por uma limpeza completa, incluindo a limpeza de tapetes chamados "tatami".

O próximo Ano da Serpente no zodíaco asiático é anunciado como um ano de renascimento - em alusão à troca de pele do réptil.

As lojas no Japão, que observam o ciclo do zodíaco a partir de 1º de janeiro, estão vendendo figuras minúsculas de cobras sorridentes e outros produtos com temas de cobras.

Outros lugares na Ásia começarão a comemorar o Ano da Serpente mais tarde, com o Ano Novo Lunar.

Edifício mais alto do mundo

Em Dubai, milhares de pessoas assistiram ao show anual de fogos de artifício no Burj Khalifa, o arranha-céu mais alto do mundo.

Tailândia tem apresentações musicais

Em Bangkok, na Tailândia, os shopping centers competiram por multidões com shows musicais ao vivo e fogos de artifício.

Coreia do Sul reduz celebrações em meio a tragédia

Na Coreia do Sul, as comemorações foram reduzidas ou canceladas durante o período de luto nacional após o acidente de um voo da Jeju Air em Muan, no domingo, 29, que matou 179 pessoas.

Indonésia tem festa com 800 drones

Para marcar a chegada de 2025, uma exibição de fogos de artifício com 800 drones foi feita em Jacarta, na capital da Indonésia.

O início do Ano Santo no Vaticano

As tradicionais festividades de ano-novo em Roma têm um atrativo adicional: o início do Ano Santo do papa Francisco, celebração que ocorre uma vez a cada 25 anos e que, segundo as projeções, levará cerca de 32 milhões de peregrinos à Cidade Eterna em 2025.

O dia 1º de janeiro é um dia de obrigação para os católicos, marcando a Solenidade de Maria.

Ano-novo movimenta calçadão na Índia

Na Índia, milhares de pessoas do centro financeiro de Mumbai se reuniram no movimentado calçadão da cidade, de frente para o Mar da Arábia.

No Sri Lanka, as pessoas se reuniram em templos budistas para acender lâmpadas a óleo, incensos e orar.

Desejos cordiais entre China e Rússia

A mídia estatal chinesa cobriu uma troca de cumprimentos de Ano Novo entre o líder Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin, lembrando a crescente proximidade entre dois líderes que enfrentam tensões com o Ocidente.

Xi disse a Putin que seus países "sempre irão avançar de mãos dadas", informou a agência oficial de notícias Xinhua na terça-feira, 31.

A China tem mantido laços e um comércio robusto com a Rússia desde a invasão na Ucrânia em 2022, ajudando a compensar as sanções ocidentais e as tentativas de isolar Putin.

Em seu discurso à nação, Putin disse que a Rússia "estabeleceu grandes metas para nós mesmos e as alcançou, e superamos as dificuldades mais de uma vez porque estávamos juntos".

Líder alemão pede solidariedade

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu que os residentes permaneçam unidos, apesar das dificuldades econômicas do país e de um ataque a um mercado no Natal que deixou pelo menos cinco mortos e chocou a nação.

"Somos um país de união. E podemos tirar força disso - especialmente em tempos difíceis como este", disse Scholz em um discurso pré-gravado.

Conflitos lançam uma sombra no Oriente Médio

No Oriente Médio, o ano-novo chegou com preocupações. Em Israel, a guerra com o Hamas em Gaza está no 15º mês e muitos reféns permanecem em cativeiro.

O Líbano está passando por uma grave crise econômica, e muitas áreas foram fortemente danificadas durante a guerra entre Israel e o Hezbollah, que terminou com um cessar-fogo instável. /COM AP

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), disse nesta quinta-feira, 1.º, que a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), no cargo passa por uma avaliação das condições políticas do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resiste a demitir o aliado e quer mostrar que o centro da crise está no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Lupi está acossado desde a semana passada pelo escândalo bilionário dos descontos indevidos nos benefícios recebidos por aposentados e pensionistas, que veio à tona após uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Marinho fez a declaração para a imprensa ao chegar ao ato de 1.º de Maio promovido pelas centrais sindicais na zona norte de São Paulo. Ao contrário de anos anteriores, Lula não participou do evento após o baixo comparecimento no ato de 2024.

De acordo com Marinho, quando há troca de ministro "não necessariamente" o motivo é o cometimento de alguma ilegalidade.

"A condição política pode determinar a continuidade ou não (do ministro do cargo). O que o governo está fazendo é dar instrumento ao ministro Lupi, primeiro, mostrar capacidade de resolver os problemas. Hoje, tem um novo presidente do INSS, que é a instituição principal para solucionar esses problemas. Então, o ministro tem em mãos todas as ferramentas para virar essa chave. Vai depender agora da funcionalidade, da velocidade dessas soluções", disse Marinho.

Como mostrou o Estadão, Lula determinou uma intervenção no INSS e escolheu na quarta-feira, 30, o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do órgão. Ele substitui Alessandro Stefanutto, indicado de Lupi que pediu demissão após ser afastado pela operação da PF.

Um dos objetivos da intervenção determinada por Lula é mostrar a origem do esquema, que, de acordo com a Polícia Federal, começou no governo de Jair Bolsonaro.

Este ponto foi reforçado por Luiz Marinho ao chegar ao evento das centrais sindicais. "Esse fato começou em 2019, no governo anterior. Houve ali a criação de uma quadrilha para prejudicar os aposentados e pensionistas. À medida que se descobriu, o governo determinou a apuração rigorosa. Doa a quem doer, nós vamos até o fim da apuração e quem dever tem que pagar", disse.

Macêdo diz que não há nada que 'desabone' conduta de Lupi

Ao discursar no ato em São Paulo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, disse que quem tinha que ser preso, afastado ou demitido assim o foi. Em entrevista, Macêdo afirmou que "até o presente momento" não há nada que "desabone" a conduta de Lupi.

Uma das críticas ao ministro da Previdência Social é a demora em agir após ser informado em 2023 sobre o aumento de denúncias de descontos não autorizados nas aposentadorias e pensões - Lupi nega ter sido omisso e argumenta que ordenou uma apuração sobre o caso, concluída em 2024.

"Ele (Lupi) ou qualquer outro ministro se cometer algum ato que não seja correto está sujeito a ser demitido pelo presidente da República. Reafirmo o que já foi dito pelos autos: não tem nenhum envolvimento do ministro. Portanto, ele tem condição de conduzir sua pasta fazendo as investigações internas que têm que ser feitas", disse Macêdo.

Lula diz que seu governo descobriu fraude no INSS

No pronunciamento feito na quarta-feira em rede nacional de rádio e TV, para comemorar o Dia do Trabalhador, 1.º de Maio, Lula afirmou que foi seu governo quem descobriu a fraude no INSS."Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas", disse o presidente.

Mesmo assim, aliados do presidente defendem a demissão de Lupi, mas o presidente resiste a trocar o aliado para manter o discurso que a crise está concentrada no INSS e para não perder a aliança com o PDT.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), defendeu a permanência do pedetista no cargo e afirmou que não há nada contra ele no inquérito da Polícia Federal.

"O presidente (Lula) sempre é muito cauteloso em relação à presunção de inocência. Eu acho que ele (Lupi) está fazendo as explicações, se defendendo. E, obviamente, se tiver alguma coisa que no futuro venha a envolvê-lo, aí não só ele, como qualquer outro ministro, será afastado", disse Gleisi, em entrevista à GloboNews na quarta-feira.

Na tentativa de conter os danos, a pasta anunciou que parte do dinheiro desviado dos aposentados e pensionistas será devolvido na próxima folha de pagamento. A equipe de Lula ainda tenta encontrar, porém, um instrumento legal para ressarcimento de todo o montante. Pelos cálculos da Polícia Federal, os valores descontados irregularmente, de 2019 a 2024, chegam a R$ 6,3 bilhões.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou, durante visita à Agrishow, que o partido já tem um nome para disputar a Presidência da República em 2026 - o governador do Paraná, Ratinho Júnior - e que pode ganhar um segundo pré-candidato de peso caso Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, hoje no PSDB, se filie à legenda.

"O PSD já tem uma candidatura colocada: o governador Ratinho Júnior, do Paraná, que é muito bem avaliado e tem plenas condições de se apresentar ao Brasil. Se o Eduardo Leite se filiar ao partido, como existe essa expectativa, será uma grata surpresa para nós e passa a ser também um importante nome", disse Kassab. "Acho que é um privilégio para o partido ter dois pré-candidatos da qualidade do Ratinho e do Eduardo Leite", acrescentou

Kassab reforçou a importância de o PSD priorizar candidaturas próprias nas disputas eleitorais, incluindo a presidencial. "Eu sempre defendi que o partido não pode abrir mão de priorizar uma candidatura própria, especialmente nas disputas majoritárias - seja nas eleições municipais, nas eleições estaduais ou na eleição presidencial", afirmou.

Segundo o dirigente, o partido chegará ao próximo ciclo eleitoral fortalecido. "O PSD está muito consolidado, tem rumo, capilaridade, lideranças expressivas em nível nacional e aqui no Estado de São Paulo também. Isso nos dá muito conforto para dizer que estamos no caminho certo - crescendo e contribuindo com o Brasil", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu na pauta do plenário da segunda-feira, 5, um requerimento de urgência para a alteração do número de deputados e o marco das concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

A urgência para a mudança no número de deputados se dá por conta do prazo até 30 de junho deste ano, estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para a revisão da quantidade de cadeiras em relação à população de cada Estado.

Se aprovado o requerimento, passará a tramitar sob urgência o projeto que veda a redução das 513 cadeiras na Câmara. Para atualizar a representação dos Estados, o projeto amplia o número de deputados. O relator é o deputado Damião Feliciano (União-PB).

Já o marco das concessões está sob a relatoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). O projeto tem como objetivo a facilitação de contratos de concessão e de PPPs, com novas regras para as licitações.

Também estão na pauta outros projetos remanescentes de sessões anteriores, como incentivos para a produção de itens de saúde, novas regras para a destinação de recursos de multas de trânsito, medidas contra o tráfico de animais silvestres e a criação de funções comissionadas do Supremo Tribunal Federal (STF).