FBI encontra 150 bombas caseiras na Virgínia; homem tinha fotos de Biden como alvo de tiro

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Agentes do FBI encontraram mais de 150 bombas e outros dispositivos, quando prenderam Brad Spafford no noroeste de Norfolk, na Virgínia, por uma acusação de porte de arma no mês passado, segundo um documento judicial. Os promotores escreveram que acredita-se que esta seja "a maior apreensão em número de dispositivos explosivos acabados na história do FBI".

Os promotores do caso reiteraram que Spafford é perigoso, escrevendo que "embora não seja conhecido por ter se engajado em qualquer violência aparente, ele certamente expressou interesse na mesma, através da fabricação de bombas de tubo marcadas como letais, sua posse de equipamento de motim e um colete carregado com bombas de tubo, seu apoio a assassinatos políticos e uso das fotos do presidente Joe Biden para prática de tiro".

A maioria das bombas foi encontrada em uma garagem separada na casa, no condado de Isle of Wight, junto com ferramentas e materiais para fazer bombas, incluindo fusíveis e pedaços de tubo de plástico, de acordo com documentos judiciais. Fonte: Associated Press

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A Câmara de São Bernardo do Campo aprovou por unanimidade em sessão extraordinária nesta sexta-feira, 3, proposta que dá permissão ao prefeito do município, Marcelo Lima (Podemos), de recolocar a cidade no Consórcio ABC - formado por cidades da região que buscam verbas e projetos junto aos governos federal e estadual para Santo André, São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá. Atualmente, São Caetano do Sul está fora do grupo, mas há sinalização do atual prefeito, Tite Campanella (PL), em retornar ao bloco nas próximas semanas.

A Prefeitura de São Bernardo afirmou, em nota, que o retorno ao Consórcio ABC "possibilita esse realinhamento ao colegiado, que tem objetivo de discutir políticas públicas comuns entre as sete cidades". O Estadão apurou que o prefeito Lima tentará fortalecer os laços entre as sete cidades do ABC Paulista em uma tentativa de ampliar os índices de industrialização, setor que se tornou referência para região nas décadas de 1980 e 1990.

"Nossa missão é o diálogo, tendo como foco as pessoas. A política é instrumento de transformação. Com essa aprovação do projeto, São Bernardo está se reposicionando nos âmbitos regional, estadual e nacional, abrindo novamente para debate de grandes projetos que possam ser articulados em conjunto na região, dentro da perspectiva de que as cidades, em diversos casos, podem construir soluções para interesses coletivos", afirmou Lima, que assumiu como prefeito na última quarta-feira, 1º, para o mandato 2025-2028.

São Bernardo está fora do Consórcio ABC desde 2022, quanto o então prefeito Orlando Morando (à época no PSDB, hoje sem partido) decidiu sair do grupo junto com São Caetano (à época comanda pelo também tucano José Auricchio) e Ribeirão Pires. Poucos dias depois, Ribeirão voltou ao consórcio.

Havia divergências internas entre os prefeitos, o que levou a então ala tucana a abandonar o consórcio. Em 2022, foram eleitos para o comando do bloco econômico PT), prefeito de Mauá, e José de Fillipi Jr (PT), então chefe do Poder Executivo de Diadema, o que desagradou opositores.

Posteriormente, Morando e Auricchio alegaram que os altos custos da mensalidade do Consórcio não são compatíveis com a realidade dos municípios. O valor gira em torno de R$ 350 mil por mês.

Parcelamento de dívida é aprovado em São Bernardo

Ainda na sessão extraordinária desta sexta, os vereadores da maior cidade do ABC Paulista aprovaram parcelamento de dívidas municipais denominado "Tudo em Dia". A proposta valerá a partir de fevereiro e os munícipes e empresas com dívidas de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e taxas poderão ter isenção ou desconto de juros, multa e acréscimos compensatórios para facilitar a quitação.

A Câmara Municipal de São Paulo deu posse à maior bancada feminina da história. Ela passou a contar com 20 mulheres, um aumento de 53,8% em relação a 2020, quando foram eleitas 13 vereadoras - recorde até então. .

A bancada feminina na Casa terá 36,3% das cadeiras, a maior proporção entre as capitais. E uma composição ideológica diversa. Das 20 vereadoras, 7 são de partidos de esquerda - PT, PSOL, Rede e PSB - 35% das eleitas. As outras 13, que compõem 65% da bancada, estão em partidos de centro, como MDB e PSD, e de direita, como o PL.

O grupo conta tanto com bolsonaristas raiz, como Sonaira Fernandes (PL) e Zoe Martinez (PL), apadrinhadas por Jair Bolsonaro (PL), quanto com representantes progressistas. Entre elas, Amanda Paschoal (PSOL), a travesti mais votada para a Câmara, eleita com o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL), e Luna Zarattini (PT).

O perfil da nova bancada evidencia que a busca por consensos será desafiadora. Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), se declara "antifeminista" e contrária ao aborto, mesmo nos casos previstos em lei. Em contrapartida, Luna Zarattini se destacou por criticar a restrição ao acesso ao aborto legal em hospitais da capital. Amanda Paschoal tem como bandeira o programa "Respeito desde a Escola", que visa promover cultura de acolhimento e respeito à diversidade. Já Zoe se posiciona contra discussões sobre identidade de gênero nas escolas.

Zoe diz que espera uma relação respeitosa na bancada, com embates só no âmbito político, e não pessoal. "Respeitarei todos os meus colegas independentemente de partido ou gênero, mas não me furtarei a defender os ideais pelos quais fui eleita." O foco de seu mandato será a educação básica, com propostas que de criação de novos Centros Educacionais Unificados e de implementação de disciplinas de educação financeira e empreendedorismo nas escolas.

Diálogo

Luna ressalta que buscará avanços em prol das mulheres, especialmente as mais pobres, negras e quilombolas. "Será necessário diálogo e conversas." Ela recorda sua atuação na CPI contra a violência e o assédio sexual: "Mesmo com uma composição diversa, nós, mulheres, chegamos a consensos sobre a necessidade de melhorar os equipamentos públicos, como as delegacias que não ficam abertas 24 horas. É possível encontrar acordos entre mulheres de diferentes partidos", completa a petista, que pretende trabalhar no combate à fome por meio de cozinhas solidárias.

Amanda Paschoal acredita que a diversidade de ideias é parte da democracia. "Enquanto a bancada feminina estiver atuando para defender os direitos de mulheres, do povo e combatendo a desigualdade, estaremos juntas." Mas ela adverte: "Mas não estarei do lado de quem quiser excluir mulheres negras, indígenas, trans e periféricas de políticas públicas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a repercussão negativa da retirada de um vaso sanitário e duas pias do gabinete que ocupava na Câmara Municipal de São Paulo, a ex-vereadora Janaína Lima (PP) decidiu doar os itens para a Casa legislativa. Segundo Janaina, a escolha de retirar os equipamentos foi feita com base na orientação de assessores jurídicos, mas agora ela prefere que a Câmara decida o destino dos objetos. Em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta quinta-feira, 2, Janaina afirmou que seguiu todas as regras ao deixar o espaço.

"Por orientação do jurídico, equipamentos instalados com recursos próprios foram retirados. No entanto, por uma decisão pessoal, esses equipamentos estão sendo doados agora para a Câmara Municipal decidir o seu melhor destino", disse Janaína.

A polêmica teve início quando câmeras internas do Palácio Anchieta flagraram funcionários retirando os itens do banheiro do gabinete 607. Janaina alegou que as peças foram compradas com recursos próprios durante uma reforma realizada ao longo de seus mandatos. "A parte hidráulica da Câmara é sensível", justificou no vídeo.

No entanto, a atitude gerou insatisfação. Adrilles Jorge (União Brasil), ex-BBB e novo ocupante do gabinete, encontrou o banheiro vazio. "Tinha um banheiro lá, inclusive tem chuveiro no banheiro. Não tem é privada", ironizou o vereador durante cerimônia de posse na tarde de quarta-feira, 1º, na própria Câmara.

Além da questão do banheiro, Janaina afirmou que deixou no local itens mais caros da reforma, como vidro antirruído, luminárias modernas e bancadas de madeira. "Transformamos o gabinete em um coworking", explicou. Segundo ela, esses detalhes mostram o compromisso com a infraestrutura do espaço, ainda que tenha optado por retirar equipamentos menores.

Em nota, Janaina já havia dito que não utilizou dinheiro público para a reforma do gabinete, construído com recursos próprios, e por isso removeu a pia e o vaso. "É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto", disse.

No vídeo, Janaina destacou sua economia ao longo dos oito anos como vereadora, afirmando ter poupado quase R$ 9 milhões em recursos públicos. Ela também mencionou que não utilizou verbas indenizatórias para despesas como transporte e combustível, preferindo arcar com esses custos do próprio bolso.

Em seu mandato, Janaína implementou reformas estruturais no gabinete, transformando o espaço em um "coworking legislativo". O conceito, segundo ela, visava aproximar empreendedores de iniciativas voltadas para a cidade.

Janaína, que iniciou sua carreira política pelo partido Novo em 2020, foi expulsa da sigla em 2021 após uma briga com a então colega Cris Monteiro. O episódio ocorreu no banheiro da Câmara durante a votação da Reforma da Previdência municipal, resultando em agressões e uma investigação pela Corregedoria da Casa. Janaína foi vereadora de São Paulo por dois mandatos, mas não conseguiu se reeleger em 2024.