FBI conclui que motorista agiu sozinho em ataque terrorista em New Orleans

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O FBI, a polícia federal americana, confirmou nesta quinta-feira, 2 que o ataque com uma caminhonete em New Orleans foi orquestrado sozinho pelo motorista Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos, em um "ato de terrorismo". Ele atropelou e matou 14 pessoas na noite de ano-novo e foi morto pela polícia em seguida.

 

Segundo o presidente dos EUA, Joe Biden, o motorista havia postado vídeos em redes sociais horas antes do ataque dizendo que se inspirava no Estado Islâmico, expressando desejo de matar civis. Horas antes, ele tinha colocado duas bombas caseiras nas ruas do Bairro Francês, zona boêmia da cidade, onde ocorreu o ataque.

 

"Obtivemos imagens de câmeras de vigilância nas quais Jabbar é visto colocando os artefatos no local onde foram encontrados, na Bourbon Street e em outra rua vizinha", declarou o agente Christopher Raia, em coletiva de imprensa. No carro foram encontrados uma bandeira do EI, armas e "explosivos improvisados".

 

Tesla

 

Inicialmente, havia uma suspeita de que o ataque de New Orleans poderia ter alguma relação com o que aconteceu em Las Vegas, horas depois: um carro elétrico da Tesla explodiu em frente a um hotel de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, que tomará posse no dia 20. O motorista, Matthew Livelsberger, um condecorado militar, morreu. Ele e Jabbar teriam servido, em determinado período, na mesma base de Fort Liberty, na Carolina do Sul - mais tarde o Exército negou a informação. Além disso, ambos os carros haviam sido alugados por meio do mesmo aplicativo, o Turo, o que aumentou as suspeitas.

 

Investigação

 

A hipótese, porém, foi descartada. Livelsberger era do Colorado. Jabbar vivia no Texas. Depois que os bombeiros apagaram o fogo, investigadores encontraram na parte de trás do carro gasolina, botijões de gás para acampamento e grande quantidade de fogos de artifício.

 

Elon Musk, presidente da Tesla, disse que "a explosão foi causada por fogos de artifício ou por uma bomba transportada no carro, mas garantiu que o veículo funcionava corretamente.

 

Kevin McMahill, xerife do Departamento de Polícia de Las Vegas, revelou que, pouco antes da explosão do Tesla, Livelsberger morreu com um tiro na cabeça, que os investigadores acreditam ter sido dado por ele mesmo. O militar levava no carro duas armas de fogo sem registro. O corpo foi queimado de forma irreconhecível, segundo as autoridades.

 

O xerife disse que Musk ajudou a investigação ao desbloquear os dados do carro e fornecer aos investigadores um vídeo do motorista nos postos de carregamento ao longo do seu percurso de 1,3 mil quilômetros, de Colorado Springs até Las Vegas.

 

Elo político

 

Apesar de não vincular um caso ao outro, McMahill disse que a explosão em Las Vegas tem de ser investigada a fundo, principalmente por questões políticas que pairam sobre o incidente. "É um carro da Tesla. E sabemos que Elon Musk trabalha com o presidente eleito Trump. E é a Trump Tower. Portanto, há obviamente coisas com que devemos nos preocupar", disse.

 

Motorista tinha planos de matar a família e se unir ao Estado Islâmico

 

Em vídeos gravados por Shamsud Jabbar, motorista do ataque de New Orleans, ele fala de planos para matar a família e de sonhos que o levaram a aderir ao Estado Islâmico, na metade de 2024. Jabbar diz que mudou de ideia porque queria que a mensagem se concentrasse na guerra entre fiéis e infiéis, segundo os vídeos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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