Trump determina afastamento de funcionários de diversidade e inclusão

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agiu na terça-feira, 21, para acabar com as políticas de ação afirmativa na contratação de pessoal para o governo. Todas as equipes de diversidade, equidade e inclusão da Casa Branca serão colocadas em licença remunerada.

A medida veio um dia depois de Trump assinar um decreto que desmonta os programas de diversidade e inclusão do governo. Segundo o presidente americano, as contratações passarão a ser baseadas estritamente no mérito, sem o que chamou de "discriminação" que seria imposta pelas ações afirmativas.

Trump também ordenou a retirada de páginas do governo na internet sobre o assunto e o encerramento de treinamentos relacionados à diversidade. Fonte: Associated Press.

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A deputada estadual de Mato Grosso Janaina Riva (MDB) anunciou nesta quinta-feira, 6, que denunciou o servidor comissionado da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), Deliandson Milton da Silva, por importunação sexual.

Segundo a parlamentar, a denúncia foi feita após ela receber diversos áudios com ofensas e insinuações de cunho sexual e moral supostamente feitas pelo servidor.

A Coder afirma que desligou o funcionário. A defesa do acusado não foi localizada para que ele se manifeste. O espaço está aberto.

"Fui pega de surpresa com esses áudios de servidores da Prefeitura Municipal de Rondonópolis. São ataques de cunho sexual, de cunho moral. Recebi de várias pessoas preocupadas com a minha segurança, com a minha família e revoltadas com o teor dessas mensagens", relatou Janaina em suas redes sociais.

Além da denúncia, Janaina informou que registrou uma queixa formal contra o acusado e afirmou que pretende levar o caso ao Ministério Público.

"Quero que esse caso que aconteceu comigo seja um exemplo para todas vocês, mulheres. Por mais constrangedor que às vezes seja, nós precisamos denunciar e não podemos ter medo", declarou.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 7, a Coder afirmou que "repudia qualquer conduta que contrarie os princípios da administração pública ou que constitua ofensa, assédio ou desrespeito à dignidade da pessoa humana".

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) solicitou, nesta quinta-feira, 6, que o governo do DF, sob gestão de Ibaneis Rocha (MDB), realize exames médicos em todos os presos do sistema penitenciário do Distrito Federal.

O pedido foi feito após o próprio governo do Distrito Federal ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a expedição de um ofício requisitando um laudo médico do ex-presidente Jair Bolsonaro antes da conclusão das etapas do julgamento da trama golpista, a fim de avaliar suas condições de saúde para uma possível inclusão no sistema prisional da Papuda.

O documento, endereçado ao secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles, foi assinado pelo presidente da comissão, deputado Fábio Felix (PSOL).

No ofício, o parlamentar destacou que a preocupação do governador do Distrito Federal com as condições de saúde de Jair Bolsonaro deve se estender a todos os presos do sistema penitenciário.

"A medida não pode ser aplicada de forma seletiva", afirmou Felix, em referência ao artigo 5º da Constituição, que assegura igualdade de tratamento a todos perante a lei.

No texto, Felix também destacou os índices de mortalidade e a incidência de doenças nas unidades prisionais do DF, classificando como "louvável" a atenção da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) ao quadro clínico do ex-presidente. O deputado disse ter recebido o gesto com "auspiciosa surpresa".

O pedido da comissão foi apresentado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, rejeitar a solicitação do Governo do Distrito Federal (GDF) para que fosse realizado um exame médico em Jair Bolsonaro.

Em despacho assinado na quarta-feira, 5, Moraes justificou a decisão apontando a "ausência de pertinência" da solicitação em relação à Ação Penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

"Considerando a ausência de pertinência, desentranhe-se a Petição STF nº 158.408/2025 dos autos", determinou o ministro.

Além disso, nesta sexta-feira, a Primeira Turma do STF votou, por unanimidade, pela rejeição dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente.

Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar por unanimidade, nesta sexta-feira, 7, o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a ocasião como uma "farsa".

"Uma farsa em que já se sabe o resultado final antes mesmo de o processo começar, não pelo que está nos autos, mas em função de quem está julgando", disse o filho do ex-presidente à CNN Brasil. A decisão mantém a condenação de 27 anos e 3 meses do ex-presidente.

Flávio afirmou ainda que o resultado não o surpreende e que aguarda "bom senso" em relação à prisão do pai, lembrando que no país não há prisão específica para ex-presidentes.

"Já que ele foi condenado sem ter feito absolutamente nada de errado, o mínimo que se espera é bom senso e que ele fique em casa", declarou.

O senador acusou o ministro Alexandre de Moraes de agir por uma "vingança pessoal e insana" contra o pai e alegou que, se fosse o ex-presidente Michel Temer (MDB) responsável pelo atual posto de Moraes, o tratamento da Suprema Corte seria diferente.

"Trata-se de uma vingança pessoal e insana, sem nenhuma justificativa. Se fosse com o ex-presidente Temer, ele jamais faria o que está fazendo com Bolsonaro. É público e notório que Bolsonaro precisa de cuidados médicos permanentes e, às vezes, imediatos. Como todos sabem disso, inclusive o ditador, só posso concluir que ele quer que Bolsonaro morra", afirmou Flávio.

Flávio acrescentou que "não vão calar Bolsonaro nunca". "Condenar o maior líder da direita na mão grande, num processo ilegal em que as provas atestam a sua inocência, é o sepultamento da democracia".

A Primeira Turma do STF começou e concluiu hoje, no plenário virtual, a análise dos primeiros recursos do ex-presidente e de outros seis réus do núcleo crucial do plano de golpe: Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin).

Apenas o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, abriu mão de recorrer.

O Estadão procurou o STF para saber se a Corte ou o ministro desejam se manifestar, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.