Trump reforça críticas à imigração e diz que guerra na Ucrânia nem deveria ter começado

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou as críticas aos imigrantes e ao legado recebido do governo Joe Biden em entrevista exibida pela Fox News na noite da quarta-feira, 22. Trump disse que pessoas do mundo todo "foram despejadas nos Estados Unidos" com a "permissão" do ex-presidente, o que teria elevado a criminalidade no país. "Você não pode justificar isso", afirmou Trump.

O presidente americano disse ainda que Biden foi "muito mal aconselhado" em questões relacionadas à política externa, especialmente nos conflitos entre Israel e o Hamas e entre a Ucrânia e a Rússia. "Joe Biden tem conselheiros muito ruins", afirmou. A guerra no leste europeu, segundo Trump, "nunca deveria ter começado".

Trump também defendeu o decreto que assinou na segunda-feira, 20, logo após tomar posse, que perdoou mais de 1,5 mil pessoas envolvidas no ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021. O presidente disse que muitos envolvidos no episódio estavam sendo tratados como "os piores criminosos da história", mas na verdade "estavam protestando porque sabiam que a eleição [de 2020] foi manipulada".

O republicano também não poupou críticas sobre o combate aos incêndios na Califórnia, que é um Estado historicamente democrata. "É como se uma arma nuclear tivesse explodido em Los Angeles", disse Trump.

Em outra categoria

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que, encerrada a fase de apresentação de denúncias e produção de provas no caso dos ataques ocorridos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, o tema será pautado "imediatamente".

"Feita a denúncia, vai haver a produção das provas e, concluída a produção de provas, é que vai haver o julgamento pelo Supremo. Se terminar a produção de provas, eu vou pautar imediatamente", disse ele, no Brazil Economic Forum, promovido pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais, em Zurique, na Suíça.

Barroso lembrou que ainda não houve denúncia do Procurador-Geral da República.

"É a partir daí que começa a ação penal e começa a atuação jurisdicional do Supremo", explicou o presidente do STF.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) repreendeu magistrados após a juíza federal substituta de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, Karina Dusse, utilizar o meme do Homem-Aranha em um documento judicial.

A juíza recebeu um ofício na 1ª Vara Federal que, na verdade, era destinado à 3ª Vara Federal de Volta Redonda. Nesse contexto de confusão administrativa, ela utilizou o meme do Homem-Aranha, onde os personagens se apontam mutuamente como impostores, como uma referência cômica à situação de erro na destinação do documento.

Em seguida, o TRF-2, que tem jurisdição sobre os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, recomendou parcimônia no uso de expressões informais e imagens. A corregedora Leticia de Santis Mello emitiu orientação formal sobre o uso de referências culturais no ambiente jurídico.

Em seu ofício, a corregedora reconheceu a necessidade de eliminar formalidades excessivas, mantendo o equilíbrio entre linguagem acessível e seriedade institucional.

"Ainda que seja importante eliminar a excessiva formalidade em todas as comunicações do Poder Judiciário e assegurar que a linguagem utilizada seja simples e acessível à sociedade em geral, devem ser evitados elementos que possam suscitar dúvidas quanto à seriedade e decoro dos magistrados", destacou.

Sem citar a juíza, os magistrados foram orientados a utilizar "com prudência e parcimônia expressões informais, referências culturais e recursos de visual law nos atos jurisdicionais".

A imagem original provém do episódio "Dupla Identidade" da série animada "Homem-Aranha", de 1967, onde o protagonista Peter Parker enfrenta um ator criminoso chamado Charles Cameo.

O meme, em circulação desde 2011, representa situações de confusão e ironia, com os personagens idênticos apontando um para o outro como impostores.

Nesta quinta-feira, 22, às 18h30, o Partido dos Trabalhadores (PT) realizará uma reunião virtual para debater estratégias digitais de enfrentamento a fake news. Convocado pela presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o encontro contará com a participação de Sidônio Palmeira, novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), além de congressistas, assessores e dirigentes do partido.

O evento ocorre em um contexto de reavaliação da comunicação do governo federal, especialmente após a crise do Pix. Na semana passada, após a divulgação maciça de fake news sobre o tema, o governo Lula revogou medida da Receita Federal que ampliava o monitoramento sobre transações financeiras, incluindo o Pix.Também enviou uma Medida Provisória (MP) ao Congresso para reforçar a gratuidade e sigilo do meio de pagamento.

O encontro desta quinta-feira foi precedido por uma série de críticas de Lula sobre a condução da comunicação do governo. Desde o início de 2024, o presidente demonstrou insatisfação com os resultados da área e intensificou as reclamações no final do ano. Durante um seminário do PT, em 6 de dezembro, ele reconheceu que houve erros estratégicos e afirmou que mudanças seriam necessárias. Para integrantes do partido, essa declaração foi interpretada como uma "demissão pública" do então ministro Paulo Pimenta.

A reunião virtual tem como objetivo alinhar a atuação do partido e do governo nas redes sociais. "Essa é uma nova linguagem e temos que nos adaptar", disse Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT e organizador do evento, à CNN.

Tatto também ressaltou que a estratégia digital do partido precisa estar conectada à agenda do Planalto e destacou a importância de iniciativas bem-sucedidas nas redes. Um exemplo citado foi o vídeo da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que ultrapassou 100 milhões de visualizações. Ele também mencionou o trabalho nas redes de Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann como referências para o partido.

Na primeira reunião ministerial do ano, nesta segunda-feira, 20, Sidônio disse que todos os seus colegas, de agora em diante, precisarão adotar uma estratégia ofensiva e pôr de pé uma "central de monitoramento das redes sociais" para dar respostas rápidas a problemas que atingem o governo.