Saiba mais sobre os modelos das aeronaves envolvidas em acidente que matou 67 nos EUA

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Um jato da American Airlines, um Bombardier CRJ-701 com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiu na noite desta quarta-feira, 29, com um helicóptero UH-60 Black Hawk do Exército dos Estados Unidos durante a aproximação para pouso no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, perto de Washington (EUA), nesta quarta-feira, 29.

O acidente ocorreu sobre o rio Potomac, e as duas aeronaves caíram na água. Todas as pessoas a bordo morreram. O secretário de transportes do governo de Donald Trump, Sean Duffy, disse que o acidente era perfeitamente evitável. Confira abaixo mais detalhes do helicóptero e do avião.

UH-60 Black Hawk

O Black Hawk (UH-60) é um helicóptero produzido pela empresa norte-americana Sikorsky. Ele tem capacidade de transportar 11 soldados e quatro tripulantes e pode transportar até quatro toneladas. O aparelho, que é blindado, é usado como transporte tático pelo Exército dos Estados Unidos e leva tropas e carga. A fuselagem é capaz de absorver impactos e seus sistemas são redundantes.

Segundo o site do Exército dos Estados Unidos (U.S.Army), ele possui várias versões, desde o UH-60A original, passando pelo UH-60L, que ganhou melhorias em capacidade de peso e velocidade, e o UH-60M, que introduz um motor aprimorado e maior eficiência em velocidade e carga. Recentemente, o Exército iniciou o desenvolvimento do UH-60V, que visa modernizar a frota UH-60L com tecnologia digital.

Além de suas capacidades de transporte, o Black Hawk também desempenha um papel crucial em missões de retirada médica, quando é configurado nas versões HH-60L e HH-60M equipadas com kits de equipamentos especializados para evacuação de emergência. O aparelho é usado em vários locais do mundo, tais como Bahrein, Jordânia, México, e também no Brasil.

Bombardier CRJ-701

A linha de jatos CRJ-700 foi projetada pela Bombardier Aerospace para voos regionais. Ele é uma evolução do seu antecessor, o CRJ-200. O desenvolvimento do novo modelo levou dez anos. Ele tem capacidade para até 70 passageiros, além de três tripulantes, autonomia de voo de 1.985 milhas náuticas (algo como 3.760 quilômetros), e voa a uma altitude de 41.000 pés (12,5 quilômetros). O peso máximo de decolagem é de 75.250 libras (34,12 toneladas).

Por meio de um acordo comercial finalizado em 1º de junho de 2020, a divisão CRJ da Bombardier foi vendida para a Mitsubishi Heavy Industries, Ltd (MHI) por US$ 585 milhões (R$ 3,34 bilhões em valores atuais). A venda incluiu as atividades de manutenção, suporte, reforma, marketing e vendas das aeronaves CRJ, além dos serviços relacionados e rede de suporte em Montreal, Quebec, Toronto, Ontario, no Canadá, e centros de serviços em Bridgeport, West Virginia, e Tucson, Arizona, assim como os certificados de tipo.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira, 30, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia uma eleição se o pleito ocorresse hoje. Para ele, a situação será ainda mais desfavorável ao petista em 2026.

"E, em 2026, [Lula] perde por uma margem maior ainda. Porque a economia não está indo bem", disse Nunes em entrevista à rádio Nova Brasil.

O prefeito avaliou que o presidente enfrentará dificuldades para a reeleição diante dos possíveis adversários. "Creio que o presidente Lula vai ter muita dificuldade [de se reeleger], ainda mais com os nomes que devem estar vindo aí", disse.

As críticas do prefeito ocorrem um dia depois de o secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmar que Lula tem "cometido muitos erros" na política econômica e não venceria a eleição se fosse hoje. "Se fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam a eleição", disse o secretário. "Os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026."

A declaração de Kassab foi ironizada por Lula nesta quinta, em entrevista no Palácio do Planalto. "Quando vi a história do companheiro Kassab, comecei a rir. Quando ele disse que se a eleição fosse hoje eu perderia, eu olhei no calendário e percebi que a eleição é só daqui a dois anos e fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição", afirmou Lula.

Na entrevista, Nunes afirmou que Kassab é um dos políticos mais capacitados para analisar o quadro eleitoral. "Ele é um especialista nisso", afirmou o prefeito.

O prefeito de São Paulo destacou a diferença entre eleições locais e nacionais. "A gente sabe que, em uma eleição municipal, as pessoas olham muito o seu dia a dia, a sua vida na cidade. E, nas eleições nacionais, [pesam] muitas questões ideológicas, mas também pesa demais a questão econômica do País."

Nunes criticou a condução da economia pelo governo federal. Segundo ele, a inflação está acima da meta, o dólar subiu e os gastos foram elevados nos primeiros anos do mandato. "Normalmente, em uma gestão, você segura nos dois primeiros anos para fazer os maiores gastos nos dois anos finais, e eles já gastaram mais do que deveria agora. E nesses dois anos, deve ser pior", afirmou.

Ele também questionou a política fiscal do governo. "Se não tem responsabilidade fiscal, não vai dar certo." Para o prefeito, os impactos dessa gestão econômica ainda serão sentidos nos próximos anos. "A conta vai chegar."

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou estar preparado para ser preso a qualquer momento pela Polícia Federal (PF). Em entrevista publicada nesta quinta-feira, 30, pela revista americana Bloomberg, o ex-chefe do Executivo federal disse que espera ser acordado por agentes da corporação.

"Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h da manhã: 'É a Polícia Federal!'", afirmou. Bolsonaro já foi indiciado em três investigações: a suposta trama golpista, a fraude no cartão de vacinação e o caso das joias sauditas.

A mais recente das acusações ocorreu em novembro de 2024, quando a PF o indiciou por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, foi preso no mês seguinte, acusado de tentar obstruir as investigações ao buscar acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Não é a primeira vez que Bolsonaro comenta sobre a possibilidade de ser acordado pela PF. No dia 22, o ex-presidente afirmou que acorda todos os dias com a sensação de ter agentes na porta de sua casa.

Durante a entrevista, o ex-presidente se comparou a Donald Trump, que voltou ao comando dos Estados Unidos neste mês. "Eu fui esfaqueado aqui. Ele levou um tiro aí", disse, referindo-se aos ataques sofridos pelos dois durante campanhas eleitorais.

Ele também traçou um paralelo entre os ataques golpistas ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. "Ele teve o 6 de janeiro, eu, o 8 de janeiro. Eu fiquei muito feliz com a anistia que ele deu. Eu espero que não precisemos esperar eleger um conservador em 2026 para fazer o mesmo aqui", afirmou.

Logo após retornar à Casa Branca, Trump perdoou 1,5 mil acusados pelo ataque ao Capitólio.

Sobre a delação de Mauro Cid, Bolsonaro classificou as declarações do ex-ajudante de ordens como "absurdas", mas disse que o tenente-coronel estaria sendo pressionado.

Inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro afirmou ser o único nome capaz de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. "Hoje, eu sou a oposição contra Lula. Qualquer outro nome que concorrer tem um sério risco de perder", disse.

O ex-presidente disse que pretende pressionar o Judiciário com o apoio de organizações internacionais para viabilizar sua candidatura à Presidência. Também afirmou que planeja pedir novamente a devolução de seu passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF) para comparecer ao congresso conservador CPAC, em Washington, no próximo mês.

O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT), avaliou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria 'conversar mais com as pessoas' no atual mandato. A declaração foi dada durante entrevista à Globonews nesta quinta-feira, 30. "Eu acho que ele vai se dedicar mais (a isso) nestes dois anos agora", disse.

"Essa é a força dele. Ele consegue galvanizar. Quando ele conversa, acaba tirando muito ruído", continuou o senador. "Talvez ele não esteja com a mesma disponibilidade que ele teve em 2003. São 20 anos. Teve prisão, teve acidente, teve casamento novo. São momentos diferentes do 'ser humano Lula'." Hoje, o presidente Lula deu entrevista coletiva de imprensa no Palácio do Planalto e prometeu realizar mais conversas assim com jornalistas.

Questionado sobre a declaração do presidente do PSD, Gilberto Kassab, cujo partido possui três ministérios no governo federal - Agricultura e Pecuária, Minas e Energia e Pesca e Aquicultura - de que o petista não se reelegeria em 2026 se a eleição fosse hoje e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) é "fraco", o senador disse que considerou essa uma fala "mal colocada" e "desnecessária".

"Em minha opinião, não tem nenhum plano B. Para mim, o plano é ele", declarou. "Se chegar em 2026 e ele estiver com algum problema de saúde, pode ser que ele decline, mas por enquanto não vejo isso."