EUA: acidente aéreo na Filadélfia deixa sete mortos e 19 feridos

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Sete pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas em decorrência da queda do avião de pequeno porte que caiu na noite de ontem, 31, na Filadélfia, segundo autoridades que acompanham a retirada dos destroços do avião. Segundo as autoridades, dos mortos, seis estavam no avião e um estava na via terrestre.

O avião de pequeno porte transportava seis pessoas, incluindo uma criança que tinha acabado de passar por tratamento em um hospital. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, confirmou que todos os seis passageiros a bordo do jato de transporte médico morreram. Todas as vítimas eram do México. Ela lamentou as mortes.

O avião caiu em um cruzamento movimentado logo após a decolagem do pequeno Aeroporto Nordeste da Filadélfia. As autoridades inspecionaram carros queimados e destroços carbonizados para reunir pistas que possam explicar o acidente. O jato caiu em uma área residencial e explodiu em uma bola de fogo ao cair no cão que engoliu várias casas.

Adam Thiel, diretor administrativo da cidade, disse que pode levar dias - ou mais - até que as autoridades possam confirmar o número total de mortos e feridos. É "inteiramente possível" que haja mudanças nos números de vítimas, disse Thiel. Há "muitas incógnitas" sobre quem estava onde nas ruas do bairro quando o avião caiu.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou as mortes, quando não havia confirmação de sobreviventes.

A Jet Rescue Air Ambulance está sediada no México e tem operações lá e nos Estados Unidos. A empresa operava o Learjet 55, que foi registrado no México. O porta-voz da Jet Rescue, Shai Gold, disse que uma equipe experiente operou o avião e todas as tripulações de voo passaram por um treinamento rigoroso. A Jet Rescue fornece serviços globais de ambulância aérea.

A Administração Federal de Aviação (FAA) disse que o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes liderará a investigação, com o envio de mais investigadores ainda neste sábado.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, 11, o julgamento que pode cassar o mandato do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), acusado de abuso de poder político e econômico.

Denarium foi condenado quatro vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) em 2023, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Ele permanece no cargo enquanto os recursos são analisados, situação que se mantém devido à suspensão temporária do processo.

O caso já havia sido pautado em agosto, mas a análise foi suspensa logo após o voto da relatora, ministra Isabel Gallotti, em razão de um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Em nota, a assessoria do governador afirmou que continua "confiando na Justiça, nas instituições e em todos que, assim como nós, acreditam em um Estado melhor para viver, trabalhar e empreender".

Denarium destacou ainda os avanços do estado: "Um Estado que se destaca no Brasil com o maior crescimento do PIB, a maior redução do número de homicídios, com aumento da área plantada e do rebanho bovino", disse em publicação nas redes sociais.

Na sessão, também será julgado o vice-governador Edson Damião (Republicanos), acusado pelos mesmos crimes. A ministra Isabel Gallotti, apontou que o número de beneficiários do programa "Cesta da Família" aumentou 400% em 2022, passando de 10 mil para 50 mil pessoas atendidas.

Em seu voto, Gallotti destacou ainda o programa "Morar Melhor", voltado à reforma de moradias de famílias de baixa renda, afirmando que ele foi "um engenhoso expediente que culminou na criação de novos programas em ano eleitoral, com dividendos eleitorais em favor do candidato à reeleição ao governo do Estado".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda-feira, 10, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente de deputado Bosco Costa (PL-SE), por corrupção com emendas parlamentares.

Segundo a PGR, os deputados condicionaram a destinação de R$ 6,67 milhões em emendas ao município de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, ao pagamento de R$ 1,67 milhão em propinas. Os parlamentares negam irregularidades.

A Procuradoria afirma que as provas são "irrefutáveis" e que a autoria e a materialidade dos crimes estão comprovadas por diálogos e documentos obtidos na investigação.

"Embora os deputados Josimar e Bosco Costa tenham negado a autoria das emendas, aproveitando-se da baixa transparência dos dados públicos sobre a procedência desses recursos, as provas confirmam serem eles os responsáveis pelas destinações", diz a PGR.

O vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, enviou ao STF os últimos argumentos da acusação no processo. As defesas ainda vão apresentar suas alegações finais, última etapa antes do julgamento. O relator do processo é o ministro Cristiano Zanin.

Além da condenação, a PGR pede a perda dos mandatos e o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos.

A PGR afirma que Josimar Maranhãozinho "ostentava a posição de liderança" do suposto esquema e, nessa condição, "coordenava a destinação dos recursos patrocinados pelos demais congressistas" e depois distribuía as propinas.

"Não há dúvida de que os réus, sob a chefia do deputado Josimar, constituíram e integraram organização criminosa", diz a Procuradoria nas alegações finais.

Os repasses teriam ocorrido entre dezembro de 2019 e abril de 2020, de acordo com a denúncia. Na época, o prefeito de São José de Ribamar era José Eudes Sampaio Nunes. A PGR afirma que ele foi "insistentemente abordado para ceder à solicitação de propina".

As defesas vêm pedindo o arquivamento da ação por falta de provas.

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol-SP), criticou a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), ex-secretário de Segurança do governo paulista, como relator do projeto de lei antifacção.

"Colocar o Derrite como relator de um projeto do governo para o combate das facções criminosas me soa como uma provocação", disse Boulos, em entrevista depois de um painel sobre resíduos sólidos e crédito de carbono na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Boulos criticou a escolha argumentando que o deputado está partidária, direta e eleitoralmente comprometido com quem tem se colocado como adversário do governo Lula. "Ele está, inclusive, comprometido com quem foi contra a PEC da Segurança Pública, que é o que permite que o governo federal atue de forma mais eficaz no combate ao crime organizado", disse o ministro.