Trump: 'Canadá deveria se tornar nosso precioso 51º Estado'

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que o Canadá deveria se tornar o "precioso 51º Estado" de seu país.

Como argumento, Trump diz que os EUA pagam "centenas de bilhões de dólares para subsidiar o Canadá" e que, "sem esse subsídio massivo, o Canadá deixa de existir como um país viável".

O presidente disse ainda que os EUA não precisam de nada que o Canadá tenha. "Temos energia ilimitada, deveríamos fazer nossos próprios carros, e temos mais madeira do que jamais poderemos usar", afirmou, em rede Truth Social, neste domingo, 2.

"Portanto, o Canadá deveria se tornar nosso precioso 51º Estado. Muito menos impostos, e proteção militar muito melhor para o povo do Canadá - e sem tarifas!"

Tarifas

Os Estados Unidos anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá a partir de terça-feira, 4, com exceção dos recursos energéticos (petróleo, gás natural e eletricidade), que terão tarifa de 10%.

O país também anunciou tarifa de 25% sobre produtos do México e uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China.

Em retaliação, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou taxas de 25% sobre até US$ 155 bilhões (R$ 903 bilhões) em importações dos EUA.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste domingo, 2, a morte do ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso (MDB), de 86 anos. Em mensagem na rede social X (antigo Twitter), Lula ressaltou a trajetória do político mineiro como um "importante opositor da ditadura" e um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (anteriormente com a sigla PMDB) no Estado.

"O advogado e empresário ajudou a fundar o MDB de Minas Gerais e foi um importante opositor da ditadura, tendo sido eleito deputado federal, prefeito mais de uma vez de Contagem e governador do Estado. Meus sentimentos aos familiares e amigos", destaca a mensagem do presidente.

Hoje, a Liderança do MDB na Câmara também fez uma manifestação, relatando que Newton Cardoso "foi um incansável defensor dos interesses de sua região e, em especial, dos mais necessitados". Em nota do dia 31 de janeiro, os familiares do ex-governador de Minas Gerais haviam afirmado que Newton estava em quadro clínico que "inspirava cuidados", com internação nos últimos dias.

Eleito neste sábado, 1º, para um novo mandato à frente do Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) retomou um tema que levou seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o antigo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a entrarem em um cabo de guerra em 2023: o rito para analisar medidas provisórias (MPs) do governo.

Em seu discurso antes da votação, Alcolumbre, eleito na sequência com 73 votos, afirmou ser "urgente" o retorno das comissões mistas para avaliar as medidas enviadas pelo governo.

"O processo legislativo das medidas provisórias também precisa ser retomado urgente. As comissões mistas são obrigatórias por mandamento constitucional. Suprimi-las ou negligenciá-las não é apenas errado do ponto de vista do processo: é uma redução do papel do Senado Federal", disse.

O rito de tramitação ao qual o agora novo presidente se referiu foi suspenso durante a pandemia de covid-19 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando as propostas vindas do Poder Executivo passaram a ser votadas diretamente no plenário das duas Casas Legislativas, para dar celeridade ao processo.

Conforme a Constituição determina, as medidas provisórias adotadas pelo presidente da República devem ser analisadas por uma comissão mista, formada por 12 deputados e 12 senadores, designada pelo presidente do Congresso, antes de seguirem para votação nos plenários.

Na prática, a relatoria das medidas provisórias ficava ora a cargo de um senador, ora de um deputado, em um revezamento. Com a alteração, Lira viu mais poder acumulado em suas mãos. Primeiro, com o direito de indicar o relator de todas as MPs, que, via de regra, passam primeiro pela Câmara e seguem para a revisão do Senado. Além disso, também passou a ser dele a prerrogativa para pautar a tramitação das MPs sem a interferência do Senado.

O caso virou um impasse em fevereiro de 2023, quando Pacheco quis retomar o modelo pré-pandêmico, mas Lira propôs que o rito fosse alterado em definitivo. Segundo o site do Congresso, 22 comissões mistas com a finalidade de analisar medidas provisórias de 2024 estão aguardando instalação.

Em entrevista coletiva após ser eleito, Alcolumbre criticou a "falta de comunicação" dos presidentes das duas Casas durante os últimos quatro anos. "[o distanciamento] de certo modo enfraqueceu o Poder Legislativo. Não estou criticando nem o Arthur, nem o Rodrigo. Estou fazendo uma constatação que todos nós sabemos", disse.

O novo presidente falou que, no novo regime de tramitação, os senadores passaram a ser chamados "aos 45 minutos do segundo tempo", e que ficavam sem possibilidade de, eventualmente, aprimorar as medidas. Por norma, elas passam a valer com força de lei assim que o presidente da República as decreta, mas têm o prazo de 120 dias para serem validados pelo Congresso e se converterem definitivamente em lei ordinária.

"Não é e nunca será correto uma decisão unilateral de um Poder que é bicameral acabar tirando a autonomia e a autoridade do Senado", afirmou.

Políticos da esquerda à direita do espectro político lamentaram a morte da bispa Keila Ferreira, liderança da Assembleia de Deus do Brás, bairro da dona leste de São Paulo. Entre as manifestações estão as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A causa da morte, ocorrida neste sábado, 1º de fevereiro, não foi divulgada. Keila tinha 52 anos e era mulher do bispo Samuel Ferreira, com o qual dividia a liderança da igreja.

Na manhã deste domingo, 2, o presidente Lula publicou uma nota de pesar, afirmando que Keila "era uma referência de fé inabalável e amor genuíno ao próximo". "Neste momento tão doloroso, elevo minhas orações a Deus, pedindo que Ele proporcione conforto, força e consolo à família Ferreira, à Igreja e a todos os amigos que estão sofrendo com essa perda inesperada", disse o presidente, em nota publicada pelo Planalto.

O governador de São Paulo também lamentou a morte da bispa, a qual afirmou que "compreendia bem o sacrifício de Cristo na cruz". Além de se solidariezar com a igreja, família e amigos de Keila, Tarcísio desejou que "a dor vire saudade e esperança na vida com Cristo".

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (Republicanos) também publicou uma breve nota em seu perfil no X (antigo Twitter), anunciando que está de luto pela morte da bispa e desejou que Deus console o marido e a família.

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) publicou junto com a mulher, a pastora Edileusa Feliciano, uma nota de pesar desejando conforto à família pela "perda irreparável".

O pastor Silas Malafaia, que não tem cargo público, mas participa ativamente da política institucional, também fez uma postagem em casal. Ele e sua esposa, pastora Elizete Malafaia, desejaram que "Deus Todo-Poderoso console" o bispo e a família.