Argentina anuncia saída da OMS após decisão semelhante dos EUA

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A Argentina anunciou nesta quarta-feira, 5, a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão do governo de Javier Milei já era prevista, assim como a possível retirada do Acordo de Paris e a remoção do feminicídio do Código Penal do país.

De acordo com a Casa Rosada, a saída da OMS é motivada por "profundas diferenças sobre a gestão sanitária durante a pandemia, que resultou no confinamento mais amplo da história da humanidade". O porta-voz do governo também declarou que a Argentina não permitirá "que um organismo internacional interfira em nossa soberania".

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A Câmara dos Deputados terá uma comissão especial para discutir uma reforma eleitoral com modelo distrital misto. A decisão foi tomada em reunião do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o colégio de líderes partidários, na manhã desta quarta-feira, 5.

A bancada do PSD está em defesa do modelo distrital misto, por meio do Projeto de Lei 9.212/2027, de autoria de José Serra (PSDB-SP), quando era senador. O formato combina regras do voto distrital (majoritário) com o voto em listas fechadas (proporcional). Ainda não estão definidos os integrantes da comissão especial.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse a líderes partidários que deve ocorrer na semana que vem a discussão sobre a instalação da comissão especial sobre o projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2025.

Segundo deputados que estiveram presentes na reunião, na manhã desta quarta-feira, 5, Motta disse que a sua gestão ainda está na fase de montagem do "time" da Secretaria-Geral da Mesa. O deputado paraibano pediu, então, mais uma semana para discutir a instalação das comissões especiais e das comissões parlamentares de inquérito.

A comissão especial para a anistia foi criada em outubro, pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O colegiado, no entanto, ainda não foi instalado, ou seja, ainda não há definição de presidente, relator e membros. O grupo terá 34 integrantes.

Motta tem dito em entrevistas que o tema deverá ser enfrentado em uma mesa de negociação entre o PT, que é contra a anistia, e a oposição, que é a favor.

Reuniões de líderes às quintas; sessões presenciais às quartas

Motta também decidiu em conjunto com líderes que as reuniões do colegiado serão às quintas-feiras, às 10h, e as sessões das quartas-feiras serão presenciais.

As mudanças fazem parte de uma série de medidas da nova gestão presidencial da Câmara por mais "previsibilidade", conforme promessas que Motta tem feito em entrevistas. O deputado também tem dito que evitará votações sob regime de urgência, para fortalecer as comissões temáticas e apreciar somente as pautas em que há consenso.

As reuniões de líderes servem para que o presidente da Câmara defina as pautas a serem votadas no plenário, em acordo com as bancadas de cada partido. Motta diz que essas reuniões, em sua gestão, vão definir pautas com uma semana de antecedência.

No caso das sessões de quarta, os líderes terão de registrar presença no plenário entre as 16h e 20h. Nas terças e quintas, poderão registrar votos por meio do Infoleg, sistema virtual da Câmara para votação remota.

Após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberar o repasse de emendas parlamentares à Fundação Faculdade de Medicina (FFM), a entidade informou que vai aperfeiçoar a transparência sobre a aplicação dos recursos.

O diretor-presidente da FFM, Arnaldo Hossepian Junior, afirma ao Estadão que a instituição está à disposição dos órgãos de controle. "A FFM reitera seu compromisso de aperfeiçoar, cada vez mais, a publicidade e a transparência de suas ações no manuseio de recursos públicos, algo sempre escasso, sobretudo na área da saúde."

A FFM é uma entidade sem fins lucrativos que atua em apoio às atividades da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital das Clínicas, maior complexo hospitalar da América Latina.

A fundação foi citada em um relatório da CGU sobre organizações não governamentais e entidades do terceiro setor que, segundo a Controladoria-Geral da União, não adotam mecanismos adequados de transparência ou não divulgam informações sobre a aplicação de verbas de emendas parlamentares.

Dino liberou o dinheiro após a própria Controladoria-Geral da União informar que a FFM promoveu ajustes e agora cumpre integralmente as exigências para receber os recursos. A decisão também beneficia outras oito entidades.

"Consoante atestado pela CGU, não existe, no atual momento, impedimento de repasses de emendas pelos Ministérios setoriais", escreveu o ministro.

A CGU concluiu que a Fundação Faculdade de Medicina "disponibiliza página de transparência de fácil acesso", com informações sobre as emendas parlamentares empenhadas entre 2020 e 2024, "e, portanto, cumpre os requisitos de transparência".

Flávio Dino é relator de uma ação sobre a distribuição das emendas parlamentares. O ministro estabeleceu critérios de transparência e rastreabilidade que precisam ser cumpridos pelo Congresso ao direcionar os recursos. Também cobrou adequações de ONGs e entidades do terceiro setor que recebem dinheiro público. O objetivo é permitir o monitoramento da aplicação das emendas.

Mais cedo, Dino convocou uma audiência de "contextualização e conciliação" para avaliar o cumprimento das decisões do STF sobre o tema. A reunião com representantes do Executivo e do Legislativo foi marcada para 27 de fevereiro. O ministro formulou 15 questionamentos e aguarda respostas na reunião. Em paralelo, e também por ordem do ministro, a Polícia Federal investiga se houve irregularidades na liberação das emendas.