Presidente do Panamá, José Mulino diz que conversará com Trump nesta sexta-feira (7)

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, afirmou nesta quinta, 6, que conversará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde de sexta-feira, 7. A informação foi publicada pelo perfil do panamenho no X, antigo Twitter, citando como horário esperado para a conversa 17h30 (de Brasília).

Hoje, Mulino negou que seu governo tenha fechado um acordo com os Estados Unidos autorizando navios de guerra americanos a transitarem no Canal do Panamá sem pagar taxas.

Em outra categoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira, 31, às 11h com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o secretário de Imprensa da Secom, Laércio Portela, no Palácio da Alvorada. Em seguida, às 11h30, teve reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Esses são os dois únicos compromissos oficiais que apareceram na agenda do chefe do Executivo desta segunda.

O Ministério Público Federal (MPF) concluiu, sem oferecer denúncia, o inquérito que investigou se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) importunou uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

A investigação foi arquivada porque, na avaliação do Ministério Público, não ficou comprovado que o ex-presidente teve a intenção de importunar o animal.

A procuradora da República Maria Rezenda Capucci afirma na decisão que, embora Bolsonaro tenha desrespeitado o distanciamento mínimo, não houve "demonstração inequívoca da intenção em incomodar, maltratar, enfadar ou causar dano ou prejuízo a alguma espécie de cetáceo".

"Esta intenção no caso em análise, ainda que possa ter existido, não foi suficientemente demonstrada pelos elementos colhidos na investigação a justificar o inicio da persecução penal", afirmou a procuradora.

Com base nos mesmos documentos, a Polícia Federal (PF) já havia concluído a investigação sem o indiciamento de Bolsonaro.

O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa o ex-presidente, afirmou em nota que a investigação é "absurda" e que a máquina pública foi mobilizada "na direção de um episódio nitidamente sem qualquer repercussão jurídica", mas que foi "amplamente explorado pelo ambiente político".

Em depoimento, o ex-presidente confirmou que cruzou com a baleia no passeio, o que foi registrado em vídeo, mas alegou que tomou os cuidados necessários para não atrapalhar a movimentação do animal. Bolsonaro afirmou que adotou a "precaução de não cruzar a linha de deslocamento do animal, muito menos se aproximar do mesmo para evitar uma situação de risco". Também alegou que o jet ski que pilotava estava em ponto morto e que aguardou a baleia de distanciar para retomar seu deslocamento.

Bolsonaro foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Após o episódio, o Ministério Público Federal em Caraguatatuba também ampliou a fiscalização do turismo de observação de baleias no litoral norte de São Paulo.

O ato em São Paulo neste domingo, 30, contra a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, foi motivo de disputa de narrativas entre bolsonaristas e governistas, representados pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) e aliados.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado na última semana, foram às redes sociais criticar a manifestação. "Se o Bolsonaro comer um pastel na Paulista dá mais gente", escreveu o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Ele usou imagem em que um grupo de pessoas posa para foto para ironizar a quantidade de participantes do ato do último domingo. "A esquerda conseguiu fazer uma manifestação tão grande que dá pra contar quantas pessoas foram na foto. Eu contei 44, e vocês?", postou.

Boulos reagiu, respondendo a publicação do parlamentar mineiro com uma imagem que mostrava mais pessoas reunidas em frente ao carro de som. "Acho que o Chat GPT te entregou a foto errada, Nikole!".

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou foto de trecho que não fazia parte do trajeto do ato contra a anistia, em frente ao Masp, para dizer que a mobilização "flopou". "A rua é nossa, a internet é nossa, o Congresso é nosso!", afirmou.

A região era ponto de concentração da segunda Marcha Transmasculina da cidade de São Paulo, de reivindicação de direitos à população LGBTQIA+, marcada para o mesmo dia.

O ex-presidente também se manifestou, ironizando o número de participantes apontado por projeto da Universidade de São Paulo (USP) na manifestação convocada por ele em Copacabana (RJ), no mês passado, em defesa ao "PL da anistia".

"Segundo a USP e a rede Globo, a manifestação do PT contra a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro tem 5 bilhões de pessoas!", disse Bolsonaro. "Segundo a PM do Rio deve ter 10 pessoas aqui, né, futuro presidiário?", respondeu Boulos.

A estimativa da universidade foi menor do que a da Polícia Militar do Rio de Janeiro, e os números "inflados" da corporação motivaram pedidos de esclarecimentos de deputados estaduais do estado.

Boulos concluiu a série de postagens sobre a manifestação no X, antigo Twitter, dizendo que o "recado foi dado": "Em memória das vítimas da ditadura, em respeito a luta dessa geração pela democracia, é sem anistia para golpista", escreveu.

Anistia em foco

Atos contra a aprovação do projeto de lei que quer perdoar os crimes relacionados ao 8 de Janeiro estão previstos para ocorrer ainda esta semana, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), Salvador (BA), Aracaju (SE), Teresina (PI) e João Pessoa (PB).

Já no próximo domingo, 6, os bolsonaristas planejam retornar às ruas para pedir pela anistia, dessa vez na avenida Paulista.

Segundo o levantamento "Placar da Anistia", do Estadão, 192 deputados federais declararam intenção de votar pela aprovação do projeto. A matéria pode ser pautada na Câmara com o retorno do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial ao Japão e ao Vietnã.