Desaprovação de Trump sobe e bate 51%, com preocupações sobre economia, mostra pesquisa

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A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu nos últimos dias, à medida que ele completa um mês de retorno à Casa Branca. Segundo uma pesquisa da Ipsos/Reuters, a principal preocupação dos norte-americanos são os rumos da economia, agravada pela ameaça do republicano de impor tarifas a vários países.

O levantamento, encerrado na terça-feira, 18, mostrou que a desaprovação ao governo Trump aumentou de forma expressiva, passando de 41% logo após a posse para 51% no levantamento mais recente.

Ao mesmo tempo, 44% dos entrevistados dizem aprovar o desempenho de Trump como presidente, uma leve queda em relação aos 45% registrados na pesquisa anterior, feita entre 24 e 26 de janeiro. Logo após sua posse, nos dias 20 e 21 de janeiro, a aprovação de Trump era de 47%.

A insatisfação com a economia cresceu: 53% dos norte-americanos disseram acreditar que o país está "no caminho errado", ante 43% na pesquisa anterior.

O levantamento também revelou que 54% dos entrevistados se opõem às novas tarifas sobre bens importados, enquanto 41% são favoráveis. O aumento das tarifas sobre produtos chineses tem um nível maior de apoio, com 49% a favor e 47% contra.

A aprovação da gestão econômica de Trump caiu para 39%, em comparação aos 43% registrados anteriormente.

Apesar da queda, a Ipsos destaca que a aprovação de Trump na economia ainda é superior à do democrata Joe Biden, que terminou seu mandato com 34%.

No entanto, o índice atual está bem abaixo dos 53% que o republicano registrava em fevereiro de 2017, no primeiro mês completo de seu primeiro mandato.

A política de imigração do presidente continua recebendo apoio de 47% dos entrevistados, com destaque para a promessa de intensificar as deportações de imigrantes em situação irregular.

A pesquisa foi realizada online com 4.145 entrevistados nos Estados Unidos e tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que a presença dos dois é "fundamental". "É fundamental que eles compareçam para que possamos esclarecer, com mais rapidez, tudo o que aconteceu. Respeito a decisão do ministro, mas considero injustificável permitir que não venham depor", afirmou.

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Investigação da Polícia Federal aponta o "Careca do INSS" como um dos principais operadores do esquema fraudulento de descontos associativos em aposentadorias. Camisotti, por sua vez, é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas no esquema.

Os dois foram presos nesta sexta-feira, 12, em uma nova fase da Operação Sem Desconto. O escritório do advogado Nelson Willians foi alvo de buscas.

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Durante o evento, Lula chegou a sugerir, em tom de brincadeira, que o nome da EBSERH passe a ser "Minhocão". No entanto, ao Broadcast Político, Chioro disse que ainda não há a previsão de um novo nome.

Nascida em 2011 como uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação, a EBSERH tem como finalidade a gerência de 45 hospitais universitários federais.

Neste sábado, a empresa promove a "EBSERH em Ação - Agora Tem Especialistas", com a realização de 29 mil procedimentos no Brasil, entre eles 22.700 exames, 4.500 consultas e 1.900 cirurgias eletivas, em especialidades como oncologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher.

Pesquisa Datafolha divulgada há pouco revela que 50% dos brasileiros defendem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos, enquanto 43% são contra a medida.

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Em abril, primeira ocasião da pergunta aos participantes, 52% eram a favor da prisão do ex-presidente e 42%, contra. Já em julho, houve um empate técnico: 48% a 46%, respectivamente. A distância voltou a ser retomada na pesquisa atual.

Sobre a crença na execução da pena, em abril, 52% responderam que Bolsonaro escaparia de ser preso, contra 41%, o que ficou estável na pesquisa de julho (51% a 40%). Já na semana passada, em meio ao julgamento, 50% acreditavam que o ex-presidente iria para a cadeia, ante 40%.