Casa Branca espera que acordo de minerais entre EUA e Ucrânia seja assinado até sexta

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A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quarta-feira, 25, que o acordo de extração de minerais entre Estados Unidos e Ucrânia deve ser assinado até sexta-feira, 27. "O acordo de minerais será um grande passo para o acordo de paz na Ucrânia", disse em entrevista à Fox News.

 

"O presidente Donald Trump está disposto a receber Volodimir Zelenski na Casa Branca para assinar o termo, desde que o ucraniano também esteja disposto", acrescentou Leavitt.

 

Ela também confirmou a participação do bilionário Elon Musk na primeira reunião de gabinete do republicano, que acontece nesta quarta na Casa Branca. "Os secretários de Estado vão atualizar seus esforços de cortes de gastos hoje com o líder do Doge Departamento de Eficiência Governamental na reunião", afirmou. Segundo Leavitt, "todos estão muito empenhados em achar as fraudes financeiras de Joe Biden no governo dos Estados Unidos".

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Mais da metade dos brasileiros acredita que Jair Bolsonaro (PL) deveria desistir de uma eventual candidatura à Presidência em 2026. De acordo com pesquisa Datafolha, 67% dos entrevistados se posicionaram contra a tentativa do ex-presidente de voltar ao Palácio do Planalto, mesmo ele estando inelegível até 2030.

Já 29% defendem que Bolsonaro mantenha sua campanha, enquanto 4% não souberam ou preferiram não responder.

O levantamento foi feito de forma presencial com 2.004 eleitores com 16 anos ou mais, em 136 cidades do País, entre os dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Os segmentos que mais demonstram apoio a uma eventual candidatura de Bolsonaro incluem pessoas com renda entre cinco e dez salários mínimos (42%), evangélicos (40%) e residentes da região Sul (37%).

Por outro lado, a rejeição ao nome é mais expressiva entre os eleitores com menor nível de escolaridade e os moradores do Nordeste, ambos com 73%. Também lideram a resistência os que têm renda mais baixa (72%), além das mulheres e dos jovens, grupos em que a rejeição chega a 70%.

Apesar das restrições impostas pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro segue manifestando intenção de concorrer. Sua inelegibilidade até 2030 foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base em duas condenações por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Reeleição de Lula

Por outro lado, a percepção de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará às urnas como candidato à reeleição em 2026 se consolidou entre os eleitores. A pesquisa do Datafolha mostra que 66% acreditam na candidatura, sendo que 42% afirmam ter certeza disso, e 24% apontam a chance como provável.

O total representa um avanço de quatro pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, realizado no início de abril. Nesta nova rodada, o instituto ouviu presencialmente 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em 136 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Por outro lado, a parcela da população que não acredita em uma nova candidatura de Lula caiu de 34% para 28%.

Além da percepção da candidatura, o Datafolha também testou Lula em diferentes cenários eleitorais. No primeiro turno, ele lidera em cinco das seis simulações, com intenções de voto entre 36% e 38%. Já em possíveis disputas de segundo turno, aparece em desvantagem frente a candidatos da direita.

Em abril, Lula superava Bolsonaro por 49% a 40%, mas agora há empate técnico: 44% para o petista e 45% para o ex-presidente. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), a vantagem também diminuiu, de 48% a 39% para 43% a 42%. Apesar disso, Lula ainda vence Tarcísio por 37% a 21% no primeiro turno e supera Michelle Bolsonaro por 37% a 26%.

Gilson Machado Neto, de 57 anos, é formado em Medicina Veterinária, mas atua como empresário dos ramos de eventos, turismo e radiodifusão. É sobrinho de Gilson Machado Filho, deputado que atuou na Constituinte e esteve no Congresso até meados da década de 1990.

O ex-ministro do Turismo é considerado um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, de quem se aproximou em 2018. Foi secretário do Ministério do Meio Ambiente e, em maio de 2019, foi indicado para presidir a Embratur.

Machado ganhou destaque por aparecer tocando sanfona em lives de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19. O sanfoneiro já gravou com nomes como Zé Ramalho, atua na banda Brucelose até hoje e já deu aulas para Bolsonaro. "A música me deu tudo na vida. Já fiz mais de três mil apresentações pelo Brasil, mais de 30 anos de carreira", afirmou ele ao quadro Joga no Google, do Estadão, em setembro de 2024.

Em dezembro de 2020, foi remanejado para o Ministério do Turismo. Na época, o então titular da pasta, Marcelo Álvaro Antônio, se envolveu em embate com Luiz Eduardo Ramos, general que comandava a Secretaria-Geral da Presidência, e acabou exonerado.

Em 2022, Machado concorreu ao Senado por Pernambuco, mas não foi eleito. Após o pleito, em novembro de 2022, retornou ao comando da Embratur. Foi substituído no cargo em janeiro de 2023 por Marcelo Freixo, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva.

'Vaquinhas'

Mesmo após o fim do governo Bolsonaro, o ex-ministro permaneceu próximo do ex-chefe do Executivo. Em 2023, foi um dos principais articuladores da campanha de doações via Pix para o ex-presidente. A ação arrecadou R$ 17 milhões, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

No mês passado, Machado passou a divulgar nova campanha de doações, alegando que o ex-presidente precisa de dinheiro para pagar advogados, médicos e ajudar o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado (PL-SP), que se mudou para os EUA.

Em 2024, Machado disputou a prefeitura do Recife. Durante a campanha, em uma sabatina, disse que sua proximidade com Donald Trump seria proveitosa para a capital pernambucana. O trecho com a declaração viralizou nas redes sociais. O ex-ministro perdeu a eleição no primeiro turno.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ouvido pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 13, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado negou ter ajudado o tenente-coronel Mauro Cid a planejar uma fuga do Brasil. O Estadão teve acesso ao termo de depoimento. Ele disse que "nunca procurou qualquer pessoa, em qualquer consulado ou embaixada de Portugal ou de qualquer outro país, buscando expedir passaporte para Mauro Cid".

Machado, que foi preso preventivamente, declarou que só entrou em contato com o consulado português para ajudar o pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, que é idoso, a renovar o passaporte. O contato, segundo ele, foi feito por telefone, direto com o cônsul, e depois por meio de uma funcionária do consulado. O ex-ministro afirmou que foi recebido pelos funcionários e "foi providenciada a expedição do passaporte do seu pai".

Ainda de acordo com o ex-titular do Turismo, ele não tem contato com Cid desde 2022. "Também não manteve contato com ninguém de sua família ou diretamente ligada a ele", diz o termo de depoimento. Questionado sobre a data da última conversa com o ex-ajudante de ordens, Machado disse que não se recordava exatamente, mas que foi pouco depois das eleições, quando "prepararam juntos um documento para ser lido como discurso pelo então presidente em novembro daquele ano".

"O contato foi pessoal, não se recorda de ter tido mais contato com ele, supondo inclusive que ele trocou de telefone; que, portanto, nunca manteve contato com ele durante o período em que ele esteve preso ou agora que se encontra com uma série de restrições, inclusive de deixar o País", afirma o registro do depoimento.

'Inocência'

Ao chegar ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife, para exame de corpo de delito, Machado se disse inocente. "Venho a público reafirmar minha total inocência. Não cometi crime algum. Não matei, não trafiquei drogas. Apenas pedi um passaporte para meu pai, por telefone, no consulado português do Recife. Ele tem 85 anos. E o passaporte, se ele não recebeu, está para receber a renovação do passaporte português dele", afirmou o ex-ministro.

De acordo com o advogado de Machado, Célio Avelino, a defesa não teve acesso ao processo. "A Polícia Federal recebeu um mandado de prisão, mas não disse os motivos da prisão. Ele prestou depoimento, esclareceu o que perguntaram sobre se teria interferido para conseguir um passaporte para Mauro Cid. Ele disse que não. E é só isso que eu sei."

Delator

Cid também prestou depoimento à PF, ontem, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A audiência durou cerca de três horas, e ele negou ter planejado fugir do Brasil. Disse que tem cidadania portuguesa e que isso já havia sido comunicado ao STF, em fevereiro. Na ocasião, a defesa de Cid se ofereceu para entregar a carteira de identidade portuguesa a Moraes. Sobre a viagem de familiares, declarou que foram visitar parentes nos EUA.

O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, afirmou ao Estadão que essa versão de fuga foi inventada por Bolsonaro e que seu cliente cumpre todos os compromissos como delator. "Nunca houve tentativa de fuga. O Cid não tem por que fugir. De onde surgiu essa idiotice? Do Bolsonaro. Ele inventou isso."

Cid também foi questionado sobre mensagens publicadas pela revista Veja atribuídas a ele. Segundo a revista, ele usou um perfil no Instagram em nome de "Gabriela" para se comunicar com uma pessoa próxima ao círculo de Bolsonaro ao longo do processo de delação, em uma espécie de jogo duplo. O militar negou a autoria das mensagens. (COLABORARAM GUSTAVO CÔRTES E RAYANDERSON GUERRA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.