Príncipe de Luxemburgo morre aos 22 anos, vítima de doença rara

Internacional
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O príncipe Frederik de Luxemburgo morreu no dia 1 de março, em Paris, após uma batalha contra um raro distúrbio conhecido como doença mitocondrial POLG. A notícia de sua morte foi anunciada no site da Fundação POLG, que Frederik criou em 2022. Ele tinha 22 anos de idade.

 

Frederik era filho do príncipe Robert e da princesa Julie, e tinha dois irmãos mais velhos: princesa Charlotte, de 30 anos, e príncipe Alexandre, 28.

 

O príncipe Frederik nasceu com a doença mitocondrial POLG, mas como ela é difícil de ser identificada, o diagnóstico só foi descoberto quando tinha 14 anos e seus sintomas estavam se manifestando mais claramente. Este distúrbio não tem tratamento nem cura.

 

Frederik de Luxemburgo criou a Fundação POLG (The POLG Foundation, no original) em 2022. O objetivo dela é financiar e incentivar pesquisas sobre a POLG. A fundação também disponibilizou dados conseguidos a partir do DNA do príncipe, extraídos a partir do trabalho em conjunto dos Laboratórios Jackson e da Universidade de Pádua (Itália).

 

Em paralelo com a fundação, o príncipe criou uma linha de roupas para disseminar a conscientização por meio da venda de camisetas, bonés de beisebol, gorros e moletons bem-humorados.

 

Um amigo do príncipe relatou, segundo a família real, que ele se mostrava grato pela sua condição: "Estou feliz por ter nascido com essa doença. Mesmo que eu morra dela, e mesmo que meus pais não tenham tempo para me salvar, sei que eles poderão salvar outras crianças", disse Freferik, segundo seu amigo Andrew.

 

O que é a doença POLG

 

Segundo o site da Fundação POLG, esta doença é um distúrbio genético que retira a energia das células do corpo, causando disfunção e falência progressiva de múltiplos órgãos.

 

Trata-se de uma doença rara, e segundo a Fundação POLG, não se sabe quantos pacientes existem no mundo.

 

Os sintomas, que podem ser leves a graves, geralmente incluem oftalmoplegia (enfraquecimento do músculo dos olhos), fraqueza muscular, epilepsia e insuficiência do fígado. Como a doença POLG causa uma ampla gama de sintomas e afeta tantos sistemas orgânicos diferentes, é difícil de ser diagnosticada.

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O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou ontem uma carta na qual pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspenda relações diplomáticas e comerciais com o governo de Benjamin Netanyahu, de Israel. Na abertura do 17º Encontro do PT, na noite desta sexta-feira, em Brasília, o senador e atual presidente nacional do PT, Humberto Costa, leu a carta de apoio ao povo palestino e reafirmou a posição histórica do PT em defesa da causa.

"Não é possível virar os olhos às mortes de crianças em Gaza pelos bombardeios de Israel há mais de 20 meses, e agora pela fome e doenças produzidas pelo bloqueio israelense. São crianças, um terço dos 55 mil palestinos mortos em Gaza e na Cisjordânia", descreve a carta. "O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de 'crimes de guerra' até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitária e recebem balas e bombas."

O documento destaca que, no último dia 5 de junho, o presidente Lula declarou que, na região, não se trata de uma guerra, mas de "um genocídio premeditado". "Todavia, ainda há no mundo inteiro quem compre, venda e subsidie o complexo industrial-militar de Israel, como se isso fosse normal", afirma o texto, acrescentando que a militância presente no Encontro Nacional do PT "declara sua irrestrita solidariedade ao povo palestino".

"De acordo com os compromissos históricos do PT que todos reivindicamos, endossamos a nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos de 6 de junho de 2025, e solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu", reforça o documento.

Com a presença de cerca de mil delegados e delegadas do Brasil, o 17º Encontro Nacional do PT começou ontem e deve seguir até amanhã, com lideranças petistas presentes para debater os rumos do partido e os desafios do próximo período. Além de Humberto Costa, estiveram presentes na abertura do evento o presidente eleito, Edinho Silva, e os dirigentes Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara, além do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.

O jornalista e colunista do Estadão José Roberto Guzzo morreu na manhã deste sábado, 2, aos 82 anos. Guzzo foi vítima de um infarto. Segundo a família, ele já sofria de problemas crônicos coronários, pulmonares e dos rins.

Guzzo era colunista do Estadão desde junho de 2021 e fundador da revista Oeste.

"Estou muito triste porque hoje morreu senão o maior e melhor jornalista de todos os tempos, um dos maiores e melhores jornalistas que o Brasil já teve", disse Roberto Guzzo, filho dele.

Carreira

Guzzo iniciou sua carreira como repórter do jornal Última Hora de São Paulo, em 1961. Cinco anos depois, foi trabalhar no Jornal da Tarde, que acabara de ser lançado pelo Grupo Estado, do qual foi correspondente em Paris.

Foi na Editora Abril, porém, que Guzzo trabalhou a maior parte da carreira. Em 1968, fez parte da equipe fundadora da Veja, como editor de Internacional, e depois foi correspondente em Nova York. Cobriu a guerra do Vietnã e acompanhou a visita pioneira do então presidente americano, Richard Nixon, à China, em 1972. Foi o único jornalista brasileiro presente ao encontro de Nixon com o líder chinês Mao Tsé-tung.

Em 1976, aos 32 anos, Guzzo assumiu a direção da Veja, que ocupou até 1991. Neste período, a publicação saiu do vermelho e sua circulação passou de 175 mil exemplares para quase 1 milhão, o que a levou ao quarto lugar no ranking das maiores revistas semanais de informação do mundo, atrás apenas das americanas Time e Newsweek e da alemã Der Spiegel. Por sua habilidade de transformar um texto enfadonho em algo agradável de ler apenas com retoques pontuais, ganhou o apelido de "mão peluda" na redação.

Em 1988, passou a acumular a direção da Veja com o cargo de diretor-geral da Exame, encarregado de reinventar a revista. Deixou a Veja em 1991, encerrando um ciclo na revista. Depois de um ano sabático, voltou à ativa, dedicando-se exclusivamente à Exame, primeiro como diretor editorial e depois como publisher. Nos 11 anos em que esteve à frente da revista, transformou-a na publicação mais rentável, em termos relativos, da Abril.

O percentual de brasileiros a favor da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado foi de 52%, em abril, para 48% no final de julho, segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, 1º. Já a quantidade de brasileiros que avaliam que Bolsonaro não deveria ser preso foi de 42% para 46% no mesmo período. Com isso, a diferença entre os que são a favor e contra a pena foi de 10 pontos percentuais para 2 p.p.. A diferença, no entanto, é considerada uma oscilação no limite da margem de erro. Tanto em abril como em julho, 6% disseram não saber opinar sobre o tema.

O Datafolha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.

A pesquisa ainda mostra que 51% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente não vai ser preso, ante 40% que avaliam que o desfecho será de cadeia.

Bolsonaro já cumpre medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois da ofensiva do presidente americano Donald Trump para livrar o aliado político do processo. O ex-presidente brasileiro ainda será julgado na Corte por participação na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Veja os dados

Respostas à pergunta: "Considerando o que foi revelado pelas investigações sobre a tentativa de golpe em 2022 e seus desdobramentos até o momento, na sua opinião, Jair Bolsonaro deveria ou não ser preso?"

- "Sim, deveria": 48% (eram 52% em abril)

- "Não deveria": 46% (eram 42%)

- "Não sabe": 6% (mesmo índice em abril)

Respostas à pergunta: "E na sua opinião, Jair Bolsonaro vai ou não ser preso?"

- "Sim, vai ser preso": 40% (eram 41% em abril)

- "Não vai ser preso": 51% (eram 52% em abril)

- "Não sabe": 8% (eram 7%)