Kremlin: conversas entre EUA e Rússia sobre Ucrânia devem continuar, mas não há nada concreto

Internacional
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Autoridades dos EUA e da Rússia deverão ter novos contatos para discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, após uma rodada de conversas nesta segunda-feira (24), mas ainda não há nenhum plano concreto sobre a questão, afirmou o Kremlin nesta terça-feira, 25.

 

Negociadores americanos e russos mantiveram conversas ao longo de toda a segunda-feira em Riad, capital da Arábia Saudita, para acertar detalhes sobre uma pausa parcial da guerra deflagrada por Moscou na Ucrânia há três anos, um dia após autoridades americanas terem mantido conversas separadas em Riad com uma equipe ucraniana.

 

Ambos os lados, porém, ainda não conseguiram chegar sequer a um acordo limitado de cessar-fogo, que duraria 30 dias, com Rússia e Ucrânia mantendo os ataques bilaterais e discordando sobre quais tipos de alvos deveriam ser incluídos em uma eventual trégua.

 

Nesta terça, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o resultado das conversas em Riad "foi relatado" a Moscou e Washington e está sendo "analisado", mas ressaltou que o teor das discussões não será divulgado.

 

"Estamos falando de negociações técnicas, negociações imersas em detalhes", disse Peskov, acrescentando que, embora não haja no momentos planos para uma nova conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, um diálogo do tipo poderá ser marcado rapidamente se houver necessidade.

 

"Há um entendimento de que os contatos irão continuar, mas não há nada concreto no momento", disse Peskov. Ele acrescentou que também não há planos para uma reunião tripartite entre Rússia, EUA e Ucrânia. Fonte: Associated Press.

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Falando para um público de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista neste domingo, 3, o pastor Silas Malafaia deu um recado direto aos governadores que se colocam na lista de herdeiros do capital político do inelegível ex-presidente da República nas eleições do próximo ano.

Afirmando que não iria deixar "passar nada", Malafaia questionou: "Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Onde eles estão? Era para estarem aqui!"

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não participaram de nenhuma das manifestações que ocorreram em diversas cidades do País neste domingo.

Nenhum deles publicou nas redes sociais nada relacionado aos protestos em favor do ex-presidente, réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), e pivô de uma guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O norte-americano também puniu o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, com Lei Magnitsky, sanção usada contra ditadores e violadores de direitos humanos.

"Isso prova que Bolsonaro é insubstituível! Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa. Estão com medo do STF, né? Por isso não vieram. Arrumaram desculpa, né? Por isso, minha gente, 2026 é Bolsonaro", gritou o pastor.

Bolsonaro segue inelegível por condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, portanto, mesmo que não seja preso e se candidate, não conseguirá continuar com a candidatura.

Tarcísio, o melhor colocado da direita nas pesquisas de intenção de voto, afirmou na quinta-feira, 31, que passaria por procedimento médico e por isso faltaria ao evento. Após o fim da manifestação, a assessoria do governador afirmou que a intervenção ocorreu sem intercorrências, que Tarcísio tem alta prevista para esta mesma noite e que na segunda-feira terá agenda interna no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esteve presente e acenou ao público, mas não discursou. Já o vice, Coronel Mello Araújo (PL), indicação de Bolsonaro na chapa com o emedebista, criticou senadores "por não fazerem a lição de casa", justificando as sanções norte-americanas contra o País anunciadas na última quarta-feira como resultado da falta de ação dos parlamentares em pautarem a anistia a Bolsonaro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou neste domingo, 3, em Brasília, com Fidel Antonio Castro Smirnov, o "Fidelito" - neto do líder cubano Fidel Castro, que morreu em 2016.

Um registro que mostra Lula e Fidelito foi publicado pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), que afirmou ser um dos responsáveis pelo "encontro simbólico", durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT. "O Congresso também foi marcado por um encontro simbólico que ajudei a construir: o abraço entre Lula e Fidelito, neto de Fidel. Um gesto de afeto e história, que agora se transforma em futuro. Fidelito vai desenvolver pesquisas em medicina nuclear em Maricá. Seguimos firmes, com ousadia, projeto e pé no povo!", escreveu.

O evento reuniu lideranças petistas, como a ex-presidente do PT e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o novo presidente do partido, Edinho Silva.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi submetido na tarde deste domingo, 3, a um procedimento de radioablação na tireoide por ultrassonografia. A intervenção aconteceu sem intercorrências, afirma nota oficial do governo de São Paulo divulgada neste domingo. Segundo especialistas, este tipo de procedimento é feito para destruir nódulos na tireoide.

Tarcísio cumprirá na segunda-feira, 4, agenda interna no gabinete no Palácio dos Bandeirantes.

Ele não foi à manifestação bolsonarista realizada neste domingo na Avenida Paulista por causa do procedimento.